Luciana Guillaumon, da Tresemmé: “A beleza é ferramenta de empoderamento”
“As pessoas ainda pensam muito em beleza de uma forma muito superficial e sutil”, comenta Luciana Guillaumon, Diretora Global de Marketing da Tresemmé
Publicado em 19 de agosto de 2021 às, 08h57.
Última atualização em 19 de agosto de 2021 às, 16h51.
Com Luciana Guillaumon, Diretora Global de Marketing da Tresemmé, o tema da entrevista é Beleza, e como ressignificar a relação das mulheres com este universo.
Com 15 anos de carreira, Guillaumon passou por várias marcas, muitas delas marcas de beleza, tanto no Brasil, quanto na Argentina e nos Estados Unidos. “Sempre trabalhei com temas que me interessam muito, eu tenho uma paixão muito grande por diversidade, inclusão e por liderança feminina. Sou uma das fundadoras do Women Up, que é o coletivo que a gente tem, o grupo de afinidade feminina dentro da Unilever”, conta a empresária.
A conversa segue com o questionamento de Yasmine sobre a opressão do mercado da beleza. “O assunto beleza é um assunto sensível, que causa muitas reações diferentes das pessoas, seja nos homens, seja nas mulheres. A beleza sempre esteve ali de alguma forma como um mecanismo de opressão em muitos casos, com padrão beleza único ditado. Todas nós mulheres somos diferentes. Como o mercado vem se modificando para justamente se adequar à realidade?”, questiona a apresentadora.
“As pessoas ainda pensam muito em beleza de uma forma muito superficial e sutil”, comenta Guillaumon. Para a diretora da Tresemmé, o mercado de trabalho foi desenhado por homens e as características femininas sempre foram muito oprimidas. “A beleza tem um papel mais profundo na vida das mulheres e é sobre o que a gente quer falar. A gente sabe por pesquisas que a gente fez que 71% das mulheres acreditam que podem conquistar mais coisas quando colocam a sua presença, colocam a sua melhor versão”, explica.
A entrevista segue com temas sobre o papel da beleza no empoderamento feminino, como as empresas modificaram seus slogans, para uma beleza mais plural e mulheres no mercado de trabalho.
Sobre este último tópico, Guillaume comenta sobre como as mulheres são muitas vezes subestimadas. “A gente sabe que a mulher muitas vezes é subestimada e quando ela tem várias conquistas na sua vida, muitas vezes é falado que foi sorte, você tá lá do lugar certo na festa, teve alguma ajudinha ali e até coisas piores. Nessa mesma pesquisa que a gente fez, descobrimos que 92% das mulheres se sentem menos confiantes quando elas tem sua voz menosprezada, quando elas são deslegitimadas de alguma maneira”, diz.
As entrevistas do canal estão disponíveis na página do YouTube da Exame, com vídeos novos às quartas-feiras.
Assine a EXAME e acesse as notícias mais importante em tempo real.