O que faltou ao Brasil e sobrou para a Alemanha: fé, prática e estudo.
Para que objetivos sejam alcançados é necessário muito esforço. Tudo o que vem muito fácil carece de sustentação e é passível de perda de maneira igualmente fácil. Os três elementos (fé, prática e estudo) precisam acontecer simultaneamente para que a probabilidade de resultado positivo para algum objetivo seja elevada. Entretanto, nada garante que ele seja alcançado – mesmo na presença dos três elementos. Somente a fé, apesar de fundamental na […] Leia mais
Publicado em 10 de julho de 2014 às, 23h35.
Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às, 08h24.
Para que objetivos sejam alcançados é necessário muito esforço.
Tudo o que vem muito fácil carece de sustentação e é passível de perda de maneira igualmente fácil.
Os três elementos (fé, prática e estudo) precisam acontecer simultaneamente para que a probabilidade de resultado positivo para algum objetivo seja elevada. Entretanto, nada garante que ele seja alcançado – mesmo na presença dos três elementos.
Somente a fé, apesar de fundamental na realização de um objetivo, não é suficiente. Veja o resultado da seleção brasileira na Copa do Mundo de 2014. Apesar da fé dos jogadores e da força positiva de cerca de 200 milhões de brasileiros, os resultados foram modestos ao longo de toda a campanha, com um triste final contra a Alemanha.
São necessários, além da fé, a prática e o estudo. No caso da nossa seleção de futebol, faltaram, tanto um quanto o outro. Apesar das justificativas e números apresentados pela comissão técnica após o jogo contra a Alemanha, fica evidente que faltou a prática, assim como o estudo.
Pode-se traduzir a prática pelo treinamento e o estudo pelo planejamento e análise, propriamente ditos. No primeiro caso, teria sido fundamental maior foco na preparação do time brasileiro, por tempo mais dilatado, e não da forma como foi feito; meio que “de improviso”, em cima da hora – dentro da tradição brasileira em fazer as coisas desse jeito.
Um exemplo singular para constatação desse “desvio” na prática, é lembrar que os jogadores foram dispensados (por pelo menos um dia/noite) da concentração pela comissão técnica brasileira, após a vitória apertada sobre o Chile (se não me engano). Quando o correto, teria sido manter os jogadores concentrados; todavia permitindo-se e organizando-se atividades de lazer ao longo daquele período. Ao liberar os jogadores, permitiu-se que houvesse dispersão e perda de foco no objetivo maior da competição.
Já no segundo caso, quando se pensa a respeito do estudo, pode-se invocar a necessidade de ter havido mais planejamento, além de maior profundidade e critério nas conclusões da comissão técnica. Tanto a respeito da escalação original dos jogadores, quanto ao longo do período de preparação do time e, por que não dizer, durante toda a competição.
E se tudo isso não bastasse para resultar em um possível desastre, deve-se somar a falta de humildade e a prepotência com que a comissão técnica julgou todos os seus adversários e encaminhou suas ações. Não precisa ser especialista em futebol para perceber que o time brasileiro literalmente “foi se arrastando” na competição até o jogo contra a Alemanha. Só a comissão técnica não percebeu…
Alemanha que, para benefício de si mesma, tem tudo o que o Brasil não tem: fé prática e estudo. Sabe-se que, somente a fé – muito presente em nossa sociedade -, pode não ser suficiente para se atingir um objetivo. São necessários, também, a prática e o estudo regulares.
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