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Conheça 10 clássicos para ver (sem pôr a mão) no retorno do Salão do Automóvel de SP

Museus levarão modelos como F40 e XJ220 ao principal evento automotivo do país

 (Divulgação)

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Rodrigo Mora
Rodrigo Mora

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Publicado em 2 de novembro de 2025 às 08h02.

Última atualização em 3 de novembro de 2025 às 17h36.

Carros antigos já foram exibidos em edições anteriores do Salão do Automóvel de São Paulo. Para não ir muito longe, em 2016 um Mitsubishi PX-33 fabricado em 1937 foi a principal raridade, enquanto o de 2018 recebeu um Mercedes-Benz G 300 1981 e o último dos 75.034 Toyota Bandeirante produzidos até 2001.

Mas nada se compara ao que será exposto no retorno do Salão do Automóvel de São Paulo, que será realizado entre 22 e 30 de novembro no Distrito Anhembi.

Se marcas como BYD, Citroën, Denza, Fiat, GAC, Geely, GWM, Honda, Hyundai, Jeep, Kia, Leapmotor, Lecar, Lexus, MG Motors, Mitsubishi, Omoda & Jaecoo, Peugeot, RAM, Renault e Toyota terão o protagonismo no segmento de lançamentos, no de clássicos o domínio será do Museu Carde.

Superesportivo e fora-de-série

Entre os nacionais, destaque para o Hofstetter 001 – ou seja, o protótipo de um dos fora-de-série nacionais mais revolucionários que já existiu. Que, em resumo, era uma invenção de Mário Richard Hofstetter unindo elementos de VW Passat e Chevrolet Chevette. Não chegaram a 20 unidades até 1993. No mesmo time está o raríssimo Uirapuru equipado com comando Iskanderian.

Também do Carde é uma Kombi 1960 que dispensa qualquer outra apresentação: trata-se do mesmo exemplar exposto do salão de 1960. Há também um SP2 1972 e um VW Gol GTi 88/89 representando os modelos da Volkswagen.

Já um Dodge Dart 1971 estará a poucos metros de outro esportivo que não poderia ser mais distinto: Ferrari F40. “Ela seguiu de Maranello para um colecionador japonês, que a manteve por quase toda sua vida. Até que a vendera para um comerciante de esportivos na Alemanha, onde fomos buscá-la justamente pelo histórico de poucos proprietários. O carro tem 11 mil quilômetros e, o principal, o certificado de autenticidade da Ferrari Classiche”, explica Luiz Goshima, diretor do Carde.

Outro supercarro é o Jaguar XJ220. No final de 1987, a Jaguar tinha acabado de vencer o World Sport-Prototype Championship com um XJR-8. Jim Randle, então chefe de engenharia da fabricante inglesa, pensou que era o momento certo para a marca ter um carro de corrida homologado para as ruas.

Como sabia que a Jaguar jamais patrocinaria tal extravagância, Randle recrutou voluntários da própria empresa para desenvolver o projeto, fora do horário de expediente. Daí a existência do Saturday Club, uma reunião de 12 engenheiros da Jaguar que se reuniam aos sábados para planejar o próximo supercarro da companhia.

Para alcançar níveis de desempenho até então inéditos para um Jaguar, a empresa contratou a Tom Walkinshaw Racing como parceira na construção do carro. Projetado para ter um V12 e tração integral, o XJ220 acabou equipado com um 3.5 V6 biturbo (central), que despejava seus 550 cv e 65,3 kgfm de torque apenas nas rodas traseiras, por meio de um câmbio manual de cinco marchas.

Haverá também exemplares do acervo do Dream Car, de São Roque (SP), que promete levar para o evento um Lamborghini Miura P400 S 1969 e um Plymouth Superbird 1970.