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Kamala Harris: estamos no caminho certo

Devemos comemorar as vitórias. Aumento da participação feminina nos mais altos cargos políticos, no parlamento, nas empresas em escala global

A vice-presidente Kamala Harris: exemplo para as novas gerações (Scott Morgan/Reuters)
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Ivan Padilla

Publicado em 20 de novembro de 2020 às 20h00.

Foram necessários 48 vice-presidentes americanos até que uma mulher chegasse ao cargo. E melhor ainda, uma mulher que não é branca. Isso é um sintoma da mudança que estamos construindo no mundo. Avançar nesse sentido é inevitável. E nós mulheres vamos chegar lá, vamos chegar em todos os lugares, não pela força, não pelo conflito, mas por nossa capacidade imensurável de superação e nossa resiliência. É uma construção.

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Nossa luta pelo direito ao voto foi justamente para poder participar e permitir às próximas gerações de meninas que elas soubessem que podem fazer a diferença. Como Kamala Harris disse em seu discurso: "Embora eu seja a primeira mulher neste posto, não serei a última, porque cada garotinha que me vê hoje, vê que esse é um país de possibilidades”.

É muito bom ter mulheres no Executivo e temos resultados concretos da qualidade do trabalho que elas realizam lá, mas tão importante quanto, é ter mulheres no Legislativo, no lugar onde as leis são criadas, porque é isso que no médio e longo prazo transforma a sociedade. As boas políticas públicas que temos hoje são fruto do trabalho de pessoas que no passado lutaram por inclusão, diversidade e representatividade.

Nessas eleições de 2020, no Brasil, tivemos um aumento da presença de mulheres, com 34% de candidatas ao Legislativo. Mas ainda foi somente 13% a porcentagem de candidatas às prefeituras. Em 2018, formamos um Congresso com apenas 15% de deputadas e senadoras. O Brasil ocupa a 156ª posição na lista de 190 países do ranking mundial de presença feminina no Parlamento (União Interparlamentar/IPU).

Foram eleitas prefeitas em 650 cidades do Brasil no último domingo (15), sendo que em 2016 foram 641, e cinco seguem na disputa para o segundo turno. O total de candidatas era 2.529. Já para as câmaras municipais, tivemos 173.035 candidatas mulheres, um aumento de 22% em relação a 2016, e 326.984 homens. Para as 55 vagas da Câmara Municipal de São Paulo, 13 serão ocupadas por mulheres, sendo uma delas trans. Um avanço em prol da diversidade.

Estamos no momento de celebrar as conquistas. Mulheres nos mais altos cargos políticos, aumento da participação feminina no parlamento, líderes nas maiores empresas em escala global, cientistas reconhecidas por suas pesquisas sendo premiadas com o Nobel. Devemos sim comemorar essas vitórias. Uma sociedade se transforma quando todas as pontas se unem e fazem sua parte. Iniciativas privadas, públicas, indivíduos. Quanto mais estivermos alinhados a uma mudança maior, mais rápido chegaremos lá.

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Foram necessários 48 vice-presidentes americanos até que uma mulher chegasse ao cargo. E melhor ainda, uma mulher que não é branca. Isso é um sintoma da mudança que estamos construindo no mundo. Avançar nesse sentido é inevitável. E nós mulheres vamos chegar lá, vamos chegar em todos os lugares, não pela força, não pelo conflito, mas por nossa capacidade imensurável de superação e nossa resiliência. É uma construção.

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Nossa luta pelo direito ao voto foi justamente para poder participar e permitir às próximas gerações de meninas que elas soubessem que podem fazer a diferença. Como Kamala Harris disse em seu discurso: "Embora eu seja a primeira mulher neste posto, não serei a última, porque cada garotinha que me vê hoje, vê que esse é um país de possibilidades”.

É muito bom ter mulheres no Executivo e temos resultados concretos da qualidade do trabalho que elas realizam lá, mas tão importante quanto, é ter mulheres no Legislativo, no lugar onde as leis são criadas, porque é isso que no médio e longo prazo transforma a sociedade. As boas políticas públicas que temos hoje são fruto do trabalho de pessoas que no passado lutaram por inclusão, diversidade e representatividade.

Nessas eleições de 2020, no Brasil, tivemos um aumento da presença de mulheres, com 34% de candidatas ao Legislativo. Mas ainda foi somente 13% a porcentagem de candidatas às prefeituras. Em 2018, formamos um Congresso com apenas 15% de deputadas e senadoras. O Brasil ocupa a 156ª posição na lista de 190 países do ranking mundial de presença feminina no Parlamento (União Interparlamentar/IPU).

Foram eleitas prefeitas em 650 cidades do Brasil no último domingo (15), sendo que em 2016 foram 641, e cinco seguem na disputa para o segundo turno. O total de candidatas era 2.529. Já para as câmaras municipais, tivemos 173.035 candidatas mulheres, um aumento de 22% em relação a 2016, e 326.984 homens. Para as 55 vagas da Câmara Municipal de São Paulo, 13 serão ocupadas por mulheres, sendo uma delas trans. Um avanço em prol da diversidade.

Estamos no momento de celebrar as conquistas. Mulheres nos mais altos cargos políticos, aumento da participação feminina no parlamento, líderes nas maiores empresas em escala global, cientistas reconhecidas por suas pesquisas sendo premiadas com o Nobel. Devemos sim comemorar essas vitórias. Uma sociedade se transforma quando todas as pontas se unem e fazem sua parte. Iniciativas privadas, públicas, indivíduos. Quanto mais estivermos alinhados a uma mudança maior, mais rápido chegaremos lá.

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