Diário do emagrecimento: volume um
Hoje faz exatamente um mês que comecei a retomar uma rotina de exercícios e dieta. Não é a primeira vez na vida em que tento perder vários quilos
Da Redação
Publicado em 13 de fevereiro de 2023 às 17h47.
Hoje faz exatamente um mês que comecei a retomar uma rotina de exercícios e dieta. Não é a primeira vez na vida em que tento perder vários quilos. Mas, dessa vez, estou fazendo coisas inéditas. Um exemplo? Nunca bebi tanta água na minha vida como nos últimos dias. Tenho tomado cuidado com a alimentação e feito exercícios de cinco a seis dias por semana.
Ao contrário da frase atribuída a Tim Maia (“Fiz uma dieta rígida e, ao final de duas semanas, perdi 14 dias”), consegui resultados bem satisfatórios. Mas tive uma ajuda inestimável: a esteira do educador físico Rafael Rodrigues, mais conhecido como Rafael Protein, que usa luzes infravermelhas para criar um calor de 50 graus centígrados. O resultado disso é a queima de 1.400 calorias em uma caminhada de 30 minutos.
Quando estamos em uma situação periclitante, é preciso de um estímulo rápido – e Rafael oferece exatamente isso. Seu protocolo de dez dias traz uma perda de 4 quilos e uma redução expressiva de medidas. No meu caso, o abdômen foi reduzido em 8 centímetros. Mas cada um faz a sua parte. Não vai adiantar suar bastante se você continuar comendo feito um doido.
Desta vez, foi muito difícil voltar a essa rotina de exercícios. Afinal, estava voltando de uma operação de prótese no quadril e o corpo leva tempo para poder se movimentar com desembaraço. Essa, aliás, foi a segunda cirurgia de quadril que fiz. Quatro anos antes da segunda, fiz a primeira. Fiquei sem dores durante um ano. Mas, ao final deste período, o lado esquerdo começou a doer. Demorei três anos para entrar na faca e isso me custou muito tempo sem me exercitar, compensando as dores com uma indulgência sem fim, com experiências gastroetílicas maravilhosas, mas terríveis no quesito balança.
O grande problema é encontrar a motivação para começar. O principal desafio não é retomar os exercícios – e sim fechar a boca e dizer não ao açúcar e aos carboidratos. Para mergulhar nessa disciplina, é preciso de uma força de vontade descomunal, especialmente nos primeiros dias. A sensação de desistir dos alimentos que engordam é parecida com a do viciado que fica sem a droga – um “cold turkey” bastante difícil de encarar.
Cada um tem o seu gatilho para encontrar disciplina. O meu está no relógio biológico. Infelizmente, a idade está batendo à porta. E, se tenho intenções de ficar nesse mundo por mais tempo, é preciso entrar de vez em uma fase de moderação. Para isso, preciso perder peso. Afinal, pergunte-se: você já viu algum velhinho (velhinho mesmo, com mais de 90 anos) gordinho? Não, né? Por isso, é preciso batalhar e dar foco no emagrecimento.
Não existe uma só fórmula para emagrecer. Existem métodos que funcionam para uns e não fazem nem cosquinhas em outras pessoas. Tenho um amigo que foi a um médico que o virou de ponta para baixo e disse que ele sofria de uma inflamação crônica e recomendou que ele deixasse de lado alguns alimentos que, segundo o doutor, amplificavam o quadro inflamatório. Ele seguiu à risca as recomendações e perdeu quase quarenta quilos em menos de seis meses. Outro conhecido, porém, tentou o mesmo método e ficou na mesma: a balança não subiu ou desceu.
Mas se você tiver um amigo que engordou – pouco ou muito, não importa – não se preocupe em alertá-lo. Ele sabe que está fora de forma. Muitos amigos acham que estão fazendo um grande favor ao avisar um gordinho (ou gordão) que ele está com quilos a mais. A pessoa tem espelho em casa e sabe exatamente o que acontece com ele. Trazer esse assunto à tona só vai incomodá-lo. Nunca conheci alguém que tivesse começado um regime após o alerta de algum amigo. É preciso de um “click” diferente, aquele que parte de dentro da própria pessoa.
Se temos amigos que se preocupam em nos alertar a respeito de nossa barriga protuberante, há também os sabotadores. Eles não fazem por mal. Mas estão sempre querendo que os gordinhos que estão contando calorias interrompam a dieta para beber um vinho – ou comer uma pasta. “É só hoje”, eles dizem, praticamente hipnotizando os gorduchos com a promessa irrestrita de felicidade que está em um prato de “comfort food”. Esses amigos não sabem, mas que luta contra a balança e está tentando se empenhar em uma dieta tem um comportamento semelhante ao de um adicto: não existe esse papo de pular o regime por apenas um dia. Quando um gordinho se atraca com um pote de sorvete, já era. Aquele pote vai ser o primeiro de muitos ao longo dos próximos dias.
Vou relatar os avanços – ou retrocessos – deste processo ao longo dos próximos meses. Preciso emagrecer até o início de maio. Tenho um evento “black tie” e minha meta é entrar em meu smoking, que comprei há quinze anos. Parece ser uma missão impossível. Mas estou empenhado em superar esse desafio.
Hoje faz exatamente um mês que comecei a retomar uma rotina de exercícios e dieta. Não é a primeira vez na vida em que tento perder vários quilos. Mas, dessa vez, estou fazendo coisas inéditas. Um exemplo? Nunca bebi tanta água na minha vida como nos últimos dias. Tenho tomado cuidado com a alimentação e feito exercícios de cinco a seis dias por semana.
Ao contrário da frase atribuída a Tim Maia (“Fiz uma dieta rígida e, ao final de duas semanas, perdi 14 dias”), consegui resultados bem satisfatórios. Mas tive uma ajuda inestimável: a esteira do educador físico Rafael Rodrigues, mais conhecido como Rafael Protein, que usa luzes infravermelhas para criar um calor de 50 graus centígrados. O resultado disso é a queima de 1.400 calorias em uma caminhada de 30 minutos.
Quando estamos em uma situação periclitante, é preciso de um estímulo rápido – e Rafael oferece exatamente isso. Seu protocolo de dez dias traz uma perda de 4 quilos e uma redução expressiva de medidas. No meu caso, o abdômen foi reduzido em 8 centímetros. Mas cada um faz a sua parte. Não vai adiantar suar bastante se você continuar comendo feito um doido.
Desta vez, foi muito difícil voltar a essa rotina de exercícios. Afinal, estava voltando de uma operação de prótese no quadril e o corpo leva tempo para poder se movimentar com desembaraço. Essa, aliás, foi a segunda cirurgia de quadril que fiz. Quatro anos antes da segunda, fiz a primeira. Fiquei sem dores durante um ano. Mas, ao final deste período, o lado esquerdo começou a doer. Demorei três anos para entrar na faca e isso me custou muito tempo sem me exercitar, compensando as dores com uma indulgência sem fim, com experiências gastroetílicas maravilhosas, mas terríveis no quesito balança.
O grande problema é encontrar a motivação para começar. O principal desafio não é retomar os exercícios – e sim fechar a boca e dizer não ao açúcar e aos carboidratos. Para mergulhar nessa disciplina, é preciso de uma força de vontade descomunal, especialmente nos primeiros dias. A sensação de desistir dos alimentos que engordam é parecida com a do viciado que fica sem a droga – um “cold turkey” bastante difícil de encarar.
Cada um tem o seu gatilho para encontrar disciplina. O meu está no relógio biológico. Infelizmente, a idade está batendo à porta. E, se tenho intenções de ficar nesse mundo por mais tempo, é preciso entrar de vez em uma fase de moderação. Para isso, preciso perder peso. Afinal, pergunte-se: você já viu algum velhinho (velhinho mesmo, com mais de 90 anos) gordinho? Não, né? Por isso, é preciso batalhar e dar foco no emagrecimento.
Não existe uma só fórmula para emagrecer. Existem métodos que funcionam para uns e não fazem nem cosquinhas em outras pessoas. Tenho um amigo que foi a um médico que o virou de ponta para baixo e disse que ele sofria de uma inflamação crônica e recomendou que ele deixasse de lado alguns alimentos que, segundo o doutor, amplificavam o quadro inflamatório. Ele seguiu à risca as recomendações e perdeu quase quarenta quilos em menos de seis meses. Outro conhecido, porém, tentou o mesmo método e ficou na mesma: a balança não subiu ou desceu.
Mas se você tiver um amigo que engordou – pouco ou muito, não importa – não se preocupe em alertá-lo. Ele sabe que está fora de forma. Muitos amigos acham que estão fazendo um grande favor ao avisar um gordinho (ou gordão) que ele está com quilos a mais. A pessoa tem espelho em casa e sabe exatamente o que acontece com ele. Trazer esse assunto à tona só vai incomodá-lo. Nunca conheci alguém que tivesse começado um regime após o alerta de algum amigo. É preciso de um “click” diferente, aquele que parte de dentro da própria pessoa.
Se temos amigos que se preocupam em nos alertar a respeito de nossa barriga protuberante, há também os sabotadores. Eles não fazem por mal. Mas estão sempre querendo que os gordinhos que estão contando calorias interrompam a dieta para beber um vinho – ou comer uma pasta. “É só hoje”, eles dizem, praticamente hipnotizando os gorduchos com a promessa irrestrita de felicidade que está em um prato de “comfort food”. Esses amigos não sabem, mas que luta contra a balança e está tentando se empenhar em uma dieta tem um comportamento semelhante ao de um adicto: não existe esse papo de pular o regime por apenas um dia. Quando um gordinho se atraca com um pote de sorvete, já era. Aquele pote vai ser o primeiro de muitos ao longo dos próximos dias.
Vou relatar os avanços – ou retrocessos – deste processo ao longo dos próximos meses. Preciso emagrecer até o início de maio. Tenho um evento “black tie” e minha meta é entrar em meu smoking, que comprei há quinze anos. Parece ser uma missão impossível. Mas estou empenhado em superar esse desafio.