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Telebrás & Uma História de Encontros e Desencontros

A atual Telebrás representa o braço estatal do governo brasileiro na área de telecomunicações do país. É uma companhia aberta com ações negociadas na BM&FBovespa, sendo controlada pelo governo. A Telebrás é a estatal que sobrou do antigo Sistema Telebrás – constituído por 12 empresas -, após a mega-privatização do setor realizada pelo governo de Fernando Henrique Cardoso em 1998 (vide http://www.telebras.com.br/historico1.html) Já no governo Lula, a Telebrás foi definida […] Leia mais

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Investidor em Ação

Publicado em 2 de junho de 2011 às, 12h43.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às, 10h06.

A atual Telebrás representa o braço estatal do governo brasileiro na área de telecomunicações do país. É uma companhia aberta com ações negociadas na BM&FBovespa, sendo controlada pelo governo. A Telebrás é a estatal que sobrou do antigo Sistema Telebrás – constituído por 12 empresas -, após a mega-privatização do setor realizada pelo governo de Fernando Henrique Cardoso em 1998 (vide http://www.telebras.com.br/historico1.html)

Já no governo Lula, a Telebrás foi definida como responsável pelo encaminhamento do Programa Nacional de Banda Larga (PNBL), cujo objetivo era levar Internet de banda larga “barata” à toda a população do país – por um custo de cerca de R$ 30,00/mês. O que fez com que as ações da companhia, que não possuía qualquer atividade operacional até então, “ressuscitassem” na bolsa, e se tornassem alvo de especulações a cada declaração governamental referente à sua “nova proposta” de atuação.

Gráfico de Preços da TELB4 - Fonte: InfoMoney

Ao longo dos últimos dois anos, o preço das ações (TELB4) sofreu forte oscilação (volatilidade) em decorrência das “idas e vindas” do PNBL, sob intensa pressão de interesses políticos e empresariais – vide os gráficos de preço da ação e de volatilidade disponibilizados.

Volatilidade Anual da TELB4 - janela de 20 dias úteis

Vale lembrar que o custo previsto pelo governo (R$ 30,00/mês) para a Internet de banda larga é muito inferior à média cobrada do consumidor pelas principais empresas de telecomunicações que operam no país – e que são oriundas, em sua maioria, do antigo sistema Telebrás.

Da forma como foi concebido, o PNBL representava um tremendo problema para a iniciativa privada, na medida em que limitaria a sua perspectiva de lucro e expansão geográfica na oferta do serviço de banda larga à população do país.

Rogério Santanna, então presidente da Telebrás, entrou em choque com a atual administração do governo Dilma, que alterou o encaminhamento estratégico do PNBL – não se sabe bem o porquê -, e acabou demitido. Será que a orientação do governo sofreu um surto de liberalismo econômico ao resumir a atuação da Telebras à simples fornecedora de infraestrutura para o setor privado, ou perdeu a queda-de-braço para o lobby das companhias de telecomunicação que atuam no país?

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