Qual será o efeito da derrota em Bolsonaro?
"A vitória cria geralmente a euforia. Já o insucesso traz vários sentimentos funestos"
Da Redação
Publicado em 11 de novembro de 2022 às 11h59.
John F. Kennedy costumava dizer que a vitória sempre tinha mil pais – mas a derrota era invariavelmente órfã. Ninguém, de fato, quer ser associado a um revés e, mais que isso, não existe quem queira ser derrotado. A vitória cria geralmente a euforia. Já o insucesso traz vários sentimentos funestos.
Logo após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva, todos puderam ver o inconformismo dos apoiadores de Jair Bolsonaro. Percebe-se que muitos desses eleitores passaram (ou estão passando) pelos clássicos estágios do luto: negação, raiva, barganha, depressão e, eventualmente, aceitação.
Mas a grande dúvida é: como Bolsonaro vai ressurgir dessa derrota?
Uma sequência de vitórias pode ser prejudicial, em determinadas situações, pois causa acomodação aos vencedores. Já o malogro poder ativar os instintos de sobrevivência e a necessidade de saber o que houve de errado.
A prática de esportes para os jovens é muito boa em diversos aspectos. Mas podemos destacar um em particular: a aceitação de um placar negativo. E a motivação para reverter essa situação em uma outra ocasião.
Para os políticos, a derrota deveria ser encarada com tranquilidade, pois faz parte do vai e vem dos eleitores. Mas, muitas vezes, tem um efeito pernicioso e joga quem perdeu em um processo depressivo.
O fato, no entanto, é que a derrota é uma oportunidade para refletir sobre os erros cometidos e repensar estratégias. Além disso, a dor do insucesso provoca um amadurecimento na alma de quem não ganhou – e prepara o espírito de quem deseja voltar ao topo do pódio.
A julgar pelo silêncio de Bolsonaro, ele deve ter sentido o baque. Mas o presidente vai mudar com a derrota ou tentar vencer de novo usando a mesma estratégia de antes? Geralmente, quem assimila o revés entende o que fez de errado e procura evoluir. Já quem encara o fracasso com amargura dificilmente amadurece e repete os mesmos erros do passado.
Bolsonaro tem diante de si dois caminhos. Ele pode ressurgir daqui a quatro anos como o líder da direita, com chances de trazer o centro para o seu lado (como fez em 2018). Ou pode simplesmente repetir o discurso politicamente incorreto de sempre. Neste caso, a chance de vitória parece ser mínima. Mas tem gente que prefere perder e achar que tem razão. Será Bolsonaro uma dessas pessoas?
John F. Kennedy costumava dizer que a vitória sempre tinha mil pais – mas a derrota era invariavelmente órfã. Ninguém, de fato, quer ser associado a um revés e, mais que isso, não existe quem queira ser derrotado. A vitória cria geralmente a euforia. Já o insucesso traz vários sentimentos funestos.
Logo após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva, todos puderam ver o inconformismo dos apoiadores de Jair Bolsonaro. Percebe-se que muitos desses eleitores passaram (ou estão passando) pelos clássicos estágios do luto: negação, raiva, barganha, depressão e, eventualmente, aceitação.
Mas a grande dúvida é: como Bolsonaro vai ressurgir dessa derrota?
Uma sequência de vitórias pode ser prejudicial, em determinadas situações, pois causa acomodação aos vencedores. Já o malogro poder ativar os instintos de sobrevivência e a necessidade de saber o que houve de errado.
A prática de esportes para os jovens é muito boa em diversos aspectos. Mas podemos destacar um em particular: a aceitação de um placar negativo. E a motivação para reverter essa situação em uma outra ocasião.
Para os políticos, a derrota deveria ser encarada com tranquilidade, pois faz parte do vai e vem dos eleitores. Mas, muitas vezes, tem um efeito pernicioso e joga quem perdeu em um processo depressivo.
O fato, no entanto, é que a derrota é uma oportunidade para refletir sobre os erros cometidos e repensar estratégias. Além disso, a dor do insucesso provoca um amadurecimento na alma de quem não ganhou – e prepara o espírito de quem deseja voltar ao topo do pódio.
A julgar pelo silêncio de Bolsonaro, ele deve ter sentido o baque. Mas o presidente vai mudar com a derrota ou tentar vencer de novo usando a mesma estratégia de antes? Geralmente, quem assimila o revés entende o que fez de errado e procura evoluir. Já quem encara o fracasso com amargura dificilmente amadurece e repete os mesmos erros do passado.
Bolsonaro tem diante de si dois caminhos. Ele pode ressurgir daqui a quatro anos como o líder da direita, com chances de trazer o centro para o seu lado (como fez em 2018). Ou pode simplesmente repetir o discurso politicamente incorreto de sempre. Neste caso, a chance de vitória parece ser mínima. Mas tem gente que prefere perder e achar que tem razão. Será Bolsonaro uma dessas pessoas?