CAMINHO DE SANTIAGO: TODOS VOLTAM DE LÁ MAIS FORTES
“Paciência e perseverança tem o efeito mágico de fazer as dificuldades desaparecerem e os obstáculos sumirem.”
Da Redação
Publicado em 11 de março de 2015 às 13h14.
Última atualização em 25 de setembro de 2017 às 17h00.
“Paciência e perseverança tem o efeito mágico de fazer as dificuldades desaparecerem e os obstáculos sumirem.”
Essa frase é do ex-presidente americano John Quincy Adams, que governou a América entre1825 e 1829, e me parece perfeita para descrever o fenômeno de superação encarado por todos os peregrinos do Caminho de Santiago.
A superação pode ser entendida como ultrapassar um limite, ir além, enfrentar um desafio ou o ato de progredir. Seja qual for o sentido, a superação é pilar da grande travessia até Santiago de Compostela, jornada que realmente faz com que a gente ultrapasse nossos limites no plano físico, mental, espiritual, comportamental ou em todos os planos ao mesmo tempo. A maravilha dessa experiência é que todos voltam de lá mais fortes. Não é à toa que escolhemos a superação como tema do segundo projeto do Walk and Talk.
De cara as enormes montanhas presentes nas primeiras etapas do Caminho Francês assustam. Mal dormi na noite anterior à largada. Achava que não seria capaz de completar o primeiro dia. Foram 27,5 km de subidas e descidas íngremes que só encarei depois que outro peregrino disse que aos 67 anos já havia feito o Caminho 14 vezes. Foi animador ao mesmo tempo constrangedor. E se eu não conseguisse?! Mas no final daquela tarde, apesar da dor que latejava por todos os cantos, eu estava ali; FELIZ, na cidade base da primeira etapa!! Havia conseguido superar meus medos, ansiedades e meu próprio corpo desacostumado de tanta sobrecarga.
Não levar nada além do essencial foi mais um episódio interessante de superação. Durante a Volta ao Mundo já havia desapegado de muita coisa, mas dessa vez foi demais: só podia levar na mochila 10% do peso do meu corpo. No Caminho só levamos o suprassumo, o imprescindível, qualquer kg extra e tchau para nossa coluna e joelhos. Viver 2 meses com apenas 6 quilos e pouco foi o ponto de maior superação material e comportamental da travessia. Mas como o Caminho não é um desfile de moda, foi uma ótima experiência pararever os excessoscarregados na vida.
Dividir quarto, banheiro, a mesa das refeições. Sobreviver aos roncos. Ter que lavar as roupas todos os dias e sair com aquelas que não secaram penduradas na mochila. Ter que levantar quando o sono ainda é enorme. Caminhar quando o corpo quer parar. Sentir dor. Tentar vaga em uma cidade lotada após um dia exaustivo de caminhada. Ter fome no meio do nada. Sede no meio do nada. Dividir a água. Dividir o pão. Sentir tédio nas retas infinitas. Sentir saudade. A superação que nos primeiros dias recai sobre o corpo, com o passar do tempo passa para a mente e o espírito. Controlar a cabeça e focar na travessia para garantir não abandonar tudo e voltar pra casa no meio da jornada também fazem parte da arte de superar os limites, transformando o que parece ruim em experiências positivas. A sorte é que nós, seres humanos, temos habilidade para adaptação e transformação sempre que necessário. E comigo não foi diferente…
Por lá a superação é uma constante. Um exercício diário de auto-confiança, prudência, perseverança, generosidade e de amor consigo e com o outro. Cheguei à conclusão que quando superamos nossos próprios limites ficamos mais fortes, mais livres, mais inteiros. Em todo e qualquer processo de superação os benefícios são enormes e por mais que a ação de ultrapassar um limite comece do lado fora, no fundo estamos transformando nosso íntimo.
Parece queJohn Adamsestava mesmo certo! Quando somos perseverantes os obstáculos e dificuldades, sejam quais forem, pouco a pouco desaparecem como mágica, dando lugar à uma enorme sensação de satisfação e dever cumprido. Foi isso que senti quando finalmente concluí os 800 km da jornada e ingressei durante a madrugada na cidade de Santiago de Compostela. Que experiência!! Foram muitos dias de percurso onde consegui olhar para as dificuldades que surgiram como grandes e ricos aprendizados. Naquela madrugada o corpo estava exausto, mas faria tudo de novo.
Idealizadores do Walk and Talk, Luah Galvão e Danilo España, realizaram 3 projetos. O primeiro foi uma Volta ao Mundo por mais de 2 anos em que visitaram 28 países nos 5 continentes – para entender o que Motiva pessoas das mais variadas raças, credos e culturas. O segundo foi caminhar os 800 km do Caminho de Compostela na Espanha, entrevistando peregrinos sobre o sentido da Superação. E recentemente voltaram da Expedição Perú, onde o sentido da resiliência foi a grande busca do casal. Agora que estão de volta ao Brasil compartilham suas descobertas através de textos e histórias inspiradoras para esse e outros veículos de relevância, assim como em palestras e workshops por todo o Brasil.
Descubra mais sobre o projeto: www.walkandtalk.com.br. Conheça também a página no Facebook.
“Paciência e perseverança tem o efeito mágico de fazer as dificuldades desaparecerem e os obstáculos sumirem.”
Essa frase é do ex-presidente americano John Quincy Adams, que governou a América entre1825 e 1829, e me parece perfeita para descrever o fenômeno de superação encarado por todos os peregrinos do Caminho de Santiago.
A superação pode ser entendida como ultrapassar um limite, ir além, enfrentar um desafio ou o ato de progredir. Seja qual for o sentido, a superação é pilar da grande travessia até Santiago de Compostela, jornada que realmente faz com que a gente ultrapasse nossos limites no plano físico, mental, espiritual, comportamental ou em todos os planos ao mesmo tempo. A maravilha dessa experiência é que todos voltam de lá mais fortes. Não é à toa que escolhemos a superação como tema do segundo projeto do Walk and Talk.
De cara as enormes montanhas presentes nas primeiras etapas do Caminho Francês assustam. Mal dormi na noite anterior à largada. Achava que não seria capaz de completar o primeiro dia. Foram 27,5 km de subidas e descidas íngremes que só encarei depois que outro peregrino disse que aos 67 anos já havia feito o Caminho 14 vezes. Foi animador ao mesmo tempo constrangedor. E se eu não conseguisse?! Mas no final daquela tarde, apesar da dor que latejava por todos os cantos, eu estava ali; FELIZ, na cidade base da primeira etapa!! Havia conseguido superar meus medos, ansiedades e meu próprio corpo desacostumado de tanta sobrecarga.
Não levar nada além do essencial foi mais um episódio interessante de superação. Durante a Volta ao Mundo já havia desapegado de muita coisa, mas dessa vez foi demais: só podia levar na mochila 10% do peso do meu corpo. No Caminho só levamos o suprassumo, o imprescindível, qualquer kg extra e tchau para nossa coluna e joelhos. Viver 2 meses com apenas 6 quilos e pouco foi o ponto de maior superação material e comportamental da travessia. Mas como o Caminho não é um desfile de moda, foi uma ótima experiência pararever os excessoscarregados na vida.
Dividir quarto, banheiro, a mesa das refeições. Sobreviver aos roncos. Ter que lavar as roupas todos os dias e sair com aquelas que não secaram penduradas na mochila. Ter que levantar quando o sono ainda é enorme. Caminhar quando o corpo quer parar. Sentir dor. Tentar vaga em uma cidade lotada após um dia exaustivo de caminhada. Ter fome no meio do nada. Sede no meio do nada. Dividir a água. Dividir o pão. Sentir tédio nas retas infinitas. Sentir saudade. A superação que nos primeiros dias recai sobre o corpo, com o passar do tempo passa para a mente e o espírito. Controlar a cabeça e focar na travessia para garantir não abandonar tudo e voltar pra casa no meio da jornada também fazem parte da arte de superar os limites, transformando o que parece ruim em experiências positivas. A sorte é que nós, seres humanos, temos habilidade para adaptação e transformação sempre que necessário. E comigo não foi diferente…
Por lá a superação é uma constante. Um exercício diário de auto-confiança, prudência, perseverança, generosidade e de amor consigo e com o outro. Cheguei à conclusão que quando superamos nossos próprios limites ficamos mais fortes, mais livres, mais inteiros. Em todo e qualquer processo de superação os benefícios são enormes e por mais que a ação de ultrapassar um limite comece do lado fora, no fundo estamos transformando nosso íntimo.
Parece queJohn Adamsestava mesmo certo! Quando somos perseverantes os obstáculos e dificuldades, sejam quais forem, pouco a pouco desaparecem como mágica, dando lugar à uma enorme sensação de satisfação e dever cumprido. Foi isso que senti quando finalmente concluí os 800 km da jornada e ingressei durante a madrugada na cidade de Santiago de Compostela. Que experiência!! Foram muitos dias de percurso onde consegui olhar para as dificuldades que surgiram como grandes e ricos aprendizados. Naquela madrugada o corpo estava exausto, mas faria tudo de novo.
Idealizadores do Walk and Talk, Luah Galvão e Danilo España, realizaram 3 projetos. O primeiro foi uma Volta ao Mundo por mais de 2 anos em que visitaram 28 países nos 5 continentes – para entender o que Motiva pessoas das mais variadas raças, credos e culturas. O segundo foi caminhar os 800 km do Caminho de Compostela na Espanha, entrevistando peregrinos sobre o sentido da Superação. E recentemente voltaram da Expedição Perú, onde o sentido da resiliência foi a grande busca do casal. Agora que estão de volta ao Brasil compartilham suas descobertas através de textos e histórias inspiradoras para esse e outros veículos de relevância, assim como em palestras e workshops por todo o Brasil.
Descubra mais sobre o projeto: www.walkandtalk.com.br. Conheça também a página no Facebook.