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Exponential Finance Brazil 2019 (Singularity)

Mais de 400 executivos reunidos no WTC para ouvir os renomados professores da Singularity e grandes nomes do mercado local. Perdeu? Então, pega a resenha.

Will Weisman - Singularity University (Openspace/Divulgação HSM/Internet)
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claudiaaugelli

Publicado em 13 de setembro de 2019 às 16h04.

Última atualização em 13 de setembro de 2019 às 16h07.

Um evento que você não deveria ter perdido!

É isso mesmo. Esses dois dias foram incríveis! E aqui estou eu para te contar um pouquinho do que aconteceu [no detalhe]!

Começando pela organização, que estava impecável. Definitivamente a HSM faz os melhores eventos. [Aliás, fica de olho porque em Novembro tem aExpo2019. Quem vem? OYuval Noah Harari, aArianna Huffington, oEric Ries, aCharlene Li, e por aí vai. Já tô contando os dias].

O foco do Summit de Finanças Exponenciais foram as tecnologias e as tendências que estão revolucionando os ecossistemas de bancos, seguradoras, gestoras e fundos.

No line up, especialistas de renome da Singularity University e grandes nomes do mercado, trouxeram um conteúdo de primeiríssima sobre o futuro dos pagamentos, serviços financeiros, investimentos e seguros. Além de abordarem temas atuais como blockchain, fintechs e exonomics, que estão mudando as estratégias e o futuro do mercado financeiro.

Também rolou uma palestra - muito legal - do Marc Goodman sobre inteligência e riscos cibernéticos transnacionais (Cybersecurity). Ele é autor do livro Future Crimes - Tudo está conectado, todos somos vulneráveis e o que podemos fazer sobre isso . Se interessou pelo tema? Clica lá no Ted dele: Uma visão de crimes no futuro.

O evento foi apresentado pelo Will Weisman, diretor-executivo da Singularity University. No line up: Amin Toufani - Chairman das áreas de finanças e economia da SU e fundador e CEO do estúdio T Labs; Anne Connelly, professora da SU e uma das mais talentosas especialistas em blockchain da atualidade; Wolfgang Fengler, economista-chefe de finanças, competitividade e inovação do Banco Mundial para a Europa e Ásia Central, um dos mais virtuosos pensadores de Big Data do mercado europeu; Samantha Radocchia, empreendedora, autora, engenheira e pioneira e promotora do blockchain. E os brazucas: Rodrigo Dantas, fundador da Vindi, plataforma de pagamentos focada em recorrência; Luiz Antonio Sacco,diretor regional da Ripple para o Brasil e América do Sul; Paulo Cesar do Nascimento, gerente sênior da Samsung Pay; Cristiano Oliveira, fundador e CEO da Olivia AI, fintech baseada no Vale do Silício; Stelleo Tolda, COO do Mercado Livre; Rodrigo Ventura, fundador e CEO da 88 InsurTech Insurance; Fábio Coelho, presidente do Google Brasil e vice-presidente do Google Inc.; Monica Saccarelli, sócia da fintech Diin; Marcelo Biasoli, diretor de estratégia de negócios e marketing e membro do comitê executivo da Seguros SURA; Guilherme Horn, empreendedor serial; Sandra Boccia, diretora de redação da Época Negócios e Pequenas Empresas & Grandes Negócios e colunista da rádio CBN; Daniel Izzo, co-fundador e CEO da Vox Capital, gestora de fundos em investimento de impacto no Brasil. Manoel Lemos, sócio-diretor do fundo de Venture Capital, Redpoint eventures; Bernardo Carneiro, sócio-diretor de M&A e Inovação na Stone Pagamentos; Jeferson Ricardo Garcia Honorato, executivo do Bradesco há 30 anos na Organização; Renato Meirelles, presidente do Locomotiva Instituto de Pesquisa; Sergio Biagini, responsável da Deloitte no Brasil pela indústria de Serviços Financeiros; Silvia Bassi, jornalista, especializada em tecnologia e internet; Leandro Bissoli, sócio do PG Advogados e instrutor de cursos jurídicos pela Peck Sleiman EDU; Glauco Sampaio, profissional da área de Segurança da Informação desde 2000 atuando em grandes empresas do segmento financeiro; Fabio Zveibil, líder das áreas de Desenvolvimento de Negócios e Marketing Estratégico da Creditas; Alexander Albuquerque, fundador do Banco Maré e da [BVM]12; Paula Paschoal, diretora geral do PayPal Brasil; João André Calvino, chefe do departamento de regulação do sistema financeiro do Banco Central do Brasil; Adriana Salles, co-fundadora e diretora editorial da revista HSM Management, e co-apresentadora do podcast CBN Professional. Foram dois dias de muito conteúdo e network!

Highlights do evento

As duas palestras que mais gostei foram a do AminToufani, no dia 10 e a do Alexander Albuquerque, no dia 11.

O Amin analisou o processo de adaptabilidade e como ele se aplica tanto à transformação pessoal como à mudança organizacional. A palestra foi baseada na ciência da gestão do conhecimento e aplicação do conceito do Quociente de Adaptabilidade (QA) a estudos de caso de negócios do mundo real.

O estudioso apresentou princípios de como viver de maneira exponencial no atual cenário socioeconômico. Abordou temas relacionados a tendências inevitáveis e catalisadores que causarão mudanças estruturais na economia e na maneira como vivemos.

A transformação digital está influenciando as nossas vidas e a nossa forma de fazer negócios. “ A próxima década será a que chamamos de a grande bifurcação, com dois grupos de pessoas: as que pensarão de maneira exponencial e as que ficarão para trás ”, afirmou.

Alguns trechinhos:

" O futuro da internet será o que nós chamando de ‘Blaiq-net’: a web movida por novas tecnologias como o blockchain, a inteligência artificial e a computação quântica ".

" Com a disrupção, cada vez mais pessoas terão o perfil de empreendedor ".

" A ciência da decisão é muita mais ampla que a ciência da computação ".

" Nosso maior risco é não pensar grande o suficiente ".

" Como eu faço a vida do meu concorrente mais fácil? Se você fizer isso da forma certa, você será o líder do seu mercado ".

Em seu lab no Vale do Silício, Amin e sua esposa estão tentando descobrir a cura do câncer.

Já o Alexander Albuquerque está super focado no Brasil.Ele é carioca, analista de sistemas, fundador do Banco Maré e da [BVM]12. Dois projetos sensacionais!

Ao visitar o Complexo da Maré, ficou sensibilizado com o fato de que grande parte daquelas pessoas não tinha conta em banco, e por conta disso, gastavam duas horas em transporte público para poder pagar uma simples conta de água. Então, fundou o Banco Maré,voltado à população de menor renda e que permite, por meio de um app, o pagamento de boletos, transferências e saques em caixas 24 horas. Ele também criou uma moeda digital (a palafita) para uso no comércio local. Hoje, a fintech social está presente em Heliópolis (SP) e em mais duas comunidades no Rio (Rio das Pedras e Rocinha).E já tem planos de expansão internacional.

Já a [BVM]12, pretende ser uma bolsa de valores para pessoas físicas e investidores institucionais comprarem ações de empresas de tecnologia de impacto social. A ideia é que qualquer um possa investir de forma direta em startups que unem lucro a soluções para problemas da população de baixa renda.Além disso, também cria um mercado de financiamento para estas empresas que, muitas vezes, encontram dificuldade de financiamento e listagem na B3. Dentro da [BVM]12 a idéia é que o projeto seja tokenizado e assim toda a sua estruturação, intermediação e liquidação seja feita por tokens construídos em blockchain com a parceria do R3.

A cereja do bolo

Com certeza foi a entrevista que ajornalista Sandra Boccia, diretora de redação de Pequenas Empresas & Grandes Negócios e de Época Negócios, fez com o Rodrigo Dantas, fundador da Vindi, startup especializada em soluções de pagamentos digitais e cobranças recorrentes. O Rodrigo provou que de Nutella não tem nada! É empreendedor raiz (mesmo prestes a ser tornar o próximo Unicórnio Brasileiro). Super low profile, nada de glamour empreendedor, o jogo dele é resultado!

Ele fugiu do que todo mundo estava fazendo. “ Os meios de pagamento no Brasil sempre foram mais voltados para o varejo ou e-commerce, e não para o mercado de serviços, então, resolvemos focar em serviço. E hoje atendemos desde a Totvs até uma academia da zona sul.

Nesse contexto, a startup busca se destacar no segmento, um setor marcado pela "guerra das maquininhas" e pelo esforço dos grandes bancos, varejistas e financeiras tradicionais em se inspirar nas mentalidade das startups para manter seus clientes.

Como toda honestidade o Rodrigo disse que a Vindi não paga os salários mais altos do mercado, mas, que no entanto, quer tornar o maior número de funcionários em sócio, possível! " Estamos em um mercado muito disputado, concorrendo com grandes empresas listadas em bolsa e com muito dinheiro disponível. Na Vindi, temos que usar um pouco de loucura e de criatividade, e fazer mais com menos ", disse ele.

De acordo com o empreendedor, apesar de concorrido, o mercado financeiro tem oferecido grandes oportunidades. Se antes era impensável uma startup competir com um banco, agora já não é mais assim. " Nunca tivemos um momento tão bom quanto este no setor financeiro no Brasil. Cada vez mais, fintechs têm acesso a capital e a investidores. Está mais fácil bater de frente ", afirmou.

A Sandra arrancou algumas respostas bastante inesperadas, foi brilhante! " E aí, Rodrigo, você já está rico? ", " Já comprou o barco dos sonhos? ", a resposta: " Longe disso, eu procuro consumir coisas que fazem sentido e tem significado ".

Para quem não conhece, o Rodrigo Dantas tem um Podcast chamado Like a Boss, recomendo!

Dados são o novo petróleo?

O austríaco Wolfgang Fengler - apontado pela revista alemã Der Spiegel como um dos mais virtuosos pensadores de Big Data do mercado europeu - garantiu que “ há no mundo mais dados do que grãos de areia, o grande desafio é interpretá-los e tirar um sentido deles ".

Ressaltou também que “ dados são fundamentais para entender como estamos agora e que rumo vamos tomar no futuro ”. Precisamos conectar as novas tecnologias às necessidades das empresas e das pessoas.

Traçando umparalelo com o petróleo, concluiu que os dados só terão valor se extraídos, processados e distribuídos. Para ele, “ através dos dados, todo espaço será democratizado ”.

Sistemas descentralizados

Samantha Radocchia, co-fundadora e diretora da startup Chronicled, especializada em soluções de Blockchain para cadeias logísticas, enriqueceu a programação com suas visões sobre o Open Banking e Banking 4.0.

Ela defende que a revolução do Blockchain terá como pilar a descentralização operacional de diferentes cadeias de negócio, sendo o mercado financeiro uma delas. “ O futuro do banco é aberto ”.E IoT, Big Data, Machine Learning e Robótica serão indispensáveis para que a inovação alcance impacto exponencial. Para a futurista, “ em um mundo voltado a grandes volumes de dados, dois fatores serão essenciais para conquistar e garantir a confiança dos usuários: segurança e privacidade ”.

João André Calvino, chefe do departamento de regulação do sistema financeiro do Banco Central do Brasil, seguiu a temática falando sobre a regulamentação no setor financeiro, inevitável frente às mudanças determinadas pela tecnologia e inovação. “ O que está acontecendo no mercado financeiro é um reflexo do que vem acontecendo com a sociedade, com a informação como ativo mais relevante em todos os processos ”.

Anne Connelly, professora da SU, abordou os impactos da tecnologia blockchain nos países em desenvolvimento, em ONGs internacionais e nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. Já Luiz Antonio Sacco, diretor regional da Ripple para o Brasil e América do Sul, contou mais sobre sua experiência em estratégias go-to-market e a liderança em processos de fusão e aquisição.

Mais alguns trechos em destaque:

Anne Connelly

" Blockchain são descentralizados. Isso significa que é impossível de hackear ".

" O Blockchain está substituindo o governo e os bancos como intermediários, permitindo que as pessoas façam transações de uma para outra numa escala nunca possível antes ".

" Para mim Blockchain tem a ver com ajudar as pessoas que mais precisam. O melhor intermediário no mundo somos nós mesmos ".

Luiz Antônio Sacco

" No caso dos pagamentos, ainda há muito a evoluir, especialmente, quando se fala em transações internacionais ".

No caso da internet de valores é preciso experiência para mover o dinheiro da mesma maneira que movemos a informação, eliminando os entraves dos pagamentos globais ”.

" A combinação de ativos digitais com os protocolos de pagamentos é o que a gente entende que vai potencializar o segmento ".

Para Refletir

Termino esse texto com uma reflexão que o Amin Toufani nos deixou antes de encerrar o evento, e que você não deveria perder de vista. “Daqui há um ano, do que você vai se arrepender … de não ter feito hoje?”


Gostou do conteúdo? Cadastre-se aqui para ser avisado quando publicarmos um novo artigo.

Sugestão de temas, perguntas ou comentários podem ser enviados através do espaço abaixo.

Cláudia Augelli

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O foco do Summit de Finanças Exponenciais foram as tecnologias e as tendências que estão revolucionando os ecossistemas de bancos, seguradoras, gestoras e fundos.

No line up, especialistas de renome da Singularity University e grandes nomes do mercado, trouxeram um conteúdo de primeiríssima sobre o futuro dos pagamentos, serviços financeiros, investimentos e seguros. Além de abordarem temas atuais como blockchain, fintechs e exonomics, que estão mudando as estratégias e o futuro do mercado financeiro.

Também rolou uma palestra - muito legal - do Marc Goodman sobre inteligência e riscos cibernéticos transnacionais (Cybersecurity). Ele é autor do livro Future Crimes - Tudo está conectado, todos somos vulneráveis e o que podemos fazer sobre isso . Se interessou pelo tema? Clica lá no Ted dele: Uma visão de crimes no futuro.

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Highlights do evento

As duas palestras que mais gostei foram a do AminToufani, no dia 10 e a do Alexander Albuquerque, no dia 11.

O Amin analisou o processo de adaptabilidade e como ele se aplica tanto à transformação pessoal como à mudança organizacional. A palestra foi baseada na ciência da gestão do conhecimento e aplicação do conceito do Quociente de Adaptabilidade (QA) a estudos de caso de negócios do mundo real.

O estudioso apresentou princípios de como viver de maneira exponencial no atual cenário socioeconômico. Abordou temas relacionados a tendências inevitáveis e catalisadores que causarão mudanças estruturais na economia e na maneira como vivemos.

A transformação digital está influenciando as nossas vidas e a nossa forma de fazer negócios. “ A próxima década será a que chamamos de a grande bifurcação, com dois grupos de pessoas: as que pensarão de maneira exponencial e as que ficarão para trás ”, afirmou.

Alguns trechinhos:

" O futuro da internet será o que nós chamando de ‘Blaiq-net’: a web movida por novas tecnologias como o blockchain, a inteligência artificial e a computação quântica ".

" Com a disrupção, cada vez mais pessoas terão o perfil de empreendedor ".

" A ciência da decisão é muita mais ampla que a ciência da computação ".

" Nosso maior risco é não pensar grande o suficiente ".

" Como eu faço a vida do meu concorrente mais fácil? Se você fizer isso da forma certa, você será o líder do seu mercado ".

Em seu lab no Vale do Silício, Amin e sua esposa estão tentando descobrir a cura do câncer.

Já o Alexander Albuquerque está super focado no Brasil.Ele é carioca, analista de sistemas, fundador do Banco Maré e da [BVM]12. Dois projetos sensacionais!

Ao visitar o Complexo da Maré, ficou sensibilizado com o fato de que grande parte daquelas pessoas não tinha conta em banco, e por conta disso, gastavam duas horas em transporte público para poder pagar uma simples conta de água. Então, fundou o Banco Maré,voltado à população de menor renda e que permite, por meio de um app, o pagamento de boletos, transferências e saques em caixas 24 horas. Ele também criou uma moeda digital (a palafita) para uso no comércio local. Hoje, a fintech social está presente em Heliópolis (SP) e em mais duas comunidades no Rio (Rio das Pedras e Rocinha).E já tem planos de expansão internacional.

Já a [BVM]12, pretende ser uma bolsa de valores para pessoas físicas e investidores institucionais comprarem ações de empresas de tecnologia de impacto social. A ideia é que qualquer um possa investir de forma direta em startups que unem lucro a soluções para problemas da população de baixa renda.Além disso, também cria um mercado de financiamento para estas empresas que, muitas vezes, encontram dificuldade de financiamento e listagem na B3. Dentro da [BVM]12 a idéia é que o projeto seja tokenizado e assim toda a sua estruturação, intermediação e liquidação seja feita por tokens construídos em blockchain com a parceria do R3.

A cereja do bolo

Com certeza foi a entrevista que ajornalista Sandra Boccia, diretora de redação de Pequenas Empresas & Grandes Negócios e de Época Negócios, fez com o Rodrigo Dantas, fundador da Vindi, startup especializada em soluções de pagamentos digitais e cobranças recorrentes. O Rodrigo provou que de Nutella não tem nada! É empreendedor raiz (mesmo prestes a ser tornar o próximo Unicórnio Brasileiro). Super low profile, nada de glamour empreendedor, o jogo dele é resultado!

Ele fugiu do que todo mundo estava fazendo. “ Os meios de pagamento no Brasil sempre foram mais voltados para o varejo ou e-commerce, e não para o mercado de serviços, então, resolvemos focar em serviço. E hoje atendemos desde a Totvs até uma academia da zona sul.

Nesse contexto, a startup busca se destacar no segmento, um setor marcado pela "guerra das maquininhas" e pelo esforço dos grandes bancos, varejistas e financeiras tradicionais em se inspirar nas mentalidade das startups para manter seus clientes.

Como toda honestidade o Rodrigo disse que a Vindi não paga os salários mais altos do mercado, mas, que no entanto, quer tornar o maior número de funcionários em sócio, possível! " Estamos em um mercado muito disputado, concorrendo com grandes empresas listadas em bolsa e com muito dinheiro disponível. Na Vindi, temos que usar um pouco de loucura e de criatividade, e fazer mais com menos ", disse ele.

De acordo com o empreendedor, apesar de concorrido, o mercado financeiro tem oferecido grandes oportunidades. Se antes era impensável uma startup competir com um banco, agora já não é mais assim. " Nunca tivemos um momento tão bom quanto este no setor financeiro no Brasil. Cada vez mais, fintechs têm acesso a capital e a investidores. Está mais fácil bater de frente ", afirmou.

A Sandra arrancou algumas respostas bastante inesperadas, foi brilhante! " E aí, Rodrigo, você já está rico? ", " Já comprou o barco dos sonhos? ", a resposta: " Longe disso, eu procuro consumir coisas que fazem sentido e tem significado ".

Para quem não conhece, o Rodrigo Dantas tem um Podcast chamado Like a Boss, recomendo!

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O austríaco Wolfgang Fengler - apontado pela revista alemã Der Spiegel como um dos mais virtuosos pensadores de Big Data do mercado europeu - garantiu que “ há no mundo mais dados do que grãos de areia, o grande desafio é interpretá-los e tirar um sentido deles ".

Ressaltou também que “ dados são fundamentais para entender como estamos agora e que rumo vamos tomar no futuro ”. Precisamos conectar as novas tecnologias às necessidades das empresas e das pessoas.

Traçando umparalelo com o petróleo, concluiu que os dados só terão valor se extraídos, processados e distribuídos. Para ele, “ através dos dados, todo espaço será democratizado ”.

Sistemas descentralizados

Samantha Radocchia, co-fundadora e diretora da startup Chronicled, especializada em soluções de Blockchain para cadeias logísticas, enriqueceu a programação com suas visões sobre o Open Banking e Banking 4.0.

Ela defende que a revolução do Blockchain terá como pilar a descentralização operacional de diferentes cadeias de negócio, sendo o mercado financeiro uma delas. “ O futuro do banco é aberto ”.E IoT, Big Data, Machine Learning e Robótica serão indispensáveis para que a inovação alcance impacto exponencial. Para a futurista, “ em um mundo voltado a grandes volumes de dados, dois fatores serão essenciais para conquistar e garantir a confiança dos usuários: segurança e privacidade ”.

João André Calvino, chefe do departamento de regulação do sistema financeiro do Banco Central do Brasil, seguiu a temática falando sobre a regulamentação no setor financeiro, inevitável frente às mudanças determinadas pela tecnologia e inovação. “ O que está acontecendo no mercado financeiro é um reflexo do que vem acontecendo com a sociedade, com a informação como ativo mais relevante em todos os processos ”.

Anne Connelly, professora da SU, abordou os impactos da tecnologia blockchain nos países em desenvolvimento, em ONGs internacionais e nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. Já Luiz Antonio Sacco, diretor regional da Ripple para o Brasil e América do Sul, contou mais sobre sua experiência em estratégias go-to-market e a liderança em processos de fusão e aquisição.

Mais alguns trechos em destaque:

Anne Connelly

" Blockchain são descentralizados. Isso significa que é impossível de hackear ".

" O Blockchain está substituindo o governo e os bancos como intermediários, permitindo que as pessoas façam transações de uma para outra numa escala nunca possível antes ".

" Para mim Blockchain tem a ver com ajudar as pessoas que mais precisam. O melhor intermediário no mundo somos nós mesmos ".

Luiz Antônio Sacco

" No caso dos pagamentos, ainda há muito a evoluir, especialmente, quando se fala em transações internacionais ".

No caso da internet de valores é preciso experiência para mover o dinheiro da mesma maneira que movemos a informação, eliminando os entraves dos pagamentos globais ”.

" A combinação de ativos digitais com os protocolos de pagamentos é o que a gente entende que vai potencializar o segmento ".

Para Refletir

Termino esse texto com uma reflexão que o Amin Toufani nos deixou antes de encerrar o evento, e que você não deveria perder de vista. “Daqui há um ano, do que você vai se arrepender … de não ter feito hoje?”


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