A internet, o brasileiro e a crise
Que a situação não está fácil, todo mundo sabe. Inflação nas alturas, aumento do desemprego, pessimismo na economia e confusão na política. Vivemos, hoje, um cenário conhecido para os brasileiros que, como eu, têm mais de 35 anos de idade e conheceram de perto o Brasil antes do Plano Real. Mas o que a crise […]
Da Redação
Publicado em 9 de maio de 2016 às 17h21.
Última atualização em 22 de junho de 2017 às 18h16.
Que a situação não está fácil, todo mundo sabe. Inflação nas alturas, aumento do desemprego, pessimismo na economia e confusão na política.
Vivemos, hoje, um cenário conhecido para os brasileiros que, como eu, têm mais de 35 anos de idade e conheceram de perto o Brasil antes do Plano Real. Mas o que a crise atual tem de diferente das outras? Muita coisa. A escolaridade média do brasileiro aumentou, o Código de Defesa do Consumidor vingou e o padrão de consumo e a régua de qualidade do consumidor subiram. Todos esses fatores fizeram com que a postura dos brasileiros frente à crise mudasse substancialmente. No entanto, se há uma mudança que de fato tenha modificado a forma de a população se defender da crise, essa mudança foi a internet.
Nos últimos dez anos, o Brasil ganhou mais de 50 milhões de novos internautas e, com isso, popularizou-se um novo jeito de fazer economia. Hoje, a internet é uma realidade constante e indispensável na vida da maioria dos brasileiros, sendo uma das principais fontes disseminadoras de informação. Atualmente, mais de 75 milhões de adultos acessam a rede no Brasil. Mais conectados e antenados com tudo o que acontece, passaram a buscar novas referências, ter formadores de opinião inimagináveis no passado e a buscar novas formas de aumentar sua renda. A internet empodera e possibilita ver o horizonte de outro ângulo, com um olhar mais otimista e promissor.
Cada vez mais inseridos no mundo virtual, os jovens da classe média têm uma sede maior de aprendizagem, se comparados com seus pais. Entre as classes econômicas, praticamente não existe diferença na penetração e no uso da internet. Esses jovens estão mais escolarizados do que a geração anterior e são os novos formadores de opinião dessas famílias. São eles que apresentam aos pais as novas tecnologias e a interatividade virtual. São eles os responsáveis pela compra de vários aparelhos tecnológicos da família. A internet amplia o repertório, as redes de relacionamento e as possibilidades de ascensão social, mas não é só isso. Em muitas famílias brasileiras, são esses jovens conectados que trabalham para o “ajuste fiscal doméstico”, que a crise tem obrigado a ocorrer nas famílias brasileiras.
A internet ajuda na economia por meio de pesquisa de preço, busca de ofertas, indicação de novas marcas, de produtos e de serviços. Ajuda a viabilizar as compras coletivas e a encontrar produtos de segunda mão que tenham a qualidade esperada pelos consumidores num preço que caiba no bolso. Do outro lado do ajuste, a internet aumenta a renda de quem se dispõe a se desfazer do smartphone usado ou da esteira elétrica guardada na garagem. A internet transforma trabalhadores desempregados em motoristas do Uber e empreendedores de bairros em varejistas virtuais. Esses são apenas alguns exemplos de como a internet se tornou muito mais do que um meio de comunicação e virou uma das mais importantes ferramentas da economia.
Que a situação não está fácil, todo mundo sabe. Inflação nas alturas, aumento do desemprego, pessimismo na economia e confusão na política.
Vivemos, hoje, um cenário conhecido para os brasileiros que, como eu, têm mais de 35 anos de idade e conheceram de perto o Brasil antes do Plano Real. Mas o que a crise atual tem de diferente das outras? Muita coisa. A escolaridade média do brasileiro aumentou, o Código de Defesa do Consumidor vingou e o padrão de consumo e a régua de qualidade do consumidor subiram. Todos esses fatores fizeram com que a postura dos brasileiros frente à crise mudasse substancialmente. No entanto, se há uma mudança que de fato tenha modificado a forma de a população se defender da crise, essa mudança foi a internet.
Nos últimos dez anos, o Brasil ganhou mais de 50 milhões de novos internautas e, com isso, popularizou-se um novo jeito de fazer economia. Hoje, a internet é uma realidade constante e indispensável na vida da maioria dos brasileiros, sendo uma das principais fontes disseminadoras de informação. Atualmente, mais de 75 milhões de adultos acessam a rede no Brasil. Mais conectados e antenados com tudo o que acontece, passaram a buscar novas referências, ter formadores de opinião inimagináveis no passado e a buscar novas formas de aumentar sua renda. A internet empodera e possibilita ver o horizonte de outro ângulo, com um olhar mais otimista e promissor.
Cada vez mais inseridos no mundo virtual, os jovens da classe média têm uma sede maior de aprendizagem, se comparados com seus pais. Entre as classes econômicas, praticamente não existe diferença na penetração e no uso da internet. Esses jovens estão mais escolarizados do que a geração anterior e são os novos formadores de opinião dessas famílias. São eles que apresentam aos pais as novas tecnologias e a interatividade virtual. São eles os responsáveis pela compra de vários aparelhos tecnológicos da família. A internet amplia o repertório, as redes de relacionamento e as possibilidades de ascensão social, mas não é só isso. Em muitas famílias brasileiras, são esses jovens conectados que trabalham para o “ajuste fiscal doméstico”, que a crise tem obrigado a ocorrer nas famílias brasileiras.
A internet ajuda na economia por meio de pesquisa de preço, busca de ofertas, indicação de novas marcas, de produtos e de serviços. Ajuda a viabilizar as compras coletivas e a encontrar produtos de segunda mão que tenham a qualidade esperada pelos consumidores num preço que caiba no bolso. Do outro lado do ajuste, a internet aumenta a renda de quem se dispõe a se desfazer do smartphone usado ou da esteira elétrica guardada na garagem. A internet transforma trabalhadores desempregados em motoristas do Uber e empreendedores de bairros em varejistas virtuais. Esses são apenas alguns exemplos de como a internet se tornou muito mais do que um meio de comunicação e virou uma das mais importantes ferramentas da economia.