Petrobras – vai ou não vai?
Muitos investidores se perguntam se o peço das ações da Petrobras está barato no patamar atual de R$ 16,15 (PETR3) e R$ 17,23 (PETR4), conforme preços de fechamento em 06/12/13. Os analistas se esforçam para calcular a lucratividade e rentabilidade futura da empresa, dado o atual cenário de “subsídio” interno ao preço da gasolina e do diesel e a concretização de seu plano de investimento para os próximos anos. Vale […] Leia mais
Da Redação
Publicado em 9 de dezembro de 2013 às 13h10.
Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às 08h41.
Muitos investidores se perguntam se o peço das ações da Petrobras está barato no patamar atual de R$ 16,15 (PETR3) e R$ 17,23 (PETR4), conforme preços de fechamento em 06/12/13.
Os analistas se esforçam para calcular a lucratividade e rentabilidade futura da empresa, dado o atual cenário de “subsídio” interno ao preço da gasolina e do diesel e a concretização de seu plano de investimento para os próximos anos.
Vale lembrar que a Petrobras investe tanto na exploração quanto no refino – e distribuição de combustíveis – do petróleo, sendo o principal ator no desenvolvimento do pré-sal nacional.
Entretanto, no cenário atual, os indicadores de lucratividade e rentabilidade da companhia deixam muito a desejar, fazendo com que os preços de suas ações encontrem forte resistência para subir. A situação econômica e financeira da Petrobras vem se deteriorando ao longo do tempo – também por conta da carga e volume excessivos de sua dívida -, tendo como consequência não a geração de valor, mas a destruição de valor para seus acionistas, que amargam fortes prejuízos desde a crise de 2008/2009 e, mais recentemente, desde que subscreveram os papéis da companhia a R$ 26,00/ação em setembro/2010.
Olhando-se de uma perspectiva “atemporal”, pode-se dizer que, resolvidos os problemas de pressão inflacionária no país, a companhia, finalmente, conseguiria emplacar uma fórmula automática de reajuste dos preços dos combustíveis (gasolina e óleo diesel) que contemplasse o equilíbrio entre os preços internos e externos do petróleo. Ou seja, eliminando o subsídio atualmente existente, utilizado pelo governo para “manipular” os índices de inflação.
Perfeito! Essa questão resolveria o problema das margens e da rentabilidade da companhia, mas será que ela passaria a ser “viável” do ponto de vista econômico? Ainda persistiria a incerteza frente aos resultados de seu plano bilionário de investimentos, o equacionamento de sua dívida monstruosa e, por que não dizer, quanto ao futuro do pré-sal como um todo.
Além disso, a possibilidade de que a companhia consiga se libertar da influência do governo é praticamente NULA. Sim, porque a União é o acionista controlador da Petrobras – e não deixará de ser. Portanto, enquanto o Brasil estiver sob comando de um governo intervencionista que se pauta por uma mentalidade capitalista de estado, a Petrobras será forçada a obedecer aos seus desígnios.
Dessa forma, sempre existirá um espada sobre a cabeça do acionista da companhia, o qual terá que se sujeitar às condições políticas e econômicas do momento, causando alto grau de incerteza e risco sobre o investimento em suas ações.
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Muitos investidores se perguntam se o peço das ações da Petrobras está barato no patamar atual de R$ 16,15 (PETR3) e R$ 17,23 (PETR4), conforme preços de fechamento em 06/12/13.
Os analistas se esforçam para calcular a lucratividade e rentabilidade futura da empresa, dado o atual cenário de “subsídio” interno ao preço da gasolina e do diesel e a concretização de seu plano de investimento para os próximos anos.
Vale lembrar que a Petrobras investe tanto na exploração quanto no refino – e distribuição de combustíveis – do petróleo, sendo o principal ator no desenvolvimento do pré-sal nacional.
Entretanto, no cenário atual, os indicadores de lucratividade e rentabilidade da companhia deixam muito a desejar, fazendo com que os preços de suas ações encontrem forte resistência para subir. A situação econômica e financeira da Petrobras vem se deteriorando ao longo do tempo – também por conta da carga e volume excessivos de sua dívida -, tendo como consequência não a geração de valor, mas a destruição de valor para seus acionistas, que amargam fortes prejuízos desde a crise de 2008/2009 e, mais recentemente, desde que subscreveram os papéis da companhia a R$ 26,00/ação em setembro/2010.
Olhando-se de uma perspectiva “atemporal”, pode-se dizer que, resolvidos os problemas de pressão inflacionária no país, a companhia, finalmente, conseguiria emplacar uma fórmula automática de reajuste dos preços dos combustíveis (gasolina e óleo diesel) que contemplasse o equilíbrio entre os preços internos e externos do petróleo. Ou seja, eliminando o subsídio atualmente existente, utilizado pelo governo para “manipular” os índices de inflação.
Perfeito! Essa questão resolveria o problema das margens e da rentabilidade da companhia, mas será que ela passaria a ser “viável” do ponto de vista econômico? Ainda persistiria a incerteza frente aos resultados de seu plano bilionário de investimentos, o equacionamento de sua dívida monstruosa e, por que não dizer, quanto ao futuro do pré-sal como um todo.
Além disso, a possibilidade de que a companhia consiga se libertar da influência do governo é praticamente NULA. Sim, porque a União é o acionista controlador da Petrobras – e não deixará de ser. Portanto, enquanto o Brasil estiver sob comando de um governo intervencionista que se pauta por uma mentalidade capitalista de estado, a Petrobras será forçada a obedecer aos seus desígnios.
Dessa forma, sempre existirá um espada sobre a cabeça do acionista da companhia, o qual terá que se sujeitar às condições políticas e econômicas do momento, causando alto grau de incerteza e risco sobre o investimento em suas ações.
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