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Assim como fazem as águas dos oceanos na ressurgência, remexer a nossa essência e trazer o que tem de melhor por lá

Assim como fazem as águas dos oceanos na ressurgência, remexer a nossa essência e trazer o que tem de melhor por lá (Sebastian Penna Lambarri / Unsplash/Reprodução)
Luah Galvão

Colunista

Publicado em 19 de outubro de 2023 às 14h08.

Última atualização em 27 de outubro de 2023 às 18h27.

Com tantas mudanças exponenciais aumentando diariamente a velocidade do mundo, muitos de nós, de repente, experimentamos o ritmo oposto. É como se a vida estivesse parada, em suspensão.

É aquele típico momento quando sentimos que nossas “águas” ficam represadas, em uma espécie de calmaria que ao invés de benigna, só gera angústia, incerteza e nos intoxica de cortisol. Nesse contexto, nossa mente dispara, e entra em atividade frenética. É aí onde os questionamentos começam!

E de repente,a vontade é de revirar tudo, remexer, não deixar “ficar pedra sobre pedra”. Buscar nas profundezas, respostas ainda ocultas. Se você sentiu alguma familiaridade nessas linhas iniciais, bacana dizer que é disso que se trata esse texto.

A expressão popular “Não ficar pedra sobre pedra” significa: ‘ser completamente demolido; operar-se uma revolução completa.’

Isso pode valer para muitas situações do nosso cotidiano e também se aplicar em questões mais íntimas do nosso próprio ser.

Quando em nossa jornada de vida, nossas ações e/ou relações travam por completo, essa pode ser uma difícil, mas belíssima oportunidade para encontrar novamente o fio da meada, o sentido da caminhada – sentido aqui, tanto como propósito quanto direção.

Esses dias, assistindo um vídeo muito interessante da Dra. Ana Beatriz Barbosa – psiquiatra e escritora, ouvi uma passagem que me gerou bastante curiosidade. Ana Beatriz, em seu vídeo intitulado de “O melhor método para ter saúde mental em 2023”, cita em determinado momento o fenômeno da RESSURGÊNCIA. E a pesquisadora traça uma relação entre ressurgência e a capacidade humana de revirar suas profundezas em busca do seu melhor.

– Ressurgência? O que é isso, Luah? Também me perguntei...

Fiquei com uma pulga atrás da orelha e fui buscar o significado da expressão. Encontrei na oceanografia a resposta que buscava:

“A ressurgência (ou afloramento) é uma corrente vertical que vem do fundo para superfície do mar... o grande benefício da ressurgência é a riqueza de nutrientes que traz à superfície, favorecendo o desenvolvimento abundante da vida marinha” (site Master Dive).

Quando essas correntes marinhas mais profundas e de temperatura fria ascendem para a superfície dos oceanos, elas trazem alimentação para os peixes. Isso porque as camadas mais frias das águas carregam mais oxigênio, possibilitando a taxa mais favorável a reprodução do fito e zooplâncton, propiciando significativa elevação na quantidade de peixes e outros organismos marinhos.

No mundo existem algumas áreas onde o fenômeno é comum: nas costas do Peru, Califórnia e Japão, em uma área costeira que vai do Marrocos ao Senegal, na costa leste da Nova Zelândia, etc... Já no Brasil, a área de ressurgência mais conhecida e estudada é da região de Cabo Frio, no estado do Rio de Janeiro.

Então, quer dizer que nas áreas do globo onde este fenômeno ocorre, a produtividade de pescados é significativamente distinta das demais regiões do planeta, sendo muito mais abundante? É isso aí!

Agora, voltando para a visão da Dra. Ana Beatriz...

No vídeo ela comenta: “A ressurgência humana seria quando a gente passa pelas etapas do autoconhecimento, conhecimento, coragem, resiliência, e aí a gente remexe na nossa essência e traz o que tem de melhor por lá”.

E aqui vou um passinho além que me ocorreu diante de toda essa metáfora: quando deixamos as camadas mais profundas da nossa essência emergirem, é aí onde o nosso “nutriente” está. Aquilo que vai nos alimentar, refrescar, oxigenar.

E aqui vou um passinho além que me ocorreu diante de toda essa metáfora: quando deixamos as camadas mais profundas da nossa essência emergirem, é aí onde o nosso “nutriente” está. Aquilo que vai nos alimentar, refrescar, oxigenar.

É no fundo do mar que muitas vezes são encontrados também tesouros perdidos, então, quando reviramos nossas profundezas, “tesouros” podem ser encontrados e são trazidos à tona em forma de ideias, planos futuros, projetos, novas ações e novas direções.

Quando nossas águas estão paradas não nos permitem o movimento. Estancamos e, muitas vezes, não somos capazes de seguir à diante, principalmente no sentido do nosso aprimoramento.

E como fênix que renasce, ou, ressurge das cinzas , podemos fazer o mesmo movimento aflorando o que temos de melhor.

Permitir-se revolver. Permitir-se descobrir. Permitir-se ressurgir... isso faz de nós caçadores de nossos tesouros perdidos. E essa é uma excepcional capacidade de nos autoconhecermos e tocarmos nossa essência primordial em busca daquilo que realmente somos, e do que viemos fazer nessa experiência chamada vida.

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Com tantas mudanças exponenciais aumentando diariamente a velocidade do mundo, muitos de nós, de repente, experimentamos o ritmo oposto. É como se a vida estivesse parada, em suspensão.

É aquele típico momento quando sentimos que nossas “águas” ficam represadas, em uma espécie de calmaria que ao invés de benigna, só gera angústia, incerteza e nos intoxica de cortisol. Nesse contexto, nossa mente dispara, e entra em atividade frenética. É aí onde os questionamentos começam!

E de repente,a vontade é de revirar tudo, remexer, não deixar “ficar pedra sobre pedra”. Buscar nas profundezas, respostas ainda ocultas. Se você sentiu alguma familiaridade nessas linhas iniciais, bacana dizer que é disso que se trata esse texto.

A expressão popular “Não ficar pedra sobre pedra” significa: ‘ser completamente demolido; operar-se uma revolução completa.’

Isso pode valer para muitas situações do nosso cotidiano e também se aplicar em questões mais íntimas do nosso próprio ser.

Quando em nossa jornada de vida, nossas ações e/ou relações travam por completo, essa pode ser uma difícil, mas belíssima oportunidade para encontrar novamente o fio da meada, o sentido da caminhada – sentido aqui, tanto como propósito quanto direção.

Esses dias, assistindo um vídeo muito interessante da Dra. Ana Beatriz Barbosa – psiquiatra e escritora, ouvi uma passagem que me gerou bastante curiosidade. Ana Beatriz, em seu vídeo intitulado de “O melhor método para ter saúde mental em 2023”, cita em determinado momento o fenômeno da RESSURGÊNCIA. E a pesquisadora traça uma relação entre ressurgência e a capacidade humana de revirar suas profundezas em busca do seu melhor.

– Ressurgência? O que é isso, Luah? Também me perguntei...

Fiquei com uma pulga atrás da orelha e fui buscar o significado da expressão. Encontrei na oceanografia a resposta que buscava:

“A ressurgência (ou afloramento) é uma corrente vertical que vem do fundo para superfície do mar... o grande benefício da ressurgência é a riqueza de nutrientes que traz à superfície, favorecendo o desenvolvimento abundante da vida marinha” (site Master Dive).

Quando essas correntes marinhas mais profundas e de temperatura fria ascendem para a superfície dos oceanos, elas trazem alimentação para os peixes. Isso porque as camadas mais frias das águas carregam mais oxigênio, possibilitando a taxa mais favorável a reprodução do fito e zooplâncton, propiciando significativa elevação na quantidade de peixes e outros organismos marinhos.

No mundo existem algumas áreas onde o fenômeno é comum: nas costas do Peru, Califórnia e Japão, em uma área costeira que vai do Marrocos ao Senegal, na costa leste da Nova Zelândia, etc... Já no Brasil, a área de ressurgência mais conhecida e estudada é da região de Cabo Frio, no estado do Rio de Janeiro.

Então, quer dizer que nas áreas do globo onde este fenômeno ocorre, a produtividade de pescados é significativamente distinta das demais regiões do planeta, sendo muito mais abundante? É isso aí!

Agora, voltando para a visão da Dra. Ana Beatriz...

No vídeo ela comenta: “A ressurgência humana seria quando a gente passa pelas etapas do autoconhecimento, conhecimento, coragem, resiliência, e aí a gente remexe na nossa essência e traz o que tem de melhor por lá”.

E aqui vou um passinho além que me ocorreu diante de toda essa metáfora: quando deixamos as camadas mais profundas da nossa essência emergirem, é aí onde o nosso “nutriente” está. Aquilo que vai nos alimentar, refrescar, oxigenar.

E aqui vou um passinho além que me ocorreu diante de toda essa metáfora: quando deixamos as camadas mais profundas da nossa essência emergirem, é aí onde o nosso “nutriente” está. Aquilo que vai nos alimentar, refrescar, oxigenar.

É no fundo do mar que muitas vezes são encontrados também tesouros perdidos, então, quando reviramos nossas profundezas, “tesouros” podem ser encontrados e são trazidos à tona em forma de ideias, planos futuros, projetos, novas ações e novas direções.

Quando nossas águas estão paradas não nos permitem o movimento. Estancamos e, muitas vezes, não somos capazes de seguir à diante, principalmente no sentido do nosso aprimoramento.

E como fênix que renasce, ou, ressurge das cinzas , podemos fazer o mesmo movimento aflorando o que temos de melhor.

Permitir-se revolver. Permitir-se descobrir. Permitir-se ressurgir... isso faz de nós caçadores de nossos tesouros perdidos. E essa é uma excepcional capacidade de nos autoconhecermos e tocarmos nossa essência primordial em busca daquilo que realmente somos, e do que viemos fazer nessa experiência chamada vida.

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