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Impactos do Open Banking no mercado de crédito e na vida do inadimplente

Conhecendo o histórico financeiro dos consumidores, instituições poderão entender as origens do endividamento e oferecer soluções mais personalizadas

Com a chegada do Open Banking no país, o consumidor brasileiro passa a ter a opção de compartilhar suas informações pessoais e seu histórico financeiro com bancos, fintechs e outras instituições — mesmo que ele nunca tenha tido nenhum relacionamento com elas. Respeitando as diretrizes da LGPD, esse compartilhamento pode trazer muitos benefícios no relacionamento com as empresas do mercado financeiro (Freepik/Divulgação)
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Da Redação

Publicado em 21 de janeiro de 2022 às 14h41.

Última atualização em 21 de janeiro de 2022 às 14h50.

Há quase um ano, o Open Banking começou a ser implementado no Brasil e, desde essa época, muito se tem discutido sobre os impactos do novo sistema no mercado financeiro e na vida do consumidor. Em linhas gerais, o resumo é que muita coisa já tem mudado e o brasileiro pode se beneficiar — e MUITO — dessas mudanças.

A pandemia mexeu com a saúde mental dos brasileiros, mas é possível dar a volta por cima. Descubra como.

Apesar de o open banking ainda ser desconhecido por grande parte dos brasileiros, nosso objetivo aqui não é falar sobre o novo sistema em todas as suas nuances — diversos conteúdos na internet podem te ajudar a entender melhor o sistema caso você ainda tenha dúvidas. O que queremos é promover uma reflexão muito importante sobre os impactos das mudanças para o nosso mercado de atuação e para o público que mais nos interessa: o consumidor endividado.

Será que a troca de informações entre as instituições financeiras vai trazer benefícios ou prejuízos para o consumidor que tem dívidas? E para quem precisa de crédito, o novo sistema tende a mudar algo em relação à oferta no mercado? Como fica a situação das empresas que atuam nesse mercado com o avanço do Open Banking no Brasil? É sobre isso que vamos discutir hoje.

Mais transparência é sinônimo de serviços mais personalizados

Com a chegada do Open Banking no país, o consumidor brasileiro passa a ter a opção de compartilhar suas informações pessoais e seu histórico financeiro com bancos, fintechs e outras instituições — mesmo que ele nunca tenha tido nenhum relacionamento com elas. Respeitando as diretrizes da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), esse compartilhamento pode trazer muitos benefícios no relacionamento com as empresas do mercado financeiro.

A medida permite, por exemplo, que essas instituições tenham acesso a dados que as possibilitem ofertar crédito com mais assertividade, tendo uma visão mais clara sobre a condição do consumidor de arcar com o compromisso financeiro e disponibilizando produtos e serviços que estejam alinhados à realidade financeira de cada cliente. E a personalização não vai ser a única vantagem.

Com as possibilidades trazidas pelo Open Banking, instituições financeiras passam a poder se relacionar com um número ainda maior de consumidores, mesmo aqueles que nunca fizeram parte da sua carteira de clientes. Com isso, a oferta de crédito passa a ter mais concorrência, já que diferentes empresas poderão oferecer condições atrativas para os consumidores que precisam tomar crédito no mercado.

E a lógica no mercado de crédito é a mesma de qualquer outro setor: se a concorrência aumenta, cresce também o poder de escolha do cliente. Isso significa que os consumidores podem ser beneficiados com taxas de juros menores, especialmente aqueles que têm histórico de bons pagadores — afinal, se a instituição financeira têm dados que aumentam a garantia de que não haverá inadimplência, o risco diminui e a qualidade da condição, consequentemente, aumenta.

Os impactos do Open Banking para o consumidor endividado

Parece claro que o Open Banking tende a oferecer benefícios para quem precisa tomar crédito no mercado. Mas, e quem já está endividado? Ganha ou perde com o novo sistema financeiro?

De acordo com Pedro Lima, economista e co-CEO da Meu Acerto, esse consumidor pode obter benefícios muito interessantes com o Open Banking. “Ao conhecerem mais a fundo o histórico financeiro de cada consumidor, as instituições financeiras terão condições de entender as origens da inadimplência. Se, por exemplo, o cliente sempre foi um bom pagador e ficou com uma pendência em aberto por uma situação pontual, como o desemprego, não tem porque tratar esse consumidor da mesma forma que um outro cliente que está inadimplente há muitos anos é tratado, impondo dificuldades para a relação dele com a instituição”, explica.

Quando Pedro fala em dificuldades, ele se refere, por exemplo, à restrição ao crédito ou à elevação das taxas de juros, medidas que costumam ser impostas aos consumidores inadimplentes. Com o compartilhamento de informações, como dissemos, as instituições podem entender qual o perfil financeiro do consumidor e tomar decisões baseadas nisso, oferecendo condições personalizadas de acordo com a realidade financeira de cada cliente, que vai além, claro, do cenário atual de endividamento. Vale ressaltar que o cadastro positivo já daria essa visibilidade para os bancos sobre os bons pagadores, mas o sistema teve muitas dificuldades de implementação no Brasil e, sendo mais amplo, o Open Banking é uma aposta melhor pra isso!

Isso significa que o jogo pode ficar mais difícil para quem tem um histórico maior de inadimplência e é visto no mercado como mau pagador? Sim, é possível. Mas o Open Banking também promete vantagens para esse público.

“Os consumidores endividados, que costumam ser tão marginalizados por bancos e grandes instituições financeiras, podem ganhar mais espaço no mercado. Com o Open Banking, a tendência é que surjam cada vez mais opções de empresas que oferecem soluções específicas para esse consumidor. Ele pode ter, por exemplo, mais chance de conseguir crédito no mercado, mesmo com o nome sujo”, ressalta o executivo. Essas novas possibilidades, inclusive, podem ser muito úteis para quem tem muitas dívidas e precisa de um novo crédito para quitar as pendências e organizar a vida financeira.

Pontos de atenção em relação ao Open Banking

Por mais que a implementação do Open Banking traga muitos benefícios para os consumidores brasileiros, o novo sistema financeiro também exige cuidados aos quais os clientes precisam estar atentos. Como o principal fator envolvido no processo é o compartilhamento de dados, é preciso garantir que isso está sendo feito de forma segura e com objetivos definidos.

A decisão de compartilhar ou não os dados com as instituições financeiras é integralmente do cliente e ele precisa avaliar até onde vale a pena expor seu histórico financeiro para diversas empresas. O recomendado é que ele faça isso quando, de fato, estiver enfrentando alguma necessidade financeira e precise comparar produtos e serviços oferecidos por várias instituições, ou tenha interesse em receber ofertas personalizadas de acordo com sua realidade financeira. O interessante é que, de acordo com uma pesquisa encomendada pela Quanto, plataforma de Open Banking, 65% dos brasileiros estão dispostos a compartilhar seus dados para obter melhores taxas.

Outro ponto importante nesse sentido é que o consumidor pode pedir o cancelamento do compartilhamento a qualquer momento. Além disso, as instituições financeiras precisam seguir as diretrizes do Banco Central em relação à segurança das informações compartilhadas.

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Há quase um ano, o Open Banking começou a ser implementado no Brasil e, desde essa época, muito se tem discutido sobre os impactos do novo sistema no mercado financeiro e na vida do consumidor. Em linhas gerais, o resumo é que muita coisa já tem mudado e o brasileiro pode se beneficiar — e MUITO — dessas mudanças.

A pandemia mexeu com a saúde mental dos brasileiros, mas é possível dar a volta por cima. Descubra como.

Apesar de o open banking ainda ser desconhecido por grande parte dos brasileiros, nosso objetivo aqui não é falar sobre o novo sistema em todas as suas nuances — diversos conteúdos na internet podem te ajudar a entender melhor o sistema caso você ainda tenha dúvidas. O que queremos é promover uma reflexão muito importante sobre os impactos das mudanças para o nosso mercado de atuação e para o público que mais nos interessa: o consumidor endividado.

Será que a troca de informações entre as instituições financeiras vai trazer benefícios ou prejuízos para o consumidor que tem dívidas? E para quem precisa de crédito, o novo sistema tende a mudar algo em relação à oferta no mercado? Como fica a situação das empresas que atuam nesse mercado com o avanço do Open Banking no Brasil? É sobre isso que vamos discutir hoje.

Mais transparência é sinônimo de serviços mais personalizados

Com a chegada do Open Banking no país, o consumidor brasileiro passa a ter a opção de compartilhar suas informações pessoais e seu histórico financeiro com bancos, fintechs e outras instituições — mesmo que ele nunca tenha tido nenhum relacionamento com elas. Respeitando as diretrizes da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), esse compartilhamento pode trazer muitos benefícios no relacionamento com as empresas do mercado financeiro.

A medida permite, por exemplo, que essas instituições tenham acesso a dados que as possibilitem ofertar crédito com mais assertividade, tendo uma visão mais clara sobre a condição do consumidor de arcar com o compromisso financeiro e disponibilizando produtos e serviços que estejam alinhados à realidade financeira de cada cliente. E a personalização não vai ser a única vantagem.

Com as possibilidades trazidas pelo Open Banking, instituições financeiras passam a poder se relacionar com um número ainda maior de consumidores, mesmo aqueles que nunca fizeram parte da sua carteira de clientes. Com isso, a oferta de crédito passa a ter mais concorrência, já que diferentes empresas poderão oferecer condições atrativas para os consumidores que precisam tomar crédito no mercado.

E a lógica no mercado de crédito é a mesma de qualquer outro setor: se a concorrência aumenta, cresce também o poder de escolha do cliente. Isso significa que os consumidores podem ser beneficiados com taxas de juros menores, especialmente aqueles que têm histórico de bons pagadores — afinal, se a instituição financeira têm dados que aumentam a garantia de que não haverá inadimplência, o risco diminui e a qualidade da condição, consequentemente, aumenta.

Os impactos do Open Banking para o consumidor endividado

Parece claro que o Open Banking tende a oferecer benefícios para quem precisa tomar crédito no mercado. Mas, e quem já está endividado? Ganha ou perde com o novo sistema financeiro?

De acordo com Pedro Lima, economista e co-CEO da Meu Acerto, esse consumidor pode obter benefícios muito interessantes com o Open Banking. “Ao conhecerem mais a fundo o histórico financeiro de cada consumidor, as instituições financeiras terão condições de entender as origens da inadimplência. Se, por exemplo, o cliente sempre foi um bom pagador e ficou com uma pendência em aberto por uma situação pontual, como o desemprego, não tem porque tratar esse consumidor da mesma forma que um outro cliente que está inadimplente há muitos anos é tratado, impondo dificuldades para a relação dele com a instituição”, explica.

Quando Pedro fala em dificuldades, ele se refere, por exemplo, à restrição ao crédito ou à elevação das taxas de juros, medidas que costumam ser impostas aos consumidores inadimplentes. Com o compartilhamento de informações, como dissemos, as instituições podem entender qual o perfil financeiro do consumidor e tomar decisões baseadas nisso, oferecendo condições personalizadas de acordo com a realidade financeira de cada cliente, que vai além, claro, do cenário atual de endividamento. Vale ressaltar que o cadastro positivo já daria essa visibilidade para os bancos sobre os bons pagadores, mas o sistema teve muitas dificuldades de implementação no Brasil e, sendo mais amplo, o Open Banking é uma aposta melhor pra isso!

Isso significa que o jogo pode ficar mais difícil para quem tem um histórico maior de inadimplência e é visto no mercado como mau pagador? Sim, é possível. Mas o Open Banking também promete vantagens para esse público.

“Os consumidores endividados, que costumam ser tão marginalizados por bancos e grandes instituições financeiras, podem ganhar mais espaço no mercado. Com o Open Banking, a tendência é que surjam cada vez mais opções de empresas que oferecem soluções específicas para esse consumidor. Ele pode ter, por exemplo, mais chance de conseguir crédito no mercado, mesmo com o nome sujo”, ressalta o executivo. Essas novas possibilidades, inclusive, podem ser muito úteis para quem tem muitas dívidas e precisa de um novo crédito para quitar as pendências e organizar a vida financeira.

Pontos de atenção em relação ao Open Banking

Por mais que a implementação do Open Banking traga muitos benefícios para os consumidores brasileiros, o novo sistema financeiro também exige cuidados aos quais os clientes precisam estar atentos. Como o principal fator envolvido no processo é o compartilhamento de dados, é preciso garantir que isso está sendo feito de forma segura e com objetivos definidos.

A decisão de compartilhar ou não os dados com as instituições financeiras é integralmente do cliente e ele precisa avaliar até onde vale a pena expor seu histórico financeiro para diversas empresas. O recomendado é que ele faça isso quando, de fato, estiver enfrentando alguma necessidade financeira e precise comparar produtos e serviços oferecidos por várias instituições, ou tenha interesse em receber ofertas personalizadas de acordo com sua realidade financeira. O interessante é que, de acordo com uma pesquisa encomendada pela Quanto, plataforma de Open Banking, 65% dos brasileiros estão dispostos a compartilhar seus dados para obter melhores taxas.

Outro ponto importante nesse sentido é que o consumidor pode pedir o cancelamento do compartilhamento a qualquer momento. Além disso, as instituições financeiras precisam seguir as diretrizes do Banco Central em relação à segurança das informações compartilhadas.

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