Diga-me com quem trabalhas e eu te direi...
"Quem foram as pessoas que mais te ensinaram as coisas que te fizeram chegar aonde você chegou profissionalmente?"
Da Redação
Publicado em 3 de fevereiro de 2023 às 10h02.
Quem foram os seus melhores professores? Não estou falando apenas dos mestres nas escolas. Também prefiro deixar de lado por um instante as lições de vida que recebemos de nossos pais e familiares. Pense na sua carreira e me responda: quem foram as pessoas que mais te ensinaram as coisas que te fizeram chegar aonde você chegou profissionalmente?
O dia a dia do trabalho nos ensina muito. Talvez você nem perceba, mas cada reunião que faz com seus fornecedores, clientes, pares, funcionários e chefes vale por uma aula. Às vezes descobrimos coisas que não fazíamos ideia de que existiam. Em outras oportunidades, levamos para casa uma lição do que “não fazer”. Mas exercer a nossa profissão nos desenvolve constantemente.
Quando jovens me perguntam sobre a melhor maneira de entrar no mercado de trabalho, a minha resposta é sempre a mesma: se você puder escolher, ingresse em uma empresa que “tem futuro” e em uma vaga que tenha um “gestor que gosta de ensinar”. Costumo dizer que meus chefes foram meus maiores professores.
Eu valorizo muito os cursos, afinal também dou aulas. Mas vou ter que pedir licença aos diplomas e reconhecer: trabalhar ao lado do melhor chef de cozinha do mundo, por exemplo, traz um complemento muito especial à sua bagagem gastronômica acadêmica.
No Brasil, valorizamos muito as indicações na hora de recrutar candidatos. Parte disso se explica porque sabemos que uma referência de quem já trabalhou com uma pessoa pode valer mais do que um CV duvidosamente bonito no papel.
Na vida real é como se o currículo mais importante não fosse aquele documento que é enviado por e-mail para concorrer às vagas. O histórico de pessoas com quem você já trabalhou tem um peso maior do que se imagina.
“Eu reportei 5 anos para o economista-chefe do banco mundial”, “eu fui o braço direito da Luiza Helena Trajano”, “eu fui auxiliar do Alex Atala no seu restaurante”, “eu aprendi o que sei sobre entretenimento trabalhando ao lado do Boninho“, “eu fiz parte do time que fez o McDonald’s virar Méqui no Brasil”... esses tipos de experiências podem dizer mais sobre o potencial de um candidato do que a menção a um livro que ele já leu, concorda?
Ouso imaginar que um dia o LinkedIn vai perceber tudo isso e nos dar a chance de apontar as pessoas mais brilhantes com quem já trabalhamos na nossa carreira. Enquanto isso não acontece, temos a chance de nos achegarmos a profissionais talentosos e seguirmos aprendendo com eles.
Vejo um claro movimento de muitas pessoas que já entenderam esse jogo se movimentarem e se aproximarem de “quem sabe fazer bem-feito”. Ao mesmo tempo, o mundo digital possibilitou a quem gosta de ensinar a chance de compartilhar seu conhecimento com todo mundo, e não apenas quem está no mesmo CNPJ.
Caminhamos a passos largos para essa nova fase, com a convicção de que a qualquer momento um entrevistador pode nos abordar dizendo: “Diga-me com quem você já trabalhou e eu te direi... se quero que você trabalhe comigo.”
*João Branco é professor da Imersão “Marketing ao Máximo” e ex-VP de Marketing do McDonald’s / @falajoaobranco
Quem foram os seus melhores professores? Não estou falando apenas dos mestres nas escolas. Também prefiro deixar de lado por um instante as lições de vida que recebemos de nossos pais e familiares. Pense na sua carreira e me responda: quem foram as pessoas que mais te ensinaram as coisas que te fizeram chegar aonde você chegou profissionalmente?
O dia a dia do trabalho nos ensina muito. Talvez você nem perceba, mas cada reunião que faz com seus fornecedores, clientes, pares, funcionários e chefes vale por uma aula. Às vezes descobrimos coisas que não fazíamos ideia de que existiam. Em outras oportunidades, levamos para casa uma lição do que “não fazer”. Mas exercer a nossa profissão nos desenvolve constantemente.
Quando jovens me perguntam sobre a melhor maneira de entrar no mercado de trabalho, a minha resposta é sempre a mesma: se você puder escolher, ingresse em uma empresa que “tem futuro” e em uma vaga que tenha um “gestor que gosta de ensinar”. Costumo dizer que meus chefes foram meus maiores professores.
Eu valorizo muito os cursos, afinal também dou aulas. Mas vou ter que pedir licença aos diplomas e reconhecer: trabalhar ao lado do melhor chef de cozinha do mundo, por exemplo, traz um complemento muito especial à sua bagagem gastronômica acadêmica.
No Brasil, valorizamos muito as indicações na hora de recrutar candidatos. Parte disso se explica porque sabemos que uma referência de quem já trabalhou com uma pessoa pode valer mais do que um CV duvidosamente bonito no papel.
Na vida real é como se o currículo mais importante não fosse aquele documento que é enviado por e-mail para concorrer às vagas. O histórico de pessoas com quem você já trabalhou tem um peso maior do que se imagina.
“Eu reportei 5 anos para o economista-chefe do banco mundial”, “eu fui o braço direito da Luiza Helena Trajano”, “eu fui auxiliar do Alex Atala no seu restaurante”, “eu aprendi o que sei sobre entretenimento trabalhando ao lado do Boninho“, “eu fiz parte do time que fez o McDonald’s virar Méqui no Brasil”... esses tipos de experiências podem dizer mais sobre o potencial de um candidato do que a menção a um livro que ele já leu, concorda?
Ouso imaginar que um dia o LinkedIn vai perceber tudo isso e nos dar a chance de apontar as pessoas mais brilhantes com quem já trabalhamos na nossa carreira. Enquanto isso não acontece, temos a chance de nos achegarmos a profissionais talentosos e seguirmos aprendendo com eles.
Vejo um claro movimento de muitas pessoas que já entenderam esse jogo se movimentarem e se aproximarem de “quem sabe fazer bem-feito”. Ao mesmo tempo, o mundo digital possibilitou a quem gosta de ensinar a chance de compartilhar seu conhecimento com todo mundo, e não apenas quem está no mesmo CNPJ.
Caminhamos a passos largos para essa nova fase, com a convicção de que a qualquer momento um entrevistador pode nos abordar dizendo: “Diga-me com quem você já trabalhou e eu te direi... se quero que você trabalhe comigo.”
*João Branco é professor da Imersão “Marketing ao Máximo” e ex-VP de Marketing do McDonald’s / @falajoaobranco