Os mercados à frente da economia
Os mercados financeiros no Brasil apresentam sempre comportamento ciclo tímido em períodos de incertezas, como o que estamos vivendo neste segundo mandato da ainda presidente Dilma Rousseff. Logo após sua posse, em janeiro de 2015, as brutais e inconsequentes mudanças na condução da política econômica deram início a um período de histeria coletiva. A perda […]
Da Redação
Publicado em 25 de julho de 2016 às 12h47.
Última atualização em 22 de junho de 2017 às 18h41.
Os mercados financeiros no Brasil apresentam sempre comportamento ciclo tímido em períodos de incertezas, como o que estamos vivendo neste segundo mandato da ainda presidente Dilma Rousseff. Logo após sua posse, em janeiro de 2015, as brutais e inconsequentes mudanças na condução da política econômica deram início a um período de histeria coletiva.
A perda do grau de investimento no risco soberano do Brasil levou a um momento de pânico total e a sensação de que tínhamos caído no precipício do default nos títulos de crédito emitidos pelo governo federal. O índice BOVESPA chegou aos 37.000 pontos e a cotação do dólar americano nos mercados de câmbio ultrapassou a marca do 4 reais. Nos mercados externos de credito, a cotação do CDS dos títulos soberanos do Brasil de 10 anos ultrapassou os 500 pontos.
Todos – investidores internos e externos – esperavam o fim do mundo, alimentados pelos comentários negativos que apareciam diariamente na mídia brasileira e internacional.
Mas a sociedade reagiu aos desmandos de nossa presidenta através de seus canais democráticos, que nunca deixaram de funcionar no Brasil. Pressionados pelos efeitos da gravíssima crise econômica que se instalou na sociedade, deputados e senadores se movimentaram para tirar Dilma Rousseff do poder em Brasília.
Entre seu afastamento provisório e a posse como ainda presidente interino de Michel Temer, os ventos mudaram de direção. O presidente interino escolheu uma equipe econômica de altíssima qualidade, liderada com eficiência e disciplina pelo ministro Henrique Meirelles, e a direção da política econômica voltou à época do presidente Fernando Henrique Cardoso.
Na condução da política parlamentar, Temer escolheu também uma nova equipe formada por profissionais do diálogo com o Congresso. E o resultado mais exitoso destes novos tempos foi a eleição de Rodrigo Maia para a presidência da Câmara de Deputados. Temos neste episódio o sinal mais evidente do fim da era de Lula e do PT, pois Rodrigo Maia pertenceu ao PFL, partido de direita liberal e símbolo de tudo o que o PT tentou destruir em seus anos de poder.
Todos estes sinais estão sendo absorvidos pela sociedade apesar da ainda interinidade do presidente Temer e do ainda pequeno conhecimento – e confiança – que os brasileiros têm sobre dele. E pouco a pouco a confiança no futuro começa a crescer, como mostram os índices que medem as expectativas de setores empresariais e, mais recentemente, do consumidor.
Assim como o indicador de confiança da indústria, o índice referente ao consumidor mostrou nova alta no mês de julho, voltando a patamares vistos no início de 2015. Se considerado apenas o chamado índice de expectativas futuras, o número de julho deste ano voltou aos níveis verificados em 2012, conforme mostra o gráfico abaixo elaborado pela equipe técnica da Quest Investimentos.
Com estas mudanças de comportamento do consumidor, será questão de tempo para que a postura ultraconservadora verificada nos últimos meses seja revertida e o consumo volte a crescer.
Um outro fator positivo nas expectativas sobre o Brasil – este de natureza externa – deve acelerar ainda mais a recuperação da economia no último trimestre de 2016. O mercado internacional está mudando sua leitura sobre os mercados emergentes nos próximos anos e o Brasil deve se beneficiar desta nova postura.
Haja ciclotimia!
Os mercados financeiros no Brasil apresentam sempre comportamento ciclo tímido em períodos de incertezas, como o que estamos vivendo neste segundo mandato da ainda presidente Dilma Rousseff. Logo após sua posse, em janeiro de 2015, as brutais e inconsequentes mudanças na condução da política econômica deram início a um período de histeria coletiva.
A perda do grau de investimento no risco soberano do Brasil levou a um momento de pânico total e a sensação de que tínhamos caído no precipício do default nos títulos de crédito emitidos pelo governo federal. O índice BOVESPA chegou aos 37.000 pontos e a cotação do dólar americano nos mercados de câmbio ultrapassou a marca do 4 reais. Nos mercados externos de credito, a cotação do CDS dos títulos soberanos do Brasil de 10 anos ultrapassou os 500 pontos.
Todos – investidores internos e externos – esperavam o fim do mundo, alimentados pelos comentários negativos que apareciam diariamente na mídia brasileira e internacional.
Mas a sociedade reagiu aos desmandos de nossa presidenta através de seus canais democráticos, que nunca deixaram de funcionar no Brasil. Pressionados pelos efeitos da gravíssima crise econômica que se instalou na sociedade, deputados e senadores se movimentaram para tirar Dilma Rousseff do poder em Brasília.
Entre seu afastamento provisório e a posse como ainda presidente interino de Michel Temer, os ventos mudaram de direção. O presidente interino escolheu uma equipe econômica de altíssima qualidade, liderada com eficiência e disciplina pelo ministro Henrique Meirelles, e a direção da política econômica voltou à época do presidente Fernando Henrique Cardoso.
Na condução da política parlamentar, Temer escolheu também uma nova equipe formada por profissionais do diálogo com o Congresso. E o resultado mais exitoso destes novos tempos foi a eleição de Rodrigo Maia para a presidência da Câmara de Deputados. Temos neste episódio o sinal mais evidente do fim da era de Lula e do PT, pois Rodrigo Maia pertenceu ao PFL, partido de direita liberal e símbolo de tudo o que o PT tentou destruir em seus anos de poder.
Todos estes sinais estão sendo absorvidos pela sociedade apesar da ainda interinidade do presidente Temer e do ainda pequeno conhecimento – e confiança – que os brasileiros têm sobre dele. E pouco a pouco a confiança no futuro começa a crescer, como mostram os índices que medem as expectativas de setores empresariais e, mais recentemente, do consumidor.
Assim como o indicador de confiança da indústria, o índice referente ao consumidor mostrou nova alta no mês de julho, voltando a patamares vistos no início de 2015. Se considerado apenas o chamado índice de expectativas futuras, o número de julho deste ano voltou aos níveis verificados em 2012, conforme mostra o gráfico abaixo elaborado pela equipe técnica da Quest Investimentos.
Com estas mudanças de comportamento do consumidor, será questão de tempo para que a postura ultraconservadora verificada nos últimos meses seja revertida e o consumo volte a crescer.
Um outro fator positivo nas expectativas sobre o Brasil – este de natureza externa – deve acelerar ainda mais a recuperação da economia no último trimestre de 2016. O mercado internacional está mudando sua leitura sobre os mercados emergentes nos próximos anos e o Brasil deve se beneficiar desta nova postura.
Haja ciclotimia!