Talento tipicamente balinês
Um ícone da pintura e tradição de Bali.
Publicado em 16 de maio de 2011 às, 18h22.
Última atualização em 18 de novembro de 2017 às, 18h47.
Sentado no chão da varanda, rodeado por meia dúzia de telas estava sentado um homem de quase 70 nos, cabelos ainda bem pretos, lisos, cortados como os de um índio, cujo nome, viemos a descobrir mais tarde ser o mesmo nome da homestay onde nos hospedávamos: JATI.
Estamos em Ubud, cidade localizada no centro da ilha de Bali (confira nossa outra matéria sobre Ubud clicando aqui), esse pólo artístico da ilha produz tanta arte que chega transbordar, arrematando países do mundo inteiro, inspirando a decoração de casas, bares, restaurantes, Spa`s, Hotéis, etc.
Encontramos um exemplo vivo do alcance dessa arte: Jati, o homem das pinturas balinesas já teve sua arte exibida nos Estados Unidos, Escócia, Holanda e Japão e já atendeu a pedidos especialíssimos como quadros que vendeu para algumas embaixadas ao redor do mundo.
Esse homem encontrou um meio de representar os detalhes mais pontuais da beleza e da cultura de Bali, mulheres rodeadas de flores em cenários bucólicos, outras carregando frutas, homens pescando em barquinhos típicos, os magníficos campos de arroz e muitas outras cenas.
Tudo vem de uma mistura entre o que viu um dia e o que sua imaginação pôde transformar, há muitos anos executa a mesma função sem se cansar, a criação de cada tela é um novo desafio que pode durar meses…
Jati perdera cedo seu pai, fora criado por seu tio, foi a jardinagem o seu primeiro trabalho antes que o holandês Rudolph Bonnet enxergasse o talento do jovem rapaz que pintava nas horas vagas, Rudolph o chamou para pintar em seu estúdio após ver uma de suas obras em processo de criação, O Pescador, que anos mais tarde veio a se tornar uma pintura de notoriedade internacional.
Vê-lo com tanta disposição, bom humor e motivação nos instigou a querer saber mais sobre esse homem, que todos da ilha conhecem e respeitam, até porque protagoniza o espaço de várias das paredes do Neka Museum e páginas e mais páginas de diversos livros de arte.
O pintor não permite que suas obras sofram influências das pessoas que as compram, ou seja, ninguém escolhe o que ele vai pintar, ele simplesmente pinta o que gosta, manifesta apenas o que seus sentimentos permitem, uma verdadeira lição de determinação e coragem de seguir seu próprio caminho.
Sua origem simples não o impediu de absolutamente nada, seguir o seu próprio talento o levou a conhecer diversos países do mundo, a ser premiado e reconhecido em muitos livros, que teve todo prazer de nos mostrar. Sentimos o orgulho que Jati tem de sua própria história.
Quem quiser conhecer as obras de arte ao visitar a cidade de Ubud, em Bali, suas obras ficam numa galeria no mesmo terreno da sua homestay, que tem uma linda vista para os tradicionais campos de arroz.
Assista ao vídeo para conferir um pouco mais da obras desse talento tipicamente balinês:
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Bali a ilha dos Deuses | Parte 2
Por Danilo España
Idealizadores do Walk and Talk, Luah Galvão e Danilo España, realizaram 3 projetos. O primeiro foi uma Volta ao Mundo por mais de 2 anos em que visitaram 28 países nos 5 continentes – para entender o que Motiva pessoas das mais variadas raças, credos e culturas. O segundo foi caminhar os 800 km do Caminho de Compostela na Espanha, entrevistando peregrinos sobre o sentido da Superação. E recentemente voltaram da Expedição Perú, onde o sentido da resiliência foi a grande busca do casal. Agora que estão de volta ao Brasil compartilham suas descobertas através de textos e histórias inspiradoras para esse e outros veículos de relevância, assim como em palestras e workshops por todo o Brasil.
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