Um compromisso com o nosso futuro
Por que assinei o manifesto “Empresários pelo Clima”, organizado pelo Centro Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável
Da Redação
Publicado em 1 de outubro de 2021 às 20h30.
Por Luis Henrique Guimarães*
A carta assinada nesta semana por presidentes – este colunista entre eles – de 105 grandes empresas e de dez entidades setoriais é emblemática para o momento que vivemos em relação aos desafios climáticos e fundamental para ajudar o Brasil a assumir o protagonismo que lhe cabe na caminhada global rumo a uma economia de baixo carbono.
Capitaneado pelo CEBDS (Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável), o manifesto Empresários pelo Clima será entregue ao governo brasileiro e levado para a COP26, a conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que ocorrerá em Glasgow, na Escócia, entre 31 de outubro e 12 de novembro.
É um documento de extrema importância por muitos motivos. Ele deixa claro para a comunidade internacional que o setor produtivo do Brasil acredita na retomada verde e está pronto para participar das discussões externas sobre clima e contribuir no aprimoramento das políticas públicas internas. As empresas brasileiras estão alinhadas com a agenda global e reconhecem o seu papel no desafio mundial de conter o aquecimento.
O setor produtivo, afirma o manifesto, considera possível e desejada uma rápida transição para o baixo carbono no país. E cita um estudo recente, apoiado pelo CEBDS, segundo o qual o Brasil tem condições de reduzir suas emissões de GEE em até 42% já em 2025, em relação aos níveis de 2005.
O manifesto também conclama a sociedade brasileira em geral e a classe política em particular a apoiar a participação ativa do Brasil na COP26. Com a importância que possui na economia mundial e com os ativos ambientais que acumula, nosso país não pode se furtar a isso. Pelo contrário, deve estar entre os líderes deste debate.
Diz um trecho do documento: “O Brasil tem vantagens comparativas extraordinárias na corrida para alcançarmos uma economia de emissões líquidas de carbono neutras, valendo-nos dos nossos múltiplos recursos naturais e da capacidade de nosso povo. Para isso, devemos desenvolver um arcabouço político-regulatório que apoie essa trajetória dentro de um compromisso firme com ações eficazes para a preservação do meio ambiente e o cumprimento das metas de combate ao desmatamento ilegal. Essa é uma oportunidade única do Brasil ser competitivo e melhorarmos as condições de vida da população, alinhados com as novas prioridades em torno das quais o mundo está se movimentando”.
Mais de uma vez aqui na Exame já escrevi sobre a oportunidade que o país tem de se tornar a maior potência verde do mundo. Temos a matriz energética mais limpa do planeta. Não há reserva florestal maior que a Amazônia. Nossa agricultura é a mais eficiente que existe. E temos o RenovaBio, um programa sem igual, criado pelo governo brasileiro, para descarbonização do setor de transporte.
Não podemos perder mais tempo. Temos um enorme dever de casa a ser realizado, mas contamos também com muita coisa que já está sendo feita e que precisa ser mostrada ao mundo. No que depender de mim e dos mais de 40 mil colaboradores da Cosan e dos mais de cem executivos que assinam o manifesto, este trabalho será incansável.
*Luis Henrique Guimarães é presidente da Cosan
Veja exemplos práticos de como as empresas geram valor aos seus negócios com as normas do ESG
Por Luis Henrique Guimarães*
A carta assinada nesta semana por presidentes – este colunista entre eles – de 105 grandes empresas e de dez entidades setoriais é emblemática para o momento que vivemos em relação aos desafios climáticos e fundamental para ajudar o Brasil a assumir o protagonismo que lhe cabe na caminhada global rumo a uma economia de baixo carbono.
Capitaneado pelo CEBDS (Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável), o manifesto Empresários pelo Clima será entregue ao governo brasileiro e levado para a COP26, a conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que ocorrerá em Glasgow, na Escócia, entre 31 de outubro e 12 de novembro.
É um documento de extrema importância por muitos motivos. Ele deixa claro para a comunidade internacional que o setor produtivo do Brasil acredita na retomada verde e está pronto para participar das discussões externas sobre clima e contribuir no aprimoramento das políticas públicas internas. As empresas brasileiras estão alinhadas com a agenda global e reconhecem o seu papel no desafio mundial de conter o aquecimento.
O setor produtivo, afirma o manifesto, considera possível e desejada uma rápida transição para o baixo carbono no país. E cita um estudo recente, apoiado pelo CEBDS, segundo o qual o Brasil tem condições de reduzir suas emissões de GEE em até 42% já em 2025, em relação aos níveis de 2005.
O manifesto também conclama a sociedade brasileira em geral e a classe política em particular a apoiar a participação ativa do Brasil na COP26. Com a importância que possui na economia mundial e com os ativos ambientais que acumula, nosso país não pode se furtar a isso. Pelo contrário, deve estar entre os líderes deste debate.
Diz um trecho do documento: “O Brasil tem vantagens comparativas extraordinárias na corrida para alcançarmos uma economia de emissões líquidas de carbono neutras, valendo-nos dos nossos múltiplos recursos naturais e da capacidade de nosso povo. Para isso, devemos desenvolver um arcabouço político-regulatório que apoie essa trajetória dentro de um compromisso firme com ações eficazes para a preservação do meio ambiente e o cumprimento das metas de combate ao desmatamento ilegal. Essa é uma oportunidade única do Brasil ser competitivo e melhorarmos as condições de vida da população, alinhados com as novas prioridades em torno das quais o mundo está se movimentando”.
Mais de uma vez aqui na Exame já escrevi sobre a oportunidade que o país tem de se tornar a maior potência verde do mundo. Temos a matriz energética mais limpa do planeta. Não há reserva florestal maior que a Amazônia. Nossa agricultura é a mais eficiente que existe. E temos o RenovaBio, um programa sem igual, criado pelo governo brasileiro, para descarbonização do setor de transporte.
Não podemos perder mais tempo. Temos um enorme dever de casa a ser realizado, mas contamos também com muita coisa que já está sendo feita e que precisa ser mostrada ao mundo. No que depender de mim e dos mais de 40 mil colaboradores da Cosan e dos mais de cem executivos que assinam o manifesto, este trabalho será incansável.
*Luis Henrique Guimarães é presidente da Cosan
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