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Seguro Grátis para suas Ações – Aproveite!

Há alguns dias, uma corretora de valores local, muito agressiva em sua política comercial, lançou um novo produto e o apelidou de “eXPerimenta”. É uma iniciativa muito bem vinda para o mercado, pois possibilita aos investidores em ações contar com uma proteção para a queda das ações compradas sob o amparo do programa. Na verdade, a iniciativa da corretora é inédita, no sentido de que ela própria “banca” o seguro […] Leia mais

DR

Da Redação

Publicado em 24 de fevereiro de 2011 às 11h39.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às 10h27.

Há alguns dias, uma corretora de valores local, muito agressiva em sua política comercial, lançou um novo produto e o apelidou de “eXPerimenta”. É uma iniciativa muito bem vinda para o mercado, pois possibilita aos investidores em ações contar com uma proteção para a queda das ações compradas sob o amparo do programa. Na verdade, a iniciativa da corretora é inédita, no sentido de que ela própria “banca” o seguro para os investidores; coisa não muito comum nos dias de hoje.

Não é necessário ser especialista em ações para perceber que a cobertura de seguro para uma eventual queda no preço de uma ação tem custo. Sabemos que não existe almoço grátis no mercado, o chamado “free lunch”. Mas dessa vez, todos aqueles que nunca operaram em bolsa e vão comprar ações pela primeira vez, vão poder “almoçar de graça” às custas dessa corretora.

O mercado já está acostumado a estruturas de seguro como essa que, para atingir o seu objetivo, se utiliza de derivativos como opções sobre ações – embutidas ou não na estrutura elaborada. Várias modalidades de instrumentos financeiros se utilizam dela para disponibilizar uma cobertura contra o risco de queda no preço de ações individuais (POP – Programa de Investimento com Participação), carteiras de ações e fundos de investimento (do tipo capital protegido), entre outros. A diferença é que o custo do seguro recai sobre o próprio investidor. Ele próprio banca o seu seguro.

Pode parecer que a direção da corretora ficou louca ao criar o produto, mas tudo não passa de uma excelente estratégia de marketing que, como qualquer outra, embute custos para a empresa. Certamente, os resultados no curto e médio prazos compensarão os esforços (e os custos) tanto em termos de divulgação e fortalecimento da imagem e marca da instituição, como em termos comerciais devido ao acréscimo e retenção de novos investidores à sua base de clientes.

Voltando ao eXPerimenta, o produto garante ao investidor um “seguro de portfolio” para quatro diferentes ações: Petrobras, Vale, Ambev e Itaú. Este seguro compreende uma “estrutura” composta pela compra da ação à vista em conjunto com a compra simultânea de uma opção de venda (put) sobre a ação adquirida. O resultado dessa estrutura permite que o investidor não tenha prejuízo em decorrência de uma eventual queda do preço da ação até a data de vencimento da opção de venda comprada – que no caso será em 18/04/2011. Além disso, caso o preço da ação tenha forte alta até a data prevista, o investidor terá direito a 100% do ganho obtido com a alta no preço da ação.

Resultados possíveis ao operar uma put

Ele poderá, então, vender a ação e embolsar os ganhos ou continuar comprado nela além da data prevista por sua própria conta e risco, já que a proteção proporcionada pelo eXPerimenta acabou. Na hipótese de uma forte alta no preço da ação, a opção de venda (put) perderá todo o seu valor na data de vencimento e, consequentemente, terá virado pó, na gíria do mercado.

Por outro lado, caso o preço da ação tenha forte queda em decorrência de uma retração generalizado do mercado ou por motivo específico àquela empresa em particular, a opção de venda sobre a ação terá se valorizado na proporção da perda ocorrida na ação, compensando totalmente o prejuízo ocorrido pela sua desvalorização. O investidor deverá exercer a sua opção de venda sobre as ações, que serão vendidas para a corretora – caso tenha sido ela a lançadora da put – pelo preço de exercício predeterminado.

Ao estruturar o seu seguro, é importante certificar-se de que o preço de exercício da put seja o mais próximo possível do preço pago pela ação à vista quando da realização da operação. Ou seja, deve-se escolher uma put o mais próximo possível “do dinheiro” – on the money. Esse detalhe é importante para assegurar o melhor “custo-benefício” na operação.

Mas se você quiser aproveitar a oportunidade proporcionada pelo eXPperimenta corra, porque é por tempo limitado. A corretora vai encerrar o programa às 16h30 de 04/03/11. Entretanto, devido à acirrada concorrência existente entre as várias corretoras da BM&FBovespa é possível que comecemos a ver, com maior frequência, iniciativas similares.

Por fim, recomendo aos interessados que se informem a respeito dos detalhes do produto e esclareçam todas as suas dúvidas, além de se certificarem de que o eXPerimenta está alinhado ao seu perfil de investidor (e de risco). Peçam ao consultor de investimentos que lhes atender na corretora para que mostre todos os possíveis cenários ao longo da vida da operação, e quais iniciativas devem ser tomadas por vocês em cada um deles. Atenção!!!

http://www.investcerto.com.br

http://www.twitter.com/investcerto

Há alguns dias, uma corretora de valores local, muito agressiva em sua política comercial, lançou um novo produto e o apelidou de “eXPerimenta”. É uma iniciativa muito bem vinda para o mercado, pois possibilita aos investidores em ações contar com uma proteção para a queda das ações compradas sob o amparo do programa. Na verdade, a iniciativa da corretora é inédita, no sentido de que ela própria “banca” o seguro para os investidores; coisa não muito comum nos dias de hoje.

Não é necessário ser especialista em ações para perceber que a cobertura de seguro para uma eventual queda no preço de uma ação tem custo. Sabemos que não existe almoço grátis no mercado, o chamado “free lunch”. Mas dessa vez, todos aqueles que nunca operaram em bolsa e vão comprar ações pela primeira vez, vão poder “almoçar de graça” às custas dessa corretora.

O mercado já está acostumado a estruturas de seguro como essa que, para atingir o seu objetivo, se utiliza de derivativos como opções sobre ações – embutidas ou não na estrutura elaborada. Várias modalidades de instrumentos financeiros se utilizam dela para disponibilizar uma cobertura contra o risco de queda no preço de ações individuais (POP – Programa de Investimento com Participação), carteiras de ações e fundos de investimento (do tipo capital protegido), entre outros. A diferença é que o custo do seguro recai sobre o próprio investidor. Ele próprio banca o seu seguro.

Pode parecer que a direção da corretora ficou louca ao criar o produto, mas tudo não passa de uma excelente estratégia de marketing que, como qualquer outra, embute custos para a empresa. Certamente, os resultados no curto e médio prazos compensarão os esforços (e os custos) tanto em termos de divulgação e fortalecimento da imagem e marca da instituição, como em termos comerciais devido ao acréscimo e retenção de novos investidores à sua base de clientes.

Voltando ao eXPerimenta, o produto garante ao investidor um “seguro de portfolio” para quatro diferentes ações: Petrobras, Vale, Ambev e Itaú. Este seguro compreende uma “estrutura” composta pela compra da ação à vista em conjunto com a compra simultânea de uma opção de venda (put) sobre a ação adquirida. O resultado dessa estrutura permite que o investidor não tenha prejuízo em decorrência de uma eventual queda do preço da ação até a data de vencimento da opção de venda comprada – que no caso será em 18/04/2011. Além disso, caso o preço da ação tenha forte alta até a data prevista, o investidor terá direito a 100% do ganho obtido com a alta no preço da ação.

Resultados possíveis ao operar uma put

Ele poderá, então, vender a ação e embolsar os ganhos ou continuar comprado nela além da data prevista por sua própria conta e risco, já que a proteção proporcionada pelo eXPerimenta acabou. Na hipótese de uma forte alta no preço da ação, a opção de venda (put) perderá todo o seu valor na data de vencimento e, consequentemente, terá virado pó, na gíria do mercado.

Por outro lado, caso o preço da ação tenha forte queda em decorrência de uma retração generalizado do mercado ou por motivo específico àquela empresa em particular, a opção de venda sobre a ação terá se valorizado na proporção da perda ocorrida na ação, compensando totalmente o prejuízo ocorrido pela sua desvalorização. O investidor deverá exercer a sua opção de venda sobre as ações, que serão vendidas para a corretora – caso tenha sido ela a lançadora da put – pelo preço de exercício predeterminado.

Ao estruturar o seu seguro, é importante certificar-se de que o preço de exercício da put seja o mais próximo possível do preço pago pela ação à vista quando da realização da operação. Ou seja, deve-se escolher uma put o mais próximo possível “do dinheiro” – on the money. Esse detalhe é importante para assegurar o melhor “custo-benefício” na operação.

Mas se você quiser aproveitar a oportunidade proporcionada pelo eXPperimenta corra, porque é por tempo limitado. A corretora vai encerrar o programa às 16h30 de 04/03/11. Entretanto, devido à acirrada concorrência existente entre as várias corretoras da BM&FBovespa é possível que comecemos a ver, com maior frequência, iniciativas similares.

Por fim, recomendo aos interessados que se informem a respeito dos detalhes do produto e esclareçam todas as suas dúvidas, além de se certificarem de que o eXPerimenta está alinhado ao seu perfil de investidor (e de risco). Peçam ao consultor de investimentos que lhes atender na corretora para que mostre todos os possíveis cenários ao longo da vida da operação, e quais iniciativas devem ser tomadas por vocês em cada um deles. Atenção!!!

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