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O seu “eu” do futuro te espera

Uma cultura que é ávida por gratificações e recompensas imediatas nos faz ter mais facilidade de pensar a curto prazo

Idade: "O cabo de guerra, pelo tempo, define a nossa geração" (A Arte de se Relacionar/Reprodução)
Martha Leonardis

Sócia do BTG Pactual

Publicado em 8 de maio de 2023 às 12h35.

Pensar no seu eu do futuro torna pensar a longo prazo algo muito difícil. Podemos dizer que a Martha daqui a 30, 40, 50 anos é uma mulher que eu não conheço muito bem, ao contrário da Martha de agora, que tem sonhos, desejos e necessidades. Uma cultura que é ávida por gratificações e recompensas imediatas nos faz ter mais facilidade de pensar a curto prazo e querer atender às demandas do agora. Porém, o seu eu do futuro, assim como o meu, importa e depende muito das decisões que tomamos hoje.

Acredito que atualmente existem fortes motivadores do “curtoprazismo”. O viés cognitivo, desconto hiperbólico, descreve como nós, seres humanos, preferimos benefícios imediatos a ganhos no futuro. Quando trazemos esse debate pensando no planejamento patrimonial e sucessório, ele se torna ainda mais importante, pois precisamos aprender a driblar esses motivadores para começar a pensar na construção de um legado. De acordo com o filósofo australiano, Roman Krznaric, quase ninguém sabe como pensar a longo prazo. Ele criou um gráfico chamado “The tug of war for time”, de um lado seis motivadores do imediatismo vs. seis atitudes para pensar no longo prazo do outro.

-(Reprodução)

O cabo de guerra, pelo tempo, define a nossa geração. Funciona como uma luta mental que acontece no cérebro de cada um e afeta a sociedade atual. O resultado disso? O destino das próximas gerações que estão por vir. Talvez pelo nosso próprio egocentrismo, colocar em prática metas para as próximas semanas é mais fácil do que para os próximos anos das nossas vidas.

Aqueles que me seguem nas redes sociais sabem que sou praticante ativa de esportes. O esporte é um exemplo clássico de que, para obter resultados duradouros e positivos, é necessário ter constância e disciplina. Muitas pessoas começam e param, um ciclo vicioso, pois não veem mudanças imediatas. Fazer esporte é pensar em longevidade e saúde, sim, a longo prazo. Vemos isso no mercado de trabalho também. A fome para crescer e chegar em uma posição de sucesso, muitas vezes leva a uma frustração inigualável. É necessário ser resiliente e persistente para obter sucesso, mas muitas vezes desistir parecer ser a melhor opção.

Convido você, leitor, a ter isso sempre em mente e fazer este exercício. Eu sempre me faço essa pergunta: O lugar em que você está trabalhando, a pessoa com quem você está se relacionando, o que você está fazendo no seu dia a dia, isso é o que você quer a longo prazo para a sua vida? Se preocupe com o seu “eu” do futuro, mentalize, faça metas e construa a sua trajetória de sucesso.  Essa construção só depende de você e das suas atitudes. Dê o seu melhor hoje, para que lá na frente, quando você olhar para o seu “eu” do passado, ele se sinta orgulhoso.

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Pensar no seu eu do futuro torna pensar a longo prazo algo muito difícil. Podemos dizer que a Martha daqui a 30, 40, 50 anos é uma mulher que eu não conheço muito bem, ao contrário da Martha de agora, que tem sonhos, desejos e necessidades. Uma cultura que é ávida por gratificações e recompensas imediatas nos faz ter mais facilidade de pensar a curto prazo e querer atender às demandas do agora. Porém, o seu eu do futuro, assim como o meu, importa e depende muito das decisões que tomamos hoje.

Acredito que atualmente existem fortes motivadores do “curtoprazismo”. O viés cognitivo, desconto hiperbólico, descreve como nós, seres humanos, preferimos benefícios imediatos a ganhos no futuro. Quando trazemos esse debate pensando no planejamento patrimonial e sucessório, ele se torna ainda mais importante, pois precisamos aprender a driblar esses motivadores para começar a pensar na construção de um legado. De acordo com o filósofo australiano, Roman Krznaric, quase ninguém sabe como pensar a longo prazo. Ele criou um gráfico chamado “The tug of war for time”, de um lado seis motivadores do imediatismo vs. seis atitudes para pensar no longo prazo do outro.

-(Reprodução)

O cabo de guerra, pelo tempo, define a nossa geração. Funciona como uma luta mental que acontece no cérebro de cada um e afeta a sociedade atual. O resultado disso? O destino das próximas gerações que estão por vir. Talvez pelo nosso próprio egocentrismo, colocar em prática metas para as próximas semanas é mais fácil do que para os próximos anos das nossas vidas.

Aqueles que me seguem nas redes sociais sabem que sou praticante ativa de esportes. O esporte é um exemplo clássico de que, para obter resultados duradouros e positivos, é necessário ter constância e disciplina. Muitas pessoas começam e param, um ciclo vicioso, pois não veem mudanças imediatas. Fazer esporte é pensar em longevidade e saúde, sim, a longo prazo. Vemos isso no mercado de trabalho também. A fome para crescer e chegar em uma posição de sucesso, muitas vezes leva a uma frustração inigualável. É necessário ser resiliente e persistente para obter sucesso, mas muitas vezes desistir parecer ser a melhor opção.

Convido você, leitor, a ter isso sempre em mente e fazer este exercício. Eu sempre me faço essa pergunta: O lugar em que você está trabalhando, a pessoa com quem você está se relacionando, o que você está fazendo no seu dia a dia, isso é o que você quer a longo prazo para a sua vida? Se preocupe com o seu “eu” do futuro, mentalize, faça metas e construa a sua trajetória de sucesso.  Essa construção só depende de você e das suas atitudes. Dê o seu melhor hoje, para que lá na frente, quando você olhar para o seu “eu” do passado, ele se sinta orgulhoso.

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