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Opções sobre ações: estratégia para momentos de incerteza

Muitos players de mercado, entre eles bancos do porte de um Goldman Sachs, de Fundos como o Oppenheimer enxergam a possibilidade de que o rali de alta nas bolsas mundiais se estenda por dois ou três anos! Entretanto, a velocidade e magnitude da alta das bolsas desde outubro/2011 levanta algumas dúvidas se vale à pena entrar na bolsa nesse momento. É claro essa decisão e a escolha das ações (e […] Leia mais

DR

Da Redação

Publicado em 26 de março de 2012 às 10h57.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às 09h31.

Muitos players de mercado, entre eles bancos do porte de um Goldman Sachs, de Fundos como o Oppenheimer enxergam a possibilidade de que o rali de alta nas bolsas mundiais se estenda por dois ou três anos! Entretanto, a velocidade e magnitude da alta das bolsas desde outubro/2011 levanta algumas dúvidas se vale à pena entrar na bolsa nesse momento. É claro essa decisão e a escolha das ações (e respectivos setores de atividade) é crítica para a possibilidade de sucesso do investimento, seja no curto ou no longo prazo.

Opções - Incerteza

Entretanto, a possibilidade de uma realização de lucros mais forte e até a mudança da tendência de alta recente não estão descartadas. Além disso, como divulgado por vários analistas técnicos, muitas ações estão para testar importantes suportes gráficos em seus preços; o que pode deflagrar a inversão da tendência de alta do mercado caso sejam rompidos.

Uma estratégia viável para se beneficiar da eventual continuidade da alta das bolsas no curto prazo, no sentido de que envolve risco limitado de perda, pode ser a compra de opções de compra. Dessa forma, na hipótese de que a BMF&Bovespa volte a subir no curtíssimo prazo o investidor estaria posicionado na compra de opções de compra (calls). Por outro lado, caso o mercado mergulhasse em uma realização de lucros mais forte e/ou invertesse a tendência, a perda estaria limitada ao prêmio pago pelas opções de compra.

Infelizmente, devido à pouca liquidez existente no mercado local de opções sobre ações, a estratégia estaria limitada a poucas opções sobre ações de alguns setores específicos como o de petróleo (OGXP3, PETR4), mineração (VALE5), siderurgia (USIM5) e financeiro (BVMF3 e ITUB4).

Assim, caso a avaliação sobre esses setores seja positiva e sobre as ações listadas acima também, é possível avaliar mais objetivamente a compra de opções da série D (com vencimento em 16/04/12, ou da série E (com vencimento em 21/05/12).

Vale lembrar que uma análise sobre os preços de suporte e resistência, assim como da situação econômico-financeira (resultados no último balanço trimestral) dessas ações são importantes na escolha do setor/companhia a ser objeto da compra de opções de compra. Além disso, pode-se optar pela compra de opções, fora do dinheiro, no dinheiro e dentro do dinheiro. Minha sugestão é de que se procurem opções levemente fora do dinheiro. Apesar de que seus ganhos possam não ser tão grandes (a princípio) quanto os de uma opção dentro do dinheiro, se o mercado permanecer estável ou em queda até o vencimento da opção sua perda não terá sido tão grande.

Pode parecer que essa é uma análise simplista da situação, mas a verdade é que a estratégia envolve a “compra de tempo” e o adiamento da decisão de compra da ação à vista por um ou dois meses, quando o cenário atual estará mais claro e definido. Vale ressaltar que ao comprar opções o “desencaixe” do investidor, que também pode ser visto pela ótica do “valor em risco” do investimento, é de apenas uma fração do valor necessário para a compra de uma ação.

Assim, se for o caso, o investidor poderá exercer a compra da ação à vista no vencimento da opções ou simplesmente não fazê-lo se não for interessante para ele. No caso do pior cenário possível, com forte queda no preço da ação, ele terá perdido o valor pago (desencaixe) na compra da opção, o qual poderá ser muito inferior à perda que poderia ter ocorrido na compra da ação. Por outro lado, na hipótese de uma forte alta para o preço da ação, ele terá obtido um resultado satisfatório, tendo em vista a relação retorno-risco envolvida na decisão de se investir em ações ou em opções.

Não se pode esquecer que a partir do momento em que a opção de compra for exercida, o investidor estará comprado em ações à vista e sujeito ao risco (de alta ou de baixa) de seu investimento em bolsa. Todavia, caso o mercado venha a confirmar a tendência e o rali de alta das bolsas venha, de fato, a perdurar por um longo período, essa terá sido, com certeza, a decisão mais inteligente que poderia ter tomado dado o cenário desse momento.

Veja também:

http://investcerto.wordpress.com/

http://www.investcerto.com.br

http://twitter.com/investcerto

Muitos players de mercado, entre eles bancos do porte de um Goldman Sachs, de Fundos como o Oppenheimer enxergam a possibilidade de que o rali de alta nas bolsas mundiais se estenda por dois ou três anos! Entretanto, a velocidade e magnitude da alta das bolsas desde outubro/2011 levanta algumas dúvidas se vale à pena entrar na bolsa nesse momento. É claro essa decisão e a escolha das ações (e respectivos setores de atividade) é crítica para a possibilidade de sucesso do investimento, seja no curto ou no longo prazo.

Opções - Incerteza

Entretanto, a possibilidade de uma realização de lucros mais forte e até a mudança da tendência de alta recente não estão descartadas. Além disso, como divulgado por vários analistas técnicos, muitas ações estão para testar importantes suportes gráficos em seus preços; o que pode deflagrar a inversão da tendência de alta do mercado caso sejam rompidos.

Uma estratégia viável para se beneficiar da eventual continuidade da alta das bolsas no curto prazo, no sentido de que envolve risco limitado de perda, pode ser a compra de opções de compra. Dessa forma, na hipótese de que a BMF&Bovespa volte a subir no curtíssimo prazo o investidor estaria posicionado na compra de opções de compra (calls). Por outro lado, caso o mercado mergulhasse em uma realização de lucros mais forte e/ou invertesse a tendência, a perda estaria limitada ao prêmio pago pelas opções de compra.

Infelizmente, devido à pouca liquidez existente no mercado local de opções sobre ações, a estratégia estaria limitada a poucas opções sobre ações de alguns setores específicos como o de petróleo (OGXP3, PETR4), mineração (VALE5), siderurgia (USIM5) e financeiro (BVMF3 e ITUB4).

Assim, caso a avaliação sobre esses setores seja positiva e sobre as ações listadas acima também, é possível avaliar mais objetivamente a compra de opções da série D (com vencimento em 16/04/12, ou da série E (com vencimento em 21/05/12).

Vale lembrar que uma análise sobre os preços de suporte e resistência, assim como da situação econômico-financeira (resultados no último balanço trimestral) dessas ações são importantes na escolha do setor/companhia a ser objeto da compra de opções de compra. Além disso, pode-se optar pela compra de opções, fora do dinheiro, no dinheiro e dentro do dinheiro. Minha sugestão é de que se procurem opções levemente fora do dinheiro. Apesar de que seus ganhos possam não ser tão grandes (a princípio) quanto os de uma opção dentro do dinheiro, se o mercado permanecer estável ou em queda até o vencimento da opção sua perda não terá sido tão grande.

Pode parecer que essa é uma análise simplista da situação, mas a verdade é que a estratégia envolve a “compra de tempo” e o adiamento da decisão de compra da ação à vista por um ou dois meses, quando o cenário atual estará mais claro e definido. Vale ressaltar que ao comprar opções o “desencaixe” do investidor, que também pode ser visto pela ótica do “valor em risco” do investimento, é de apenas uma fração do valor necessário para a compra de uma ação.

Assim, se for o caso, o investidor poderá exercer a compra da ação à vista no vencimento da opções ou simplesmente não fazê-lo se não for interessante para ele. No caso do pior cenário possível, com forte queda no preço da ação, ele terá perdido o valor pago (desencaixe) na compra da opção, o qual poderá ser muito inferior à perda que poderia ter ocorrido na compra da ação. Por outro lado, na hipótese de uma forte alta para o preço da ação, ele terá obtido um resultado satisfatório, tendo em vista a relação retorno-risco envolvida na decisão de se investir em ações ou em opções.

Não se pode esquecer que a partir do momento em que a opção de compra for exercida, o investidor estará comprado em ações à vista e sujeito ao risco (de alta ou de baixa) de seu investimento em bolsa. Todavia, caso o mercado venha a confirmar a tendência e o rali de alta das bolsas venha, de fato, a perdurar por um longo período, essa terá sido, com certeza, a decisão mais inteligente que poderia ter tomado dado o cenário desse momento.

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