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Qual é o rumo das ações na Bovespa?

A bolsa de valores brasileira – tomada pelo índice Ibovespa – vem se comportando com volatilidade desde o início do ano. Uma série de incertezas têm martelado a cabeça do investidor, tanto do ponto de vista externo quanto interno. Pode-se apontar a continuidade da crise da dívida soberana na Europa e o início do ciclo de aumento das taxas de juros naquele continente. Nos EUA, apesar da leve retomada do […] Leia mais

DR

Da Redação

Publicado em 28 de abril de 2011 às 12h06.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às 10h15.

A bolsa de valores brasileira – tomada pelo índice Ibovespa – vem se comportando com volatilidade desde o início do ano. Uma série de incertezas têm martelado a cabeça do investidor, tanto do ponto de vista externo quanto interno.

Pode-se apontar a continuidade da crise da dívida soberana na Europa e o início do ciclo de aumento das taxas de juros naquele continente. Nos EUA, apesar da leve retomada do crescimento econômico, permanece a incerteza quanto ao desempenho da economia frente ao inevitável término da política de afrouxamento quantitativo no país em futuro próximo. Já nos países emergentes, o problema é o inverso: os governos tentam combater a alta nas taxas de inflação, em consequência de um crescimento econômico exuberante.

A economia da China tem apresentado forte crescimento econômico e convive atualmente com uma inflação que preocupa. O mesmo acontece com os seguidos sinais de ocorrência de bolha especulativa no mercado imobiliário, devido ao contínuo aumento de preços dos imóveis. O governo chinês vem “apertando” a política monetária para combater a inflação e a especulação imobiliária há muitos meses.

No Brasil, o crescimento econômico arrefeceu levemente nos últimos meses, devido à imposição de várias medidas restritivas e seguidos aumentos da taxa de juros Selic pelo Banco Central do Brasil, que tem optado pela combinação de medidas “macroprudenciais” e aumento de juros Selic para o combate à inflação. Entretanto, o mercado tem questionado a eficácia dessas políticas, em face da inexistência de medidas fiscais efetivas por parte do governo; o que gera mais incerteza no ambiente econômico.

As commodities têm aumentado de preço em virtude de um dólar norte-americano mais fraco (entre outros fatores de ordem geopolítica) e produzido inflação ao redor do mundo, se bem que compensada, em alguma medida, pela valorização das moedas locais frente ao dólar.

O cenário de alta no preço das commodities aumenta a preocupação dos agentes econômicos (com destaque para os governos, empresas e investidores), na medida que parece ser contraditório ao ciclo da economia global – onde um movimento generalizado de alta das taxas de juros para combater a inflação causada pelas commodities promete trazer, como efeito colateral, a desaceleração do crescimento econômico mundial nos próximos meses.

Nesse sentido, o desempenho da bolsa brasileira – medido pelo índice Ibovespa – não poderia ser diferente, refletindo o sentimento dos investidores que têm apresentado comportamento errático, mas alinhado às principais incertezas presentes no ambiente econômico local e externo.

http://www.investcerto.com.br

http://www.twitter.com/investcerto

A bolsa de valores brasileira – tomada pelo índice Ibovespa – vem se comportando com volatilidade desde o início do ano. Uma série de incertezas têm martelado a cabeça do investidor, tanto do ponto de vista externo quanto interno.

Pode-se apontar a continuidade da crise da dívida soberana na Europa e o início do ciclo de aumento das taxas de juros naquele continente. Nos EUA, apesar da leve retomada do crescimento econômico, permanece a incerteza quanto ao desempenho da economia frente ao inevitável término da política de afrouxamento quantitativo no país em futuro próximo. Já nos países emergentes, o problema é o inverso: os governos tentam combater a alta nas taxas de inflação, em consequência de um crescimento econômico exuberante.

A economia da China tem apresentado forte crescimento econômico e convive atualmente com uma inflação que preocupa. O mesmo acontece com os seguidos sinais de ocorrência de bolha especulativa no mercado imobiliário, devido ao contínuo aumento de preços dos imóveis. O governo chinês vem “apertando” a política monetária para combater a inflação e a especulação imobiliária há muitos meses.

No Brasil, o crescimento econômico arrefeceu levemente nos últimos meses, devido à imposição de várias medidas restritivas e seguidos aumentos da taxa de juros Selic pelo Banco Central do Brasil, que tem optado pela combinação de medidas “macroprudenciais” e aumento de juros Selic para o combate à inflação. Entretanto, o mercado tem questionado a eficácia dessas políticas, em face da inexistência de medidas fiscais efetivas por parte do governo; o que gera mais incerteza no ambiente econômico.

As commodities têm aumentado de preço em virtude de um dólar norte-americano mais fraco (entre outros fatores de ordem geopolítica) e produzido inflação ao redor do mundo, se bem que compensada, em alguma medida, pela valorização das moedas locais frente ao dólar.

O cenário de alta no preço das commodities aumenta a preocupação dos agentes econômicos (com destaque para os governos, empresas e investidores), na medida que parece ser contraditório ao ciclo da economia global – onde um movimento generalizado de alta das taxas de juros para combater a inflação causada pelas commodities promete trazer, como efeito colateral, a desaceleração do crescimento econômico mundial nos próximos meses.

Nesse sentido, o desempenho da bolsa brasileira – medido pelo índice Ibovespa – não poderia ser diferente, refletindo o sentimento dos investidores que têm apresentado comportamento errático, mas alinhado às principais incertezas presentes no ambiente econômico local e externo.

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