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Os 6 tipos de alegria

“A alegria se apresenta quando estamos no entusiasmo. E o entusiasmo, no meu modo de ver, é a alegria em movimento"

“A saúde de cada ser humano é ímpar. Gerar alegria é a grande chave para uma sociedade próspera e pacífica.” (Jason Leung e Simon Maage via Unsplash/Reprodução)
Luah Galvão

Colunista

Publicado em 3 de maio de 2023 às 15h56.

Última atualização em 12 de maio de 2023 às 11h43.

Se tem uma coisa que levanta o astral é entrevistar um expert em alegria, humor e bem-estar...

Estou falando de Roberto Caruso; Comunicador, Empreendedor e Pesquisador do comportamento humano. Criador das metodologias Humor Design, Humor com Propósito, Gestão Corporativa Bioemocional e também fundador da ÜMORIZAR.

-(Arquivo pessoal)

Quando estava escrevendo minha última matéria: “O lúdico como ferramenta de engajamento, motivação e conexão” tive a ideia de entrevistar o Caruso com quem já fiz projetos ao longo da vida e sabia que contribuiria e muito com o tema. A entrevista tocou em tantos pontos novos e curiosidades que separei as duas pautas e foi assim que essa matéria surgiu. Nosso papo acabou tendo a “alegria” quase como um pilar central. Esse tema é gostoso e de largo interesse, afinal, quem não quer saber mais sobre essa que é nossa emoção mais positiva e nos faz tão bem?! Para Roberto Caruso:

“O Sorriso liberta e aproxima as pessoas, o Riso as une e as fortalece ”, olha que demais... então, bora começar!

Para darmos o start, já quero abrir a pauta com um abre aspas do meu entrevistado contando como, em sua opinião, a alegria se manifesta...

“A alegria se apresenta quando estamos no entusiasmo. E o entusiasmo, no meu modo de ver, é a alegria em movimento. Sabe quando você faz algo tão prazeroso que perde a noção do tempo?? Estar em alegria é quando vivenciamos prazer, bom humor, contentamento, felicidade, deleite, felicidade, riso, enfim; quando há bem-estar!! A alegria, de forma genérica, é entendida como uma emoção que está relacionada a momentos de grande satisfação que facilitam muito a forma de viver das pessoas.”

Essa magia que envolve a perda da noção de tempo trazida por momentos alegres é de fato curadora. Todos nós já passamos por experiências em que o tempo se esvai quando estamos experienciando um momento sublime de felicidade ou prazer. A alegria alarga sorrisos que se estampam no rosto mesmo sem que a gente perceba. Sabemos também que a alegria conecta e nutre as relações. Arrisco aqui dizer que a alegria é um bem maior que facilita os mais variados trâmites da vida, assim como comenta Caruso. Ela nos faz olhar os “copos” sempre mais cheios, e para muitos, é uma espécie de posicionamento adotado diante da vida. Mas a alegria não depende apenas de nosso estado de espírito, então, como podemos ativar a alegria e o que ela pode nos gerar na prática?

Para o Caruso é simples: “Falar positivamente das coisas e praticar o sorriso, o abraço, a empatia e a gratidão já são atitudes que certamente irão ativar a alegria e elevar a frequência elétrica do corpo e da mente. Humorizar é o verbo que não deve nunca ser conjugado e sim praticado!” E sobre suas benesses ele comenta: “Estudos apontam que uma pessoa em estado de alegria está na frequência de 582hz, que é uma frequência vibracional que consegue trazer equilíbrio emocional a qualquer um que esteja sintonizado a ela. Estar alegre não é necessariamente rir o tempo todo e sim manter-se presente e aceitar as circunstâncias e os eventos de forma altiva e curiosa. A alegria é um grande filtro de purificação continua.” – conclui.

Os gregos antigos já acreditavam que o entusiasmo fosse um dos grandes estimuladores da motivação que por sua vez era peça chave para nossa saúde. Para eles o ser humano preenchido de entusiasmo e paixão pela vida, era consequentemente mais saudável que os demais. Isso há mais de 2000 anos. Então para estimular essa interconexão, perguntei ao Caruso, quais para ele eram os efeitos positivos da alegria em nossa saúde física e mental.

“Os efeitos da alegria são inúmeros, porém o mais importante é a nutrição do Coração. A alegria promove risos, sorrisos e gargalhadas, e são elas que regulam a oxigenação interna do nosso corpo e a nutrição de cada uma de nossas células. Nossas emoções são o resultado de uma complexa combinação bioquímica - um verdadeiro milk-shake de hormônios, que de acordo com a quantidade, intensidade e consistência em que são liberados, nos levam aos mais variados estados emocionais.”

Meu interesse nessa trama ‘alegria X saúde’ segue, e peço ao Caruso que liste exemplos de efeitos positivos da alegria. “Os efeitos que impactam corpo, mente e espírito são inúmeros. Listo aqui alguns:

-Evoca o estado de presença

-Ativa a imaginação e inspira criatividade

-Elimina o medo de se comunicar

-Respeita, inclui e acolhe todas as pessoas e suas histórias

-Constrói conexões e relacionamentos duradouros

-Cria novas possibilidades

-Transforma questões densas e complexas em oportunidades criativas

-Promove resultados incomuns com leveza, eficácia e satisfação

-Desperta a consciência e inspira a coerência... entre outros.” – conclui.

E a lista poderia correr solta, afinal, quanto mais pensamos de forma ampla nos mais variados aspectos da nossa vida pessoal e profissional, mais percebemos que a alegria, o bom humor e a felicidade podem ser grandes alavancas positivas para nosso organismo e psiquê como um todo.

“A saúde de cada ser humano é ímpar. Gerar alegria é a grande chave para uma sociedade próspera e pacífica. ” – completa Caruso para fechar o tema ‘alegria X saúde’. Perceber que a alegria é algo que começa em cada um e tem o poder de transbordar no coletivo, inspirando para mais atitudes positivas é mais um ponto importante que nos confere certa responsabilidade, não só por nosso próprio bem-estar, como do ecossistema ao nosso redor.

-(Arquivo pessoal/Reprodução)

Seguindo o papo, o Roberto Caruso me conta que já existem 6 tipos de Alegria identificadas. Essa, eu confesso que não sabia e achei super interessante. Essa classificação, conforme ele me contou, já é conhecida por muitos psicólogos. E aqui vai:

-Alegria Genuína – é quando algo acontece e causa grande satisfação. A alegria genuína é demonstrada com sorrisos, sensação de conquista, de dever cumprido ou até mesmo a própria realização de um desejo.

-Alegria Hilariante – a própria palavra revela. É quando se vive circunstâncias ou eventos que nos fazem sorrir por pouco tempo, pois já entram em cena as deliciosas e contagiantes GARGALHADAS.

-Alegria Hedonista – este é um tipo de alegria que está intimamente relacionada ao SENTIR PRAZER. Esse tipo de alegria impacta todos os nossos sentidos biológicos e fisiológicos e se apresenta em situações como comer, dormir, fazer sexo, etc. Também se faz presente diante de situações em que se consegue evitar algo indesejável ou um conflito.

-Alegria Eudaimonista – o nome é peculiar pois se refere ao prazer associado à realização de valores, visa a felicidade com uma finalidade moral. É a felicidade que se sente quando importantes valores essenciais são contemplados, como por exemplo, numa determinada situação em que a justiça foi feita.

-Alegria Cínica – aqui já temos um traço de comportamento psicológico, pois é a conhecida “alegria fingida”. Se manifesta quando alguém se faz de alegre para enganar os outros e acredita que assim irá conquistar algo, contudo a máscara desse tipo de pessoa não se sustenta por muito tempo.

-Alegria Patológica – esse tipo de expressão de alegria está ligado a uma patologia. Essa alegria surge como resultado de um desequilíbrio químico ou de algum transtorno mental e que se expressa na forma de euforia, excitação ou mania. Aqui existe a manifestação de um riso de aparente satisfação que acaba por revelar angústia, medo ou ansiedade.

Depois desse conceito dos subtipos da alegria, achei importante fazer uma nova correlação, dessa vez entre ‘alegria X trabalho’. E para entrar no tema, perguntei sobre como meu entrevistado tinha iniciado sua própria jornada trabalhando especificamente com alegria, humor, bem-estar...

Caruso considera que inicia sua caminhada junto ao tema na infância: “Tudo começou entre 5 e 7 anos de idade...sim naquela época eu já ‘trabalhava’ com humor, pois eu adorava fazer uma coisa essencial e que eu faço até hoje; brincar.” – comenta “brincando”...

Ele foi um dos precursores em trabalhar o humor no ambiente corporativo, desenvolvendo através dos negócios que empreendeu, produtos que se utilizam de boas doses de humor e diversão para abordar temas importantes, tanto do universo das empresas, quanto das relações humanas dentro das mesmas. “Eu escolhi usar todo meu conhecimento prático na área da Comunicação e do Comportamento para despertar essa emoção junto às pessoas do mundo corporativo, que na grande maioria das vezes trabalham em ambientes mais mal-humorados do que bem-humorados. Trabalhar deveria ser uma Missão e não um Sacrifício. É nisso que acredito.” – conta ele.

De performances, workshops, atividades motivacionais e lúdicas, palestras e produção de conteúdo, Roberto Caruso tem uma longa caminhada junto à grandes marcas brasileiras e multinacionais. Depois de tantos anos trabalhando com grupos e empresas de todos os tipos e segmentos, afirma: “Toda pessoa que ama o que faz, não carrega o peso de trabalhar. Literalmente é a grande diferença de quem vive para trabalhar ao invés de trabalhar para viver. Meu conselho: Trabalhe e viva com amor e alegria.”

-(Arquivo pessoal/Reprodução)

Para Caruso, pessoas alegres e bem-humoradas trabalham melhor, criam ambientes mais saudáveis, respeitam mais seus colegas, tornam-se mais comprometidos e engajados e unem suas forças em sinergia em prol de satisfação e excelentes resultados. Eu, particularmente, concordo 100% com o que ele diz. Os ambientes profissionais que têm leveza e alegria são geradores de eficiência e polinizadores de criatividade. No texto que cito no início dessa matéria: “O lúdico como ferramenta de engajamento, motivação e conexão” , trago os estudos de Daniel Pink em seu livro “O cérebro do futuro”,contextualizando as benesses dos ambientes corporativos que permitem e estimulam a felicidade, alegria e brincadeira entre os colaboradores.

Ainda sobre o universo corporativo Roberto Caruso cita a Gestão Andragógica como uma grande fonte de prática e pesquisa. Mas antes de seguir, bacana citar que a Andragogia é uma teoria voltada ao estudo de adultos e tem como “pai” o educador americano Malcom Knowles e tem como pilares principais:

– Amadurecimento dos conceitos pessoais

– Aumento de experiências

– Vontade de aprender

– Aprendizagem orientada

– Motivação interna

Agora que já deu para ter uma ideia, sigo com o que disse meu entrevistado: “No ambiente corporativo, o ideal seria trabalhar com a GESTÃO ANDRAGÓGICA, que prima pela circularidade do conhecimento, gerando ciclos virtuosos de interatividade e aprimoramento social e profissional. Essa gestão promove a maior troca de experiências em um clima de diversidade nutritiva, ampliando assim o conhecimento entre as pessoas de forma natural e progressiva.”

-(Arquivo pessoal/Reprodução)

Confesso que até a entrevista não conhecia essa teoria e gostei bastante de ter mais um norte de pesquisa quando o assunto é educação. Então, para aqueles que quiserem saber mais sobre o assunto, vi que existem diversos livros, não apenas do Malcom Knowles como de outros autores.

Para finalizar, perguntei quais eram pessoas ou teorias que inspiraram a jornada de aprendizagem e atuação do meu entrevistado. A lista foi grande, vi nomes interessantes que coincidentemente também são uma referência para minha própria jornada:

“Jesus, Buda, Epicteto, Hipócrates, Platão, Sócrates, Dalai Lama, Arcebispo Desmond Tutu, Nelson Mandela, o Estoicismo, Ken Wilber, Greg Braden, Simon Sinek, Bem Tal Shahar, Charles Chaplin, Commedia Dell’Arte, Chico Anisio, Jô Soares, Robin Williams, Jim Carrey, Jerry Seinfeld, Roberto Begnini, Eddie Murphi, Jerry Lewis...”

E já que estamos em um ritmo de reconhecimentos e gratidão, não poderia encerrar sem agradecer ao tempo e generosidade de compartilhamento do querido Caruso, e agradecer também a você leitor por estar comigo até aqui. Meu muito obrigada. E que possamos dar cada vez mais valor para alegria, o bom humor e o bem-estar como estimuladores positivos da nossa jornada de vida.

Por Luah Galvão

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Se tem uma coisa que levanta o astral é entrevistar um expert em alegria, humor e bem-estar...

Estou falando de Roberto Caruso; Comunicador, Empreendedor e Pesquisador do comportamento humano. Criador das metodologias Humor Design, Humor com Propósito, Gestão Corporativa Bioemocional e também fundador da ÜMORIZAR.

-(Arquivo pessoal)

Quando estava escrevendo minha última matéria: “O lúdico como ferramenta de engajamento, motivação e conexão” tive a ideia de entrevistar o Caruso com quem já fiz projetos ao longo da vida e sabia que contribuiria e muito com o tema. A entrevista tocou em tantos pontos novos e curiosidades que separei as duas pautas e foi assim que essa matéria surgiu. Nosso papo acabou tendo a “alegria” quase como um pilar central. Esse tema é gostoso e de largo interesse, afinal, quem não quer saber mais sobre essa que é nossa emoção mais positiva e nos faz tão bem?! Para Roberto Caruso:

“O Sorriso liberta e aproxima as pessoas, o Riso as une e as fortalece ”, olha que demais... então, bora começar!

Para darmos o start, já quero abrir a pauta com um abre aspas do meu entrevistado contando como, em sua opinião, a alegria se manifesta...

“A alegria se apresenta quando estamos no entusiasmo. E o entusiasmo, no meu modo de ver, é a alegria em movimento. Sabe quando você faz algo tão prazeroso que perde a noção do tempo?? Estar em alegria é quando vivenciamos prazer, bom humor, contentamento, felicidade, deleite, felicidade, riso, enfim; quando há bem-estar!! A alegria, de forma genérica, é entendida como uma emoção que está relacionada a momentos de grande satisfação que facilitam muito a forma de viver das pessoas.”

Essa magia que envolve a perda da noção de tempo trazida por momentos alegres é de fato curadora. Todos nós já passamos por experiências em que o tempo se esvai quando estamos experienciando um momento sublime de felicidade ou prazer. A alegria alarga sorrisos que se estampam no rosto mesmo sem que a gente perceba. Sabemos também que a alegria conecta e nutre as relações. Arrisco aqui dizer que a alegria é um bem maior que facilita os mais variados trâmites da vida, assim como comenta Caruso. Ela nos faz olhar os “copos” sempre mais cheios, e para muitos, é uma espécie de posicionamento adotado diante da vida. Mas a alegria não depende apenas de nosso estado de espírito, então, como podemos ativar a alegria e o que ela pode nos gerar na prática?

Para o Caruso é simples: “Falar positivamente das coisas e praticar o sorriso, o abraço, a empatia e a gratidão já são atitudes que certamente irão ativar a alegria e elevar a frequência elétrica do corpo e da mente. Humorizar é o verbo que não deve nunca ser conjugado e sim praticado!” E sobre suas benesses ele comenta: “Estudos apontam que uma pessoa em estado de alegria está na frequência de 582hz, que é uma frequência vibracional que consegue trazer equilíbrio emocional a qualquer um que esteja sintonizado a ela. Estar alegre não é necessariamente rir o tempo todo e sim manter-se presente e aceitar as circunstâncias e os eventos de forma altiva e curiosa. A alegria é um grande filtro de purificação continua.” – conclui.

Os gregos antigos já acreditavam que o entusiasmo fosse um dos grandes estimuladores da motivação que por sua vez era peça chave para nossa saúde. Para eles o ser humano preenchido de entusiasmo e paixão pela vida, era consequentemente mais saudável que os demais. Isso há mais de 2000 anos. Então para estimular essa interconexão, perguntei ao Caruso, quais para ele eram os efeitos positivos da alegria em nossa saúde física e mental.

“Os efeitos da alegria são inúmeros, porém o mais importante é a nutrição do Coração. A alegria promove risos, sorrisos e gargalhadas, e são elas que regulam a oxigenação interna do nosso corpo e a nutrição de cada uma de nossas células. Nossas emoções são o resultado de uma complexa combinação bioquímica - um verdadeiro milk-shake de hormônios, que de acordo com a quantidade, intensidade e consistência em que são liberados, nos levam aos mais variados estados emocionais.”

Meu interesse nessa trama ‘alegria X saúde’ segue, e peço ao Caruso que liste exemplos de efeitos positivos da alegria. “Os efeitos que impactam corpo, mente e espírito são inúmeros. Listo aqui alguns:

-Evoca o estado de presença

-Ativa a imaginação e inspira criatividade

-Elimina o medo de se comunicar

-Respeita, inclui e acolhe todas as pessoas e suas histórias

-Constrói conexões e relacionamentos duradouros

-Cria novas possibilidades

-Transforma questões densas e complexas em oportunidades criativas

-Promove resultados incomuns com leveza, eficácia e satisfação

-Desperta a consciência e inspira a coerência... entre outros.” – conclui.

E a lista poderia correr solta, afinal, quanto mais pensamos de forma ampla nos mais variados aspectos da nossa vida pessoal e profissional, mais percebemos que a alegria, o bom humor e a felicidade podem ser grandes alavancas positivas para nosso organismo e psiquê como um todo.

“A saúde de cada ser humano é ímpar. Gerar alegria é a grande chave para uma sociedade próspera e pacífica. ” – completa Caruso para fechar o tema ‘alegria X saúde’. Perceber que a alegria é algo que começa em cada um e tem o poder de transbordar no coletivo, inspirando para mais atitudes positivas é mais um ponto importante que nos confere certa responsabilidade, não só por nosso próprio bem-estar, como do ecossistema ao nosso redor.

-(Arquivo pessoal/Reprodução)

Seguindo o papo, o Roberto Caruso me conta que já existem 6 tipos de Alegria identificadas. Essa, eu confesso que não sabia e achei super interessante. Essa classificação, conforme ele me contou, já é conhecida por muitos psicólogos. E aqui vai:

-Alegria Genuína – é quando algo acontece e causa grande satisfação. A alegria genuína é demonstrada com sorrisos, sensação de conquista, de dever cumprido ou até mesmo a própria realização de um desejo.

-Alegria Hilariante – a própria palavra revela. É quando se vive circunstâncias ou eventos que nos fazem sorrir por pouco tempo, pois já entram em cena as deliciosas e contagiantes GARGALHADAS.

-Alegria Hedonista – este é um tipo de alegria que está intimamente relacionada ao SENTIR PRAZER. Esse tipo de alegria impacta todos os nossos sentidos biológicos e fisiológicos e se apresenta em situações como comer, dormir, fazer sexo, etc. Também se faz presente diante de situações em que se consegue evitar algo indesejável ou um conflito.

-Alegria Eudaimonista – o nome é peculiar pois se refere ao prazer associado à realização de valores, visa a felicidade com uma finalidade moral. É a felicidade que se sente quando importantes valores essenciais são contemplados, como por exemplo, numa determinada situação em que a justiça foi feita.

-Alegria Cínica – aqui já temos um traço de comportamento psicológico, pois é a conhecida “alegria fingida”. Se manifesta quando alguém se faz de alegre para enganar os outros e acredita que assim irá conquistar algo, contudo a máscara desse tipo de pessoa não se sustenta por muito tempo.

-Alegria Patológica – esse tipo de expressão de alegria está ligado a uma patologia. Essa alegria surge como resultado de um desequilíbrio químico ou de algum transtorno mental e que se expressa na forma de euforia, excitação ou mania. Aqui existe a manifestação de um riso de aparente satisfação que acaba por revelar angústia, medo ou ansiedade.

Depois desse conceito dos subtipos da alegria, achei importante fazer uma nova correlação, dessa vez entre ‘alegria X trabalho’. E para entrar no tema, perguntei sobre como meu entrevistado tinha iniciado sua própria jornada trabalhando especificamente com alegria, humor, bem-estar...

Caruso considera que inicia sua caminhada junto ao tema na infância: “Tudo começou entre 5 e 7 anos de idade...sim naquela época eu já ‘trabalhava’ com humor, pois eu adorava fazer uma coisa essencial e que eu faço até hoje; brincar.” – comenta “brincando”...

Ele foi um dos precursores em trabalhar o humor no ambiente corporativo, desenvolvendo através dos negócios que empreendeu, produtos que se utilizam de boas doses de humor e diversão para abordar temas importantes, tanto do universo das empresas, quanto das relações humanas dentro das mesmas. “Eu escolhi usar todo meu conhecimento prático na área da Comunicação e do Comportamento para despertar essa emoção junto às pessoas do mundo corporativo, que na grande maioria das vezes trabalham em ambientes mais mal-humorados do que bem-humorados. Trabalhar deveria ser uma Missão e não um Sacrifício. É nisso que acredito.” – conta ele.

De performances, workshops, atividades motivacionais e lúdicas, palestras e produção de conteúdo, Roberto Caruso tem uma longa caminhada junto à grandes marcas brasileiras e multinacionais. Depois de tantos anos trabalhando com grupos e empresas de todos os tipos e segmentos, afirma: “Toda pessoa que ama o que faz, não carrega o peso de trabalhar. Literalmente é a grande diferença de quem vive para trabalhar ao invés de trabalhar para viver. Meu conselho: Trabalhe e viva com amor e alegria.”

-(Arquivo pessoal/Reprodução)

Para Caruso, pessoas alegres e bem-humoradas trabalham melhor, criam ambientes mais saudáveis, respeitam mais seus colegas, tornam-se mais comprometidos e engajados e unem suas forças em sinergia em prol de satisfação e excelentes resultados. Eu, particularmente, concordo 100% com o que ele diz. Os ambientes profissionais que têm leveza e alegria são geradores de eficiência e polinizadores de criatividade. No texto que cito no início dessa matéria: “O lúdico como ferramenta de engajamento, motivação e conexão” , trago os estudos de Daniel Pink em seu livro “O cérebro do futuro”,contextualizando as benesses dos ambientes corporativos que permitem e estimulam a felicidade, alegria e brincadeira entre os colaboradores.

Ainda sobre o universo corporativo Roberto Caruso cita a Gestão Andragógica como uma grande fonte de prática e pesquisa. Mas antes de seguir, bacana citar que a Andragogia é uma teoria voltada ao estudo de adultos e tem como “pai” o educador americano Malcom Knowles e tem como pilares principais:

– Amadurecimento dos conceitos pessoais

– Aumento de experiências

– Vontade de aprender

– Aprendizagem orientada

– Motivação interna

Agora que já deu para ter uma ideia, sigo com o que disse meu entrevistado: “No ambiente corporativo, o ideal seria trabalhar com a GESTÃO ANDRAGÓGICA, que prima pela circularidade do conhecimento, gerando ciclos virtuosos de interatividade e aprimoramento social e profissional. Essa gestão promove a maior troca de experiências em um clima de diversidade nutritiva, ampliando assim o conhecimento entre as pessoas de forma natural e progressiva.”

-(Arquivo pessoal/Reprodução)

Confesso que até a entrevista não conhecia essa teoria e gostei bastante de ter mais um norte de pesquisa quando o assunto é educação. Então, para aqueles que quiserem saber mais sobre o assunto, vi que existem diversos livros, não apenas do Malcom Knowles como de outros autores.

Para finalizar, perguntei quais eram pessoas ou teorias que inspiraram a jornada de aprendizagem e atuação do meu entrevistado. A lista foi grande, vi nomes interessantes que coincidentemente também são uma referência para minha própria jornada:

“Jesus, Buda, Epicteto, Hipócrates, Platão, Sócrates, Dalai Lama, Arcebispo Desmond Tutu, Nelson Mandela, o Estoicismo, Ken Wilber, Greg Braden, Simon Sinek, Bem Tal Shahar, Charles Chaplin, Commedia Dell’Arte, Chico Anisio, Jô Soares, Robin Williams, Jim Carrey, Jerry Seinfeld, Roberto Begnini, Eddie Murphi, Jerry Lewis...”

E já que estamos em um ritmo de reconhecimentos e gratidão, não poderia encerrar sem agradecer ao tempo e generosidade de compartilhamento do querido Caruso, e agradecer também a você leitor por estar comigo até aqui. Meu muito obrigada. E que possamos dar cada vez mais valor para alegria, o bom humor e o bem-estar como estimuladores positivos da nossa jornada de vida.

Por Luah Galvão

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