Resgate dos bancos espanhóis, mas não da Espanha
A Espanha garantiu o equacionamento de seu frágil sistema bancário por meio do “resgate” de até US$ 125 bilhões, que será concedido pela União Europeia (UE) e supervisionado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). Entretanto, a União Europeia ainda precisa definir de onde sairá o dinheiro. O que implica na possibilidade de que a dívida dos bancos espanhóis “falidos” venha a ser objeto de renegociação, a exemplo do que aconteceu na […] Leia mais
Publicado em 11 de junho de 2012 às, 09h50.
Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às, 09h25.
A Espanha garantiu o equacionamento de seu frágil sistema bancário por meio do “resgate” de até US$ 125 bilhões, que será concedido pela União Europeia (UE) e supervisionado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).
Entretanto, a União Europeia ainda precisa definir de onde sairá o dinheiro. O que implica na possibilidade de que a dívida dos bancos espanhóis “falidos” venha a ser objeto de renegociação, a exemplo do que aconteceu na Grécia, devido às condições contratuais que serão objeto do auxílio financeiro.
Dada essa possibilidade, existe a chance de que a Espanha fique alijada de financiar sua dívida soberana nos mercados, assustados com a possibilidade de que esta dívida também seja objeto de renegociação, com prejuízo certo para os compradores dos títulos (investidores). Vale lembrar que o país precisa rolar cerca de US$ 125 bilhões até o final do ano.
Dessa forma, a situação da Espanha ainda é muito delicada e está indefinida, pois qualquer evento adverso como, por exemplo, um resultado pró radicais nas eleições da Grécia, que ocorrerão dia 17, pode deflagrar o caos financeiro na Espanha e resto da Europa, com destaque para a Itália, apontada pelos especialistas como a próxima “bola da vez”.
Nesse sentido, é necessário manter o cuidado com os investimentos em ações por algum tempo ainda. É preferível sacrificar algum ganho inicial, caso a situação da Espanha se resolva de fato, do que correr o risco de ver esses ganhos se desintegrarem e se transformarem em prejuízo caso o cenário positivo não aconteça. Ou seja, talvez valha a pena esperar um pouco por um cenário mais favorável à compra de ações.
Leia o que a imprensa fala a respeito do assunto hoje – 11/06/12:
http://www.reuters.com/article/2012/06/11/us-eurozone-spain-idUSBRE85908Z20120611
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