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Casar ou comprar uma bicicleta?!

A brincadeira é velha, mas parece muito atual. Casar ou comprar uma bicicleta?

Bicicleta: percentual de total de adultos que usam a bicicleta para se locomover na cidade é 5,1% (Daniel von Appen/Site Exame)
Bicicleta: percentual de total de adultos que usam a bicicleta para se locomover na cidade é 5,1% (Daniel von Appen/Site Exame)
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O que te motiva

Publicado em 22 de setembro de 2014 às, 10h00.

Última atualização em 5 de setembro de 2017 às, 21h19.

A brincadeira é velha, mas parece muito atual. Casar ou comprar uma bicicleta? Sem dúvida, a segunda alternativa é mais barata, fácil de pagar e de armazenar. Mas a questão não é essa. Hoje, os casamentos deram lugar a mais e mais divórcios. Associado a isso, muita gente está morando sozinha, o que significa ter menos números ali nas contas básicas.

Um dos grandes problemas que permeia a sociedade hoje em dia é a indecisão, somada à busca por prazeres instantâneos. Trocamos de celular a todo o momento, queremos o carro do ano antes do vizinho. Ou ainda, lutamos pra permanecer entre as pessoas que aparentam bem-estar financeiro. De que vale o bem-estar emocional e físico? Vale a pena refletir.

Conversando com um profissional da área de investimentos de um grande banco, uma expressão que ele usou não me saiu da cabeça. Segundo um texto lido por ele, o autor diz que já vivemos numa sociedade do “ser”, na sociedade do “ter” e, atualmente, estamos na fase do “parecer ser”.

Faz todo sentido, não é? É uma triste realidade porque a aparência só traz um conforto momentâneo, instantâneo e irreal. Trata-se de manter um status que não existe. Ou melhor, um status que não traz nenhum resultado positivo a não ser falsos amigos, que certamente irão embora após a fase da bonança. Assim, a tempestade será vivida solitariamente.

A falta de reais projetos de vida é uma das molas propulsoras dessa manutenção de status. Mas o que são projetos de vida? São objetivos que você coloca no horizonte, seja de curto, médio ou longo prazo. Nem sempre são metas financeiras ou dependentes diretamente de dinheiro. Os cifrões servem como um dos instrumentos para a realização do projeto estabelecido.

Você já parou pra pensar em seus projetos de vida? O que você quer fazer daqui a 10 anos? Ou no ano que vem? Percebe como geralmente não pensamos nisso? Deixamos que a rotina nos conduza de forma tão automática e passiva que perdemos tempo. Sim, tempo valioso para refletir sobre o que desejamos pra nós mesmos, para nossos amigos e familiares.

Agora podemos retomar o começo do texto. Os casamentos são cada vez mais curtos. Por que será? Suponho que o egoísmo e o pensamento individualista sejam duas causas para as separações. E nos momentos de solidão, o que fazer? Gastar, consumir. Como se não houvesse amanhã. Resultado: despesas extras que se juntam à melancolia do dia seguinte. Pronto, voltamos à estaca zero.

A boa notícia é que dá pra mudar esse contexto um pouco nebuloso. A troca de rota passa por uma combinação de respostas para essas perguntas. Qual futuro você quer ter? Como fazer pra chegar lá? Quanto é necessário para que alcance o objetivo? A terceira resposta é uma das mais difíceis de construir com exatidão. Por isso, a recomendação é montar desde já uma reserva financeira. É o famoso colchão, aquele dinheiro para emergências. Depois, é necessário pensar em quanto guardar para uma aposentadoria tranquila. Agora, é sua vez!

Por fim, vale lembrar que dinheiro não é tudo. Como dito, ele é um dos elementos. Se não houver motivação, desejo, objetivo e força de vontade, o dinheiro desaparece como num passe de mágica. Esse texto não tem por objetivo trazer soluções, mas oferecer essa reflexão cheia de perguntas. Afinal, o que você está fazendo para conquistar seus sonhos?

Por Jornalista Danylo Martins em colaboração com o Walk and Talk.

Imagem: etsy.com

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Idealizadores do Walk and Talk, Luah Galvão e Danilo España, realizaram 3 projetos. O primeiro foi uma Volta ao Mundo por mais de 2 anos em que visitaram 28 países nos 5 continentes – para entender o que Motiva pessoas das mais variadas raças, credos e culturas. O segundo foi caminhar os 800 km do Caminho de Compostela na Espanha, entrevistando peregrinos sobre o sentido da Superação. E recentemente voltaram da Expedição Perú, onde o sentido da resiliência foi a grande busca do casal. Agora que estão de volta ao Brasil compartilham suas descobertas através de textos e histórias inspiradoras para esse e outros veículos de relevância, assim como em palestras e workshops por todo o Brasil.
Descubra mais sobre o projeto: www.walkandtalk.com.br. Conheça também a página no Facebook.