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Caro CEO: você está preparado para mudar sua cartilha?

Em um mundo cada vez mais polarizado, saber ouvir o outro e estabelecer uma relação de confiança e cooperação são fatores essenciais

"É preciso sair da ilha para ver a ilha. Não nos vemos se não saímos de nós." (Eva-Katalin/Getty Images)
KS

Karina Souza

Publicado em 5 de janeiro de 2021 às 17h25.

2020 foi um ano que, definitivamente, não vai deixar saudades para muita gente. Um ano em que tivemos que aprender a ficar confortáveis no nosso desconforto e a humildade de reconhecer que não temos respostas para todas as perguntas (e tudo bem).

Tempos duros ainda virão pela frente, mas são nesses momentos de incertezas que as nossas prioridades ficam mais claras. Para seguirmos nessa jornada no ano que inicia, precisaremos de muito autoconhecimento, empatia, solidariedade e assumir alguns papéis – gostando ou não. E para quem ainda não entendeu até esse momento: sim, é tudo sobre pessoas.

Entre muitas perguntas e dúvidas que o ano trouxe, uma certeza: a prática da Comunicação Não-Violenta (CNV) transformou a minha vida e de todos ao meu redor. Em um mundo cada vez mais polarizado, saber ouvir o outro e estabelecer uma relação de confiança e cooperação são fatores essenciais. Não só na vida pessoal, mas também no ambiente de trabalho. No meu caso, as agências de publicidade.

Afinal, um nível elevado de domínio técnico (hard skills) por si só já não determina o sucesso em uma carreira. Está cada vez mais claro que as competências emocionais (soft skills) vão ocupar ainda vez mais espaço na lista de habilidades desejadas. E aqui fica o questionamento: como as empresas têm capacitado seus líderes para desenvolverem tais habilidades? E não só isso, como as empresas estão preparadas para mudar - de fato - a realidade das pessoas e das comunidades onde estão inseridas?

O último estudo da Edelman Barometer, lançado em agosto, aponta que para 74% dos brasileiros, os CEOs devem liderar movimentos de mudança em vez de esperar que o Governo as imponha. “Para gerar confiança, as empresas devem focar na educação e na formação de seus colaboradores e fazer parcerias com as demais instituições para atender às necessidades da sociedade de uma forma mais ampla”.

É como disse Hamdi Ulukaya, o revolucionário CEO da marca de iogurte Chobani “Planilhas são preguiçosas. Elas não falam sobre pessoas ou comunidades” ou no bom português de Saramago: É preciso sair da ilha para ver a ilha. Não nos vemos se não saímos de nós.

*Luciana Rodrigues é CEO da Grey Advertising

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2020 foi um ano que, definitivamente, não vai deixar saudades para muita gente. Um ano em que tivemos que aprender a ficar confortáveis no nosso desconforto e a humildade de reconhecer que não temos respostas para todas as perguntas (e tudo bem).

Tempos duros ainda virão pela frente, mas são nesses momentos de incertezas que as nossas prioridades ficam mais claras. Para seguirmos nessa jornada no ano que inicia, precisaremos de muito autoconhecimento, empatia, solidariedade e assumir alguns papéis – gostando ou não. E para quem ainda não entendeu até esse momento: sim, é tudo sobre pessoas.

Entre muitas perguntas e dúvidas que o ano trouxe, uma certeza: a prática da Comunicação Não-Violenta (CNV) transformou a minha vida e de todos ao meu redor. Em um mundo cada vez mais polarizado, saber ouvir o outro e estabelecer uma relação de confiança e cooperação são fatores essenciais. Não só na vida pessoal, mas também no ambiente de trabalho. No meu caso, as agências de publicidade.

Afinal, um nível elevado de domínio técnico (hard skills) por si só já não determina o sucesso em uma carreira. Está cada vez mais claro que as competências emocionais (soft skills) vão ocupar ainda vez mais espaço na lista de habilidades desejadas. E aqui fica o questionamento: como as empresas têm capacitado seus líderes para desenvolverem tais habilidades? E não só isso, como as empresas estão preparadas para mudar - de fato - a realidade das pessoas e das comunidades onde estão inseridas?

O último estudo da Edelman Barometer, lançado em agosto, aponta que para 74% dos brasileiros, os CEOs devem liderar movimentos de mudança em vez de esperar que o Governo as imponha. “Para gerar confiança, as empresas devem focar na educação e na formação de seus colaboradores e fazer parcerias com as demais instituições para atender às necessidades da sociedade de uma forma mais ampla”.

É como disse Hamdi Ulukaya, o revolucionário CEO da marca de iogurte Chobani “Planilhas são preguiçosas. Elas não falam sobre pessoas ou comunidades” ou no bom português de Saramago: É preciso sair da ilha para ver a ilha. Não nos vemos se não saímos de nós.

*Luciana Rodrigues é CEO da Grey Advertising

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