Redes sociais em finanças: uma solução?
A decisão sobre a compra ou venda de um ativo de risco é, normalmente, solitária e difícil. Já a decisão de venda é mais difícil do que a de compra, por motivos óbvios. Ao comprar uma ação, por exemplo, o indivíduo tem a expectativa de obter ganhos com a alta no preço da ação. Entretanto, essa expectativa pode não se concretizar e, ao contrário do esperado, o preço da ação […] Leia mais
Da Redação
Publicado em 13 de outubro de 2011 às 11h00.
Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às 09h48.
A decisão sobre a compra ou venda de um ativo de risco é, normalmente, solitária e difícil. Já a decisão de venda é mais difícil do que a de compra, por motivos óbvios. Ao comprar uma ação, por exemplo, o indivíduo tem a expectativa de obter ganhos com a alta no preço da ação. Entretanto, essa expectativa pode não se concretizar e, ao contrário do esperado, o preço da ação pode cair e o indivíduo irá enfrentar a árdua decisão de vender a ação com prejuízo ou esperar para ver se o seu preço reverte o movimento de baixa.
Esse exemplo simples retrata uma das situações mais difíceis do processo de investimento em ativos de risco. É muito fácil deixar de maximizar lucros potenciais quando os indivíduos se encontram no terreno dos ganhos; tudo é felicidade e alegria. Por outro lado, quando eles se encontram no terreno das perdas, o componente psicológico dos indivíduos os impede de “realizar” o prejuízo; tudo é tristeza e arrependimento.
Após ter passado por várias crises, o mercado de bolsa (e os investidores) tem mostrado maturidade recentemente, ao não se deixar levar pela euforia em cenários de otimismo nem pelo pânico em cenários de crise. O comportamento mais maduro do investidor pode ser explicado por várias razões, dentre elas pelo maior nível de educação financeira que possui na atualidade – apesar deste ainda se encontrar longe do ideal.
Pode-se relacionar a questão com o surgimento de vários sítios na Internet cuja proposta é informar e educar o investidor. São as chamadas comunidades financeiras que gravitam em torno dos sítios que pretendem proporcionar aos seus usuários o melhor ambiente para obter informações e notícias, para aprender e utilizar as ferramentas disponibilizadas por eles para a tomada de decisão acerca de investimentos.
Entretanto, ainda está para se consolidar uma verdadeira rede social em finanças, cuja principal característica seja a interação de seus usuários e a construção de uma espécie de “consciência coletiva” dentro da comunidade acerca das decisões de compra ou venda sobre ativos de risco.
Apesar da criação dessa consciência coletiva, as pessoas não devem se sentir impedidas de tomar suas próprias decisões, discordando do consenso da comunidade, o qual, no mínimo, irá lhes proporcionar a oportunidade de conhecer e avaliar por si mesmos, qual é o pensamento e crenças do grupo.
Por outro lado, a existência de tal comunidade não a isenta de padecer de vieses comportamentais inerentes aos grupos como, por exemplo, o “groupthinking”. Aliás, esse é um fenômeno muito comum entre gestores de recursos. Existe a percepção entre eles de que é “menos grave” errar junto com os outros do que errar sozinho. Ou seja, é mais fácil justificar um erro afirmando que a maioria errou, enquanto seria embaraçoso explicar por que somente ele errou.
Nesse sentido, voltamos à questão inicial: a decisão sobre comprar ou vender ativos de risco é muito difícil e extremamente solitária. No entanto, ela pode ser “compartilhada” com o grupo uma vez que este tenha demonstrado desempenho satisfatório. Caso ocorra o contrário – desempenho abaixo do esperado -, é preferível delegar essa responsabilidade a outrem: quem sabe, a você mesmo!
A decisão sobre a compra ou venda de um ativo de risco é, normalmente, solitária e difícil. Já a decisão de venda é mais difícil do que a de compra, por motivos óbvios. Ao comprar uma ação, por exemplo, o indivíduo tem a expectativa de obter ganhos com a alta no preço da ação. Entretanto, essa expectativa pode não se concretizar e, ao contrário do esperado, o preço da ação pode cair e o indivíduo irá enfrentar a árdua decisão de vender a ação com prejuízo ou esperar para ver se o seu preço reverte o movimento de baixa.
Esse exemplo simples retrata uma das situações mais difíceis do processo de investimento em ativos de risco. É muito fácil deixar de maximizar lucros potenciais quando os indivíduos se encontram no terreno dos ganhos; tudo é felicidade e alegria. Por outro lado, quando eles se encontram no terreno das perdas, o componente psicológico dos indivíduos os impede de “realizar” o prejuízo; tudo é tristeza e arrependimento.
Após ter passado por várias crises, o mercado de bolsa (e os investidores) tem mostrado maturidade recentemente, ao não se deixar levar pela euforia em cenários de otimismo nem pelo pânico em cenários de crise. O comportamento mais maduro do investidor pode ser explicado por várias razões, dentre elas pelo maior nível de educação financeira que possui na atualidade – apesar deste ainda se encontrar longe do ideal.
Pode-se relacionar a questão com o surgimento de vários sítios na Internet cuja proposta é informar e educar o investidor. São as chamadas comunidades financeiras que gravitam em torno dos sítios que pretendem proporcionar aos seus usuários o melhor ambiente para obter informações e notícias, para aprender e utilizar as ferramentas disponibilizadas por eles para a tomada de decisão acerca de investimentos.
Entretanto, ainda está para se consolidar uma verdadeira rede social em finanças, cuja principal característica seja a interação de seus usuários e a construção de uma espécie de “consciência coletiva” dentro da comunidade acerca das decisões de compra ou venda sobre ativos de risco.
Apesar da criação dessa consciência coletiva, as pessoas não devem se sentir impedidas de tomar suas próprias decisões, discordando do consenso da comunidade, o qual, no mínimo, irá lhes proporcionar a oportunidade de conhecer e avaliar por si mesmos, qual é o pensamento e crenças do grupo.
Por outro lado, a existência de tal comunidade não a isenta de padecer de vieses comportamentais inerentes aos grupos como, por exemplo, o “groupthinking”. Aliás, esse é um fenômeno muito comum entre gestores de recursos. Existe a percepção entre eles de que é “menos grave” errar junto com os outros do que errar sozinho. Ou seja, é mais fácil justificar um erro afirmando que a maioria errou, enquanto seria embaraçoso explicar por que somente ele errou.
Nesse sentido, voltamos à questão inicial: a decisão sobre comprar ou vender ativos de risco é muito difícil e extremamente solitária. No entanto, ela pode ser “compartilhada” com o grupo uma vez que este tenha demonstrado desempenho satisfatório. Caso ocorra o contrário – desempenho abaixo do esperado -, é preferível delegar essa responsabilidade a outrem: quem sabe, a você mesmo!