Petrobras: futuro tão negro quanto o petróleo
O futuro da Petrobras aparenta ser tão negro quanto o petróleo que ela extrai. A coisa está ficando cada vez mais feia para ela. O mercado entrou em um circulo vicioso no qual qualquer notícia negativa relacionada à Petrobras (queda nas cotações do petróleo, operação Lava Jato etc.) faz a cotação do dólar subir. E quando sobe a cotação do dólar, a dívida da companhia indexada ao dólar (cerca de […] Leia mais
Da Redação
Publicado em 12 de março de 2015 às 19h33.
Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às 08h07.
O futuro da Petrobras aparenta ser tão negro quanto o petróleo que ela extrai. A coisa está ficando cada vez mais feia para ela.
O mercado entrou em um circulo vicioso no qual qualquer notícia negativa relacionada à Petrobras (queda nas cotações do petróleo, operação Lava Jato etc.) faz a cotação do dólar subir. E quando sobe a cotação do dólar, a dívida da companhia indexada ao dólar (cerca de 70% de sua dívida total) também se eleva.
Desde o início da escalada da cotação do dólar (R$ 2,75/USD – R$ 3,16/USD), a dívida dolarizada da Petrobras que era de aproximadamente R$ 635 bi (US$ 231 bi x R$ 2,75) sofreu um aumento para R$ 730 bi (US$ 231 bi x R$ 3,16). Ou seja, uma variação em reais de cerca de 95 bi, resultando em aumento de 15% desse passivo – que foi a variação do dólar no período. É muita grana…
A última notícia que circulou sobre a Petrobras hoje à tarde, derrubou as cotações de suas ações em mais de 3%, jogando o preço da ação PN (PETR4) para R$ 8,50.
O ministro da fazenda Joaquim Levy suspendeu uma operação de socorro à Petrobras que iria aumentar o seu caixa em cerca de R$ 9 bi – vide detalhes da operação na matéria publicada o site InfoMoney em
A fragilidade do caixa da Petrobras e a possibilidade cada vez mais real dela passar a não honrar pagamentos, acabará por fazer com que perca o grau de investimento na emissão de dívida; fato que, juntamente, com as consequências da ação movida nos EUA por investidores norte-americanos – que se julgam lesados pelas falcatruas cometidas na companhia -, leva a desdobramentos imprevisíveis, tanto para os investidores que detêm ações da Petrobras quanto para si própria, que tem o futuro ameaçado.
Nesse momento, parece que a Petrobras guarda apenas a grande liquidez de suas ações na bolsa, como uma das características que um dia a levaram à categoria de blue chip mais importante da bolsa de valores brasileira.
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O futuro da Petrobras aparenta ser tão negro quanto o petróleo que ela extrai. A coisa está ficando cada vez mais feia para ela.
O mercado entrou em um circulo vicioso no qual qualquer notícia negativa relacionada à Petrobras (queda nas cotações do petróleo, operação Lava Jato etc.) faz a cotação do dólar subir. E quando sobe a cotação do dólar, a dívida da companhia indexada ao dólar (cerca de 70% de sua dívida total) também se eleva.
Desde o início da escalada da cotação do dólar (R$ 2,75/USD – R$ 3,16/USD), a dívida dolarizada da Petrobras que era de aproximadamente R$ 635 bi (US$ 231 bi x R$ 2,75) sofreu um aumento para R$ 730 bi (US$ 231 bi x R$ 3,16). Ou seja, uma variação em reais de cerca de 95 bi, resultando em aumento de 15% desse passivo – que foi a variação do dólar no período. É muita grana…
A última notícia que circulou sobre a Petrobras hoje à tarde, derrubou as cotações de suas ações em mais de 3%, jogando o preço da ação PN (PETR4) para R$ 8,50.
O ministro da fazenda Joaquim Levy suspendeu uma operação de socorro à Petrobras que iria aumentar o seu caixa em cerca de R$ 9 bi – vide detalhes da operação na matéria publicada o site InfoMoney em
A fragilidade do caixa da Petrobras e a possibilidade cada vez mais real dela passar a não honrar pagamentos, acabará por fazer com que perca o grau de investimento na emissão de dívida; fato que, juntamente, com as consequências da ação movida nos EUA por investidores norte-americanos – que se julgam lesados pelas falcatruas cometidas na companhia -, leva a desdobramentos imprevisíveis, tanto para os investidores que detêm ações da Petrobras quanto para si própria, que tem o futuro ameaçado.
Nesse momento, parece que a Petrobras guarda apenas a grande liquidez de suas ações na bolsa, como uma das características que um dia a levaram à categoria de blue chip mais importante da bolsa de valores brasileira.
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