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Perspectivas para a economia brasileira em 2013

As perspectivas para a economia do Brasil em 2013 são incertas, conforme a ata do Comitê de Política Monetária do Banco Central do Brasil (Copom) publicada na última quinta-feira. Vários fatores explicam o mal humor recente do mercado em relação à situação do país, dentre eles: – Conforme o Copom, a demanda doméstica (importante componente para a saúde da economia) se mantém robusta, devido ao crescimento da renda e expansão […] Leia mais

DR

Da Redação

Publicado em 28 de janeiro de 2013 às 10h19.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às 09h10.

As perspectivas para a economia do Brasil em 2013 são incertas, conforme a ata do Comitê de Política Monetária do Banco Central do Brasil (Copom) publicada na última quinta-feira. Vários fatores explicam o mal humor recente do mercado em relação à situação do país, dentre eles:

– Conforme o Copom, a demanda doméstica (importante componente para a saúde da economia) se mantém robusta, devido ao crescimento da renda e expansão do crédito. Entretanto, a forte desaceleração na criação de empregos formais em 2012 e a falta de investimentos por parte dos empresários deverá frear o contínuo crescimento da demanda local, com repercussão negativa sobre o patamar do crescimento econômico do país – o Brasil criou 1,3 milhão de postos de trabalho formais em 2012, ante a criação de 1,94 milhão em 2011. Ou seja a economia apresentou queda de cerca de 33% na geração de vagas formais no ano passado;

– O ritmo de recuperação da economia brasileira atual é menos intenso do que o esperado, em razão de limitações no campo da oferta. Portanto,pode-se concluir que a economia cresce abaixo de seu potencial devido à falta de investimentos, entre outros fatores;

– A debilidade da oferta mostra que o BCB está de mãos atadas e que a sua atuação via política monetária não pode ser utilizada, nesse momento, para estimular a economia – o que indica que novas quedas na taxa de juros básica (Selic) não devem acontecer, já que não produziriam o impacto favorável esperado no crescimento econômico do país e, adicionalmente, poderiam estimular a alta da inflação;

– A atuação do governo, via política fiscal (redução de impostos e aumento dos gastos do governo), pode estimular a economia. Entretanto, pode-se concluir que essa política tem limites, na medida em que pode gerar desconfiança nos agentes econômicos (empresários e consumidores) se as metas do superávit fiscal não forem atingidos devido à política fiscal excessivamente expansionista por parte do governo;

– O Copom confirmou a manutenção da alta taxa de inadimplência das pessoas físicas (famílias) junto ao sistema bancário (na faixa de 7,8% em dezembro) – o que mostra o esgotamento do modelo de crescimento econômico baseado no aumento do consumo (e endividamento do consumidor), implementado há algum tempo pelo governo;

– Conforme ressaltado pelo Copom, a inflação atual – medida pelo índice de preços ao consumidor (IPC-A) – se mostra pressionada no curto prazo, contribuindo para a redução dos investimentos na produção e do potencial crescimento da economia. Vale lembrar que o IPC-A de dezembro/12 foi de 0,79% e que a inflação de 2012, medida pelo IPC-A, atingiu 5,84%;

– Ainda segundo o Copom, o mercado de trabalho permanece aquecido, embora com alguns sinais de moderação na margem. Dessa forma, a estreita margem de ociosidade no mercado de trabalho pode resultar em pressão na inflação, devido a aumentos de salários incompatíveis com o aumento da produtividade do trabalho;

– Por fim, o Copom destaca que o balanço de riscos para a inflação apresentou piora no curto prazo e que a recuperação da atividade doméstica foi menos intensa do que o esperado, bem como que certa complexidade ainda envolve o ambiente internacional, onde a atividade econômica mundial segue em ritmo moderado e desenvolvimento heterogêneo, com expansões nos EUA e na China e contrações na Área do Euro e no Japão.

Para detalhes sobre a ata do Copom referente à sua reunião de 15 e 16/01/2013,acesse:

http://www.bcb.gov.br/htms/copom/not20130116172.asp#_Toc346730200

Para detalhes sobre o comportamento passado da inflação, acesse:

http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/precos/inpc_ipca/ipca-inpc_201212_1.shtm

Veja também:

http://investcerto.wordpress.com/

http://www.investcerto.com.br

http://twitter.com/investcerto

As perspectivas para a economia do Brasil em 2013 são incertas, conforme a ata do Comitê de Política Monetária do Banco Central do Brasil (Copom) publicada na última quinta-feira. Vários fatores explicam o mal humor recente do mercado em relação à situação do país, dentre eles:

– Conforme o Copom, a demanda doméstica (importante componente para a saúde da economia) se mantém robusta, devido ao crescimento da renda e expansão do crédito. Entretanto, a forte desaceleração na criação de empregos formais em 2012 e a falta de investimentos por parte dos empresários deverá frear o contínuo crescimento da demanda local, com repercussão negativa sobre o patamar do crescimento econômico do país – o Brasil criou 1,3 milhão de postos de trabalho formais em 2012, ante a criação de 1,94 milhão em 2011. Ou seja a economia apresentou queda de cerca de 33% na geração de vagas formais no ano passado;

– O ritmo de recuperação da economia brasileira atual é menos intenso do que o esperado, em razão de limitações no campo da oferta. Portanto,pode-se concluir que a economia cresce abaixo de seu potencial devido à falta de investimentos, entre outros fatores;

– A debilidade da oferta mostra que o BCB está de mãos atadas e que a sua atuação via política monetária não pode ser utilizada, nesse momento, para estimular a economia – o que indica que novas quedas na taxa de juros básica (Selic) não devem acontecer, já que não produziriam o impacto favorável esperado no crescimento econômico do país e, adicionalmente, poderiam estimular a alta da inflação;

– A atuação do governo, via política fiscal (redução de impostos e aumento dos gastos do governo), pode estimular a economia. Entretanto, pode-se concluir que essa política tem limites, na medida em que pode gerar desconfiança nos agentes econômicos (empresários e consumidores) se as metas do superávit fiscal não forem atingidos devido à política fiscal excessivamente expansionista por parte do governo;

– O Copom confirmou a manutenção da alta taxa de inadimplência das pessoas físicas (famílias) junto ao sistema bancário (na faixa de 7,8% em dezembro) – o que mostra o esgotamento do modelo de crescimento econômico baseado no aumento do consumo (e endividamento do consumidor), implementado há algum tempo pelo governo;

– Conforme ressaltado pelo Copom, a inflação atual – medida pelo índice de preços ao consumidor (IPC-A) – se mostra pressionada no curto prazo, contribuindo para a redução dos investimentos na produção e do potencial crescimento da economia. Vale lembrar que o IPC-A de dezembro/12 foi de 0,79% e que a inflação de 2012, medida pelo IPC-A, atingiu 5,84%;

– Ainda segundo o Copom, o mercado de trabalho permanece aquecido, embora com alguns sinais de moderação na margem. Dessa forma, a estreita margem de ociosidade no mercado de trabalho pode resultar em pressão na inflação, devido a aumentos de salários incompatíveis com o aumento da produtividade do trabalho;

– Por fim, o Copom destaca que o balanço de riscos para a inflação apresentou piora no curto prazo e que a recuperação da atividade doméstica foi menos intensa do que o esperado, bem como que certa complexidade ainda envolve o ambiente internacional, onde a atividade econômica mundial segue em ritmo moderado e desenvolvimento heterogêneo, com expansões nos EUA e na China e contrações na Área do Euro e no Japão.

Para detalhes sobre a ata do Copom referente à sua reunião de 15 e 16/01/2013,acesse:

http://www.bcb.gov.br/htms/copom/not20130116172.asp#_Toc346730200

Para detalhes sobre o comportamento passado da inflação, acesse:

http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/precos/inpc_ipca/ipca-inpc_201212_1.shtm

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