Uma andorinha só não faz verão…
“… Então, a perspectiva não pode ser das melhores para a economia do país, recém saído da reeleição da presidente Dilma para outro período de quatro anos. Infelizmente, mesmo com a escolha de um nome forte para o ministério da fazenda, vale o antigo ditado…” O Banco Central acaba de publicar a ata da reunião do Copom ocorrida na semana passada, onde resolveu elevar a taxa básica de juros em […] Leia mais
Da Redação
Publicado em 6 de novembro de 2014 às 13h31.
Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às 08h15.
“… Então, a perspectiva não pode ser das melhores para a economia do país, recém saído da reeleição da presidente Dilma para outro período de quatro anos. Infelizmente, mesmo com a escolha de um nome forte para o ministério da fazenda, vale o antigo ditado…”
O Banco Central acaba de publicar a ata da reunião do Copom ocorrida na semana passada, onde resolveu elevar a taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual (pp), resultando em uma taxa básica de juros (Selic) de 11,25% ao ano (aa).
Depois de algumas reuniões do Copom onde o Banco Central se mostrou em cima do muro, ele decidiu por aumentar a Selic em razão da pressão inflacionária que afeta a economia brasileira de maneira recorrente.
O diagnóstico elaborado pela autoridade monetária sobre as causas da inflação utiliza um remédio tradicional (aumento da taxa de juros) para uma situação de excesso de demanda na economia, enquanto o que, de fato, acontece é uma insuficiência de oferta de bens e serviços, que leva os preços para cima.
Portanto, se existe insuficiência na oferta, é porque não existe investimento na economia; e isso decorre de vários fatores como desconfiança dos investidores/empresários no governo e incerteza quanto aos rumos da economia nacional.
Já essa incerteza advém da péssima gestão econômica do governo Dilma Rousseff, que se traduz em crescimento explosivo do déficit nas contas externas (conta-corrente), descontrole total das contas públicas, com excesso de gastos sobre a arrecadação – que, por sua vez, é um dos principais fatores de perda de competitividade da indústria local -, entre outros probleminhas…
A Petrobras é um deles. Ninho de corrupção e de desvios financeiros que, em conjunto com uma administração temerária e absolutamente amarrada aos desígnios da vontade política do governo, levou a empresa a uma situação delicadíssima onde o mercado reluta em pagar mais do que R$ 15 por suas ações na bolsa de valores.
Além disso, a especulação voltou a correr solta em relação à definição de aumentos no preço da gasolina – que seria benéfico para o resultado da companhia. Só que o impacto inflacionário do aumento no preço dos combustíveis seria difícil de justificar politicamente e, ademais, a Petrobras agora se beneficia de uma queda pronunciada dos preços do petróleo no mercado internacional, uma vez que importa gasolina para atender ao mercado local a preços inferiores do que há alguns meses.
Por fim, percebe-se que não só a atuação do Banco Central vem a reboque da má gestão do governo, mas todo o resto da economia e setor público-estatal, criando-se uma série de desajustes e pontos de estrangulamento que, em algum momento, terão que ser corrigidos.
Então, a perspectiva não pode ser das melhores para a economia do país, recém saído da reeleição da presidente Dilma para outro período de quatro anos. Infelizmente, mesmo com a escolha de um nome forte para o ministério da fazenda, vale o antigo ditado: uma andorinha só não faz verão…
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“… Então, a perspectiva não pode ser das melhores para a economia do país, recém saído da reeleição da presidente Dilma para outro período de quatro anos. Infelizmente, mesmo com a escolha de um nome forte para o ministério da fazenda, vale o antigo ditado…”
O Banco Central acaba de publicar a ata da reunião do Copom ocorrida na semana passada, onde resolveu elevar a taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual (pp), resultando em uma taxa básica de juros (Selic) de 11,25% ao ano (aa).
Depois de algumas reuniões do Copom onde o Banco Central se mostrou em cima do muro, ele decidiu por aumentar a Selic em razão da pressão inflacionária que afeta a economia brasileira de maneira recorrente.
O diagnóstico elaborado pela autoridade monetária sobre as causas da inflação utiliza um remédio tradicional (aumento da taxa de juros) para uma situação de excesso de demanda na economia, enquanto o que, de fato, acontece é uma insuficiência de oferta de bens e serviços, que leva os preços para cima.
Portanto, se existe insuficiência na oferta, é porque não existe investimento na economia; e isso decorre de vários fatores como desconfiança dos investidores/empresários no governo e incerteza quanto aos rumos da economia nacional.
Já essa incerteza advém da péssima gestão econômica do governo Dilma Rousseff, que se traduz em crescimento explosivo do déficit nas contas externas (conta-corrente), descontrole total das contas públicas, com excesso de gastos sobre a arrecadação – que, por sua vez, é um dos principais fatores de perda de competitividade da indústria local -, entre outros probleminhas…
A Petrobras é um deles. Ninho de corrupção e de desvios financeiros que, em conjunto com uma administração temerária e absolutamente amarrada aos desígnios da vontade política do governo, levou a empresa a uma situação delicadíssima onde o mercado reluta em pagar mais do que R$ 15 por suas ações na bolsa de valores.
Além disso, a especulação voltou a correr solta em relação à definição de aumentos no preço da gasolina – que seria benéfico para o resultado da companhia. Só que o impacto inflacionário do aumento no preço dos combustíveis seria difícil de justificar politicamente e, ademais, a Petrobras agora se beneficia de uma queda pronunciada dos preços do petróleo no mercado internacional, uma vez que importa gasolina para atender ao mercado local a preços inferiores do que há alguns meses.
Por fim, percebe-se que não só a atuação do Banco Central vem a reboque da má gestão do governo, mas todo o resto da economia e setor público-estatal, criando-se uma série de desajustes e pontos de estrangulamento que, em algum momento, terão que ser corrigidos.
Então, a perspectiva não pode ser das melhores para a economia do país, recém saído da reeleição da presidente Dilma para outro período de quatro anos. Infelizmente, mesmo com a escolha de um nome forte para o ministério da fazenda, vale o antigo ditado: uma andorinha só não faz verão…
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