20 anos de Plano Real – Confira quais foram as melhores aplicações no período
Na última segunda-feira (30/junho) completamos 20 anos de Plano Real, que foi uma verdadeira revolução no modus operandi da economia brasileira. Muitas publicações foram feitas sobre o tema, mas, faltou uma análise sob o prisma do investidor … quais terão sido as melhores/piores aplicações? O passado pode nos ensinar muitas coisas – inclusive, validar/invalidar teorias – que tal compararmos os retornos de diversos ativos (CDI, Ouro, Dólar, Índices, Ações, etc) […] Leia mais
Da Redação
Publicado em 2 de julho de 2014 às 23h37.
Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às 08h25.
Na última segunda-feira (30/junho) completamos 20 anos de Plano Real, que foi uma verdadeira revolução no modus operandi da economia brasileira. Muitas publicações foram feitas sobre o tema, mas, faltou uma análise sob o prisma do investidor … quais terão sido as melhores/piores aplicações? O passado pode nos ensinar muitas coisas – inclusive, validar/invalidar teorias – que tal compararmos os retornos de diversos ativos (CDI, Ouro, Dólar, Índices, Ações, etc) neste período?
Acompanhe abaixo alguns estudos interessantes. Para tanto, devemos nos lembrar da fórmula de Fisher, que nos ensina que: Retorno Real = Retorno Nominal – Inflação. (Na prática você deve somar 1 para poder trabalhar com fatores, e posteriormente, subtrair 1 do resultado final → [(Retorno Real +1) = (Retorno Nominal + 1) ÷ (Inflação + 1)])
Começamos calculando o retorno – ajustado pela inflação, medida pelo IPCA – dos principais ativos da economia. Repare que o único ativo que obteve um retorno (real) negativo, foi o dólar. No extremo oposto, o CDI obteve o melhor retorno ficando 632,30% acima da inflação.
Você deve estar se perguntando como o Ibovespa (um ativo de risco alto) pode acumular um retorno abaixo do CDI (um ativo de risco baixo)? Esse fenômeno acontece, primeiramente, porque o Brasil tem um histórico de taxas de juros astronômicas (por vezes as mais altas do mundo). Por outro lado, o Ibovespa é uma cesta de ações, cuja composição muda a cada quadrimestre, e dentro deste pool algumas ações se valorizam, outras se desvalorizam ao longo do tempo fazendo com que a cotação desse Índice oscile. Jeremy J. Siegel , professor da Wharton School of Business, publicou um estudo bem interessante num livro chamado Stocks for the Long Run (também disponível em português: Investindo em Ações no Longo Prazo – A Bíblia do Mercado de Ações para o Investidor de Longo Prazo ) onde analisa uma base de dados bem robusta (1802 – 2013) e constata que nos Estados Unidos, as ações batem a taxa de juros no longo prazo.
É muito perigoso “importarmos” know-how, porque nosso mercado é uma jabuticaba como dizem (cheio de peculiaridades). Então, vamos analisar o “nosso quintal”. Compare os retornos apresentados na tabela abaixo com o do CDI, e na seqüência, com o do Ibovespa.
Todas as ações listadas acima bateram (de longe) o CDI e o Ibovespa. Mas, repare nos casos a seguir:
Conclusão, no Brasil … algumas ações batem o CDI (taxa de juros) no longo prazo, outras NÃO! É tudo uma questão de stock picking (escolha de ações individuais)! Repare também, que o segmento de atuação da companhia é irrelevante (exemplo: setor têxtil → Guararapes x Coteminas).
Por fim, medimos os principais Índices da América Latina e USA. O Perú ficou em primeiro lugar apresentando uma valorização de 621,70% acima de sua inflação.
Para quem tiver interesse em saber mais sobre o Plano Real, recomendo a leitura da edição especial feita pela Época Negócios aqui.
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Na última segunda-feira (30/junho) completamos 20 anos de Plano Real, que foi uma verdadeira revolução no modus operandi da economia brasileira. Muitas publicações foram feitas sobre o tema, mas, faltou uma análise sob o prisma do investidor … quais terão sido as melhores/piores aplicações? O passado pode nos ensinar muitas coisas – inclusive, validar/invalidar teorias – que tal compararmos os retornos de diversos ativos (CDI, Ouro, Dólar, Índices, Ações, etc) neste período?
Acompanhe abaixo alguns estudos interessantes. Para tanto, devemos nos lembrar da fórmula de Fisher, que nos ensina que: Retorno Real = Retorno Nominal – Inflação. (Na prática você deve somar 1 para poder trabalhar com fatores, e posteriormente, subtrair 1 do resultado final → [(Retorno Real +1) = (Retorno Nominal + 1) ÷ (Inflação + 1)])
Começamos calculando o retorno – ajustado pela inflação, medida pelo IPCA – dos principais ativos da economia. Repare que o único ativo que obteve um retorno (real) negativo, foi o dólar. No extremo oposto, o CDI obteve o melhor retorno ficando 632,30% acima da inflação.
Você deve estar se perguntando como o Ibovespa (um ativo de risco alto) pode acumular um retorno abaixo do CDI (um ativo de risco baixo)? Esse fenômeno acontece, primeiramente, porque o Brasil tem um histórico de taxas de juros astronômicas (por vezes as mais altas do mundo). Por outro lado, o Ibovespa é uma cesta de ações, cuja composição muda a cada quadrimestre, e dentro deste pool algumas ações se valorizam, outras se desvalorizam ao longo do tempo fazendo com que a cotação desse Índice oscile. Jeremy J. Siegel , professor da Wharton School of Business, publicou um estudo bem interessante num livro chamado Stocks for the Long Run (também disponível em português: Investindo em Ações no Longo Prazo – A Bíblia do Mercado de Ações para o Investidor de Longo Prazo ) onde analisa uma base de dados bem robusta (1802 – 2013) e constata que nos Estados Unidos, as ações batem a taxa de juros no longo prazo.
É muito perigoso “importarmos” know-how, porque nosso mercado é uma jabuticaba como dizem (cheio de peculiaridades). Então, vamos analisar o “nosso quintal”. Compare os retornos apresentados na tabela abaixo com o do CDI, e na seqüência, com o do Ibovespa.
Todas as ações listadas acima bateram (de longe) o CDI e o Ibovespa. Mas, repare nos casos a seguir:
Conclusão, no Brasil … algumas ações batem o CDI (taxa de juros) no longo prazo, outras NÃO! É tudo uma questão de stock picking (escolha de ações individuais)! Repare também, que o segmento de atuação da companhia é irrelevante (exemplo: setor têxtil → Guararapes x Coteminas).
Por fim, medimos os principais Índices da América Latina e USA. O Perú ficou em primeiro lugar apresentando uma valorização de 621,70% acima de sua inflação.
Para quem tiver interesse em saber mais sobre o Plano Real, recomendo a leitura da edição especial feita pela Época Negócios aqui.
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