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O trem da vida, as relações humanas

Assim como em uma viagem de trem, a vida é feita de encontros e despedidas

Assim como em uma viagem de trem, a vida é feita de encontros e despedidas (Coluna A Arte de Se Relacionar/Reprodução)
Assim como em uma viagem de trem, a vida é feita de encontros e despedidas (Coluna A Arte de Se Relacionar/Reprodução)

O mês dos namorados, embora tradicionalmente voltado para celebrar o amor romântico, é também uma oportunidade para refletir sobre as relações interpessoais em geral. Cada interação social que temos desempenha um papel importante na definição de quem somos e cada pessoa que encontramos influencia a nossa jornada de alguma maneira. Já pararam para pensar nisso? Assim como em uma viagem de trem, a vida é feita de encontros e despedidas.

Como bem traduz Maria Rita: todos os dias é um vai e vem, a vida se repete na estação, tem gente que chega para ficar, tem gente que vai para nunca mais. Algumas pessoas simplesmente passam pelo nosso vagão, apenas momentaneamente. Acompanham uma fase que estamos passando, podem nos ensinar algo novo, como uma lição, ou podem nos afastar dos nossos propósitos, fazendo-nos sofrer. Porém, como tudo nesta vida, as pessoas e as relações sempre agregam de alguma forma.

Existem pessoas que têm uma presença mais constante na nossa jornada. Sentam conosco no nosso vagão e apreciam a viagem ao nosso lado. Por que isso acontece? Por que algumas pessoas vêm e ficam uma vida inteira, e outras têm apenas uma breve passagem, mesmo que marcante? Ao refletir sobre nossas relações interpessoais, podemos perceber que temos uma espécie de "gaveta mental" para cada pessoa em nossa vida.  A compreensão emocional e inteligente de cada relação é crucial, para assimilar o papel de cada um e não se prender ou perder oportunidades de se conectar quando as pessoas não se encaixam nos padrões.

A construção de relações sólidas perpetua por várias estações, nas quais este trem vai percorrer, atravessar ou até mesmo parar. Requer afinidade, o laço que une duas pessoas através de valores ou experiências comuns. Requer interesse, o esforço consciente para aprender sobre o outro e mostrar empatia por suas experiências e sentimentos. Requer tempo, uma vez que as relações profundas e duradouras não são construídas em um dia. Além disso, é necessária a capacidade de se adaptar, de ser flexível. Afinal a viagem é cheia de curvas, ups and downs e, com isso, as pessoas mudam, as circunstâncias mudam e as relações também. Portanto, à medida em que seguimos dentro deste trem, é importante valorizarmos cada relação - entender o papel de cada pessoa que frequenta o nosso vagão e a "gaveta" em que se encaixam. 

Em última análise, arrisco-me a dizer que os passageiros do trem e as relações que construímos com eles são uma parte essencial desta viagem, somos seres sociais. Ao valorizarmos cada relação e respeitarmos o papel de cada um, somos capazes de construir uma rede sólida e duradoura que nos ajudará a compreender a nossa chegada e enfrentar qualquer desafio até a nossa partida. Desejo a você, passageiro, uma boa viagem no trem da vida!