O poder da máquina
Com a ameaça cada vez maior de sofrer impeachment, a presidente Dilma Rousseff vem utilizando todo o poder da máquina governamental para se manter no poder. O raio de ação dessa empreitada engloba questões de ordem jurídica e constitucional, onde a presidente tem feito valer suas indicações ao Supremo Tribunal Federal (STF). Exemplo flagrante dessa situação é o imbróglio causado pela tentativa de nomeação de Lula como ministro de seu […] Leia mais
Da Redação
Publicado em 24 de março de 2016 às 12h37.
Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às 07h43.
Com a ameaça cada vez maior de sofrer impeachment, a presidente Dilma Rousseff vem utilizando todo o poder da máquina governamental para se manter no poder.
O raio de ação dessa empreitada engloba questões de ordem jurídica e constitucional, onde a presidente tem feito valer suas indicações ao Supremo Tribunal Federal (STF). Exemplo flagrante dessa situação é o imbróglio causado pela tentativa de nomeação de Lula como ministro de seu governo.
A batalha se trava, agora, no STF, tendo o governo obtido sucesso ao fazer com que o episódio Lula saísse do âmbito da justiça federal de primeira instância (leia-se Juiz Sérgio Moro) para ter lugar junto ao Supremo Tribunal Federal, com todas as regalias de foro privilegiado previstas aos investigados. De outra maneira, a chance era de que Lula tivesse sua prisão decretada pelo Juiz Sérgio Moro em razão das investigações relativas à ocultação de seu patrimônio apuradas recentemente.
Além disso, a interferência do poder executivo também se dá no âmbito do Congresso e, mais recentemente, na esfera da economia onde este procura aumentar os gastos do governo em detrimento do equilíbrio fiscal e das contas públicas já inteiramente comprometidas.
O poder executivo, detentor da máquina governamental, tem procurado a todo o custo manter Dilma no poder, nem que para isso seja necessário desequilibrar a relação entre os demais poderes, tornando mais grave a crise política e econômica no país – enquanto importantes analistas já têm como certo que o melhor para o Brasil seria ela renunciar.
O processo de impeachment da presidente corre velozmente na Câmara Federal, o que torna a posição da presidente cada vez mais frágil e a obriga a centrar esforços em outra vertente, conforme já mencionado: a realização de investimentos dispendiosos para aplacar vozes dissonantes em seu próprio partido.
A sociedade tem mostrado sua posição ao se dirigir às ruas para pedir a saída de Dilma. As manifestações contra o governo têm registrado apoio maciço da população. Milhões de pessoas se manifestaram favoravelmente ao impeachment/renúncia desde o último dia 13/03. O governo ao tentar retrucar, mesmo com apoio da máquina, não obteve êxito.
Esse processo tem tido idas e vindas nas últimas semanas, com os mercados (juros, dólar e bolsa) oscilando ao sabor das últimas notícias. O duelo entre a máquina e a voz da sociedade ainda promete muitos lances emocionantes. Todavia, não se pode esquecer que o destino do país está em jogo. Atenção!
Com a ameaça cada vez maior de sofrer impeachment, a presidente Dilma Rousseff vem utilizando todo o poder da máquina governamental para se manter no poder.
O raio de ação dessa empreitada engloba questões de ordem jurídica e constitucional, onde a presidente tem feito valer suas indicações ao Supremo Tribunal Federal (STF). Exemplo flagrante dessa situação é o imbróglio causado pela tentativa de nomeação de Lula como ministro de seu governo.
A batalha se trava, agora, no STF, tendo o governo obtido sucesso ao fazer com que o episódio Lula saísse do âmbito da justiça federal de primeira instância (leia-se Juiz Sérgio Moro) para ter lugar junto ao Supremo Tribunal Federal, com todas as regalias de foro privilegiado previstas aos investigados. De outra maneira, a chance era de que Lula tivesse sua prisão decretada pelo Juiz Sérgio Moro em razão das investigações relativas à ocultação de seu patrimônio apuradas recentemente.
Além disso, a interferência do poder executivo também se dá no âmbito do Congresso e, mais recentemente, na esfera da economia onde este procura aumentar os gastos do governo em detrimento do equilíbrio fiscal e das contas públicas já inteiramente comprometidas.
O poder executivo, detentor da máquina governamental, tem procurado a todo o custo manter Dilma no poder, nem que para isso seja necessário desequilibrar a relação entre os demais poderes, tornando mais grave a crise política e econômica no país – enquanto importantes analistas já têm como certo que o melhor para o Brasil seria ela renunciar.
O processo de impeachment da presidente corre velozmente na Câmara Federal, o que torna a posição da presidente cada vez mais frágil e a obriga a centrar esforços em outra vertente, conforme já mencionado: a realização de investimentos dispendiosos para aplacar vozes dissonantes em seu próprio partido.
A sociedade tem mostrado sua posição ao se dirigir às ruas para pedir a saída de Dilma. As manifestações contra o governo têm registrado apoio maciço da população. Milhões de pessoas se manifestaram favoravelmente ao impeachment/renúncia desde o último dia 13/03. O governo ao tentar retrucar, mesmo com apoio da máquina, não obteve êxito.
Esse processo tem tido idas e vindas nas últimas semanas, com os mercados (juros, dólar e bolsa) oscilando ao sabor das últimas notícias. O duelo entre a máquina e a voz da sociedade ainda promete muitos lances emocionantes. Todavia, não se pode esquecer que o destino do país está em jogo. Atenção!