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O Brasil Importa Trabalhadores Qualificados. E agora?

Não é recente a constatação de que somente com educação de ótimo nível e ao alcance de todos, um país pode aspirar à obtenção de competitividade internacional e crescimento econômico sustentado ao longo do tempo. É claro que essa não é uma condição suficiente para atingir tais objetivos mas, no entanto, é necessária. Não constitui novidade, tampouco, o conhecimento dos governantes locais a respeito dos problemas existentes no setor da […] Leia mais

DR

Da Redação

Publicado em 15 de agosto de 2011 às 08h29.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às 09h56.

Não é recente a constatação de que somente com educação de ótimo nível e ao alcance de todos, um país pode aspirar à obtenção de competitividade internacional e crescimento econômico sustentado ao longo do tempo. É claro que essa não é uma condição suficiente para atingir tais objetivos mas, no entanto, é necessária.

Não constitui novidade, tampouco, o conhecimento dos governantes locais a respeito dos problemas existentes no setor da educação no Brasil; que vão da péssima qualidade do ensino básico, fundamental e médio na rede pública – como consequência, entre outras coisas, da baixa remuneração do quadro de professores e profissionais de educação da rede púbica brasileira – à oferta maciça de cursos superiores na área de gestão (basicamente de administração de empresas) e de direito (advocacia) de baixíssima qualidade pela iniciativa privada.

Na verdade, não pretendo discutir a situação do setor educacional brasileiro hoje, mas uma consequência muito séria de sua incapacidade em atender às demandas impostas pela situação econômica contemporânea: a crise das economias centrais (basicamente Europa e EUA) e do emprego nos países desenvolvidos e a “exportação” de profissionais qualificados para os países emergentes; leia-se Brasil entre outros.

Como a sociedade é globalizada, nada do que acontece nos países centrais deixa de ter consequências sobre nós, os países periféricos. Veja o que ocorre atualmente na Europa e nos Estados Unidos da América (EUA): crise de emprego, crise da dívida, etc., etc., etc… Como consequência desse imbróglio econômico-financeiro a Espanha (com índices de desemprego na faixa de 20%), entre outros países, tem exportado dezenas de milhares de trabalhadores qualificados para o Brasil.


O que se pode esperar como resultado dessa tendência para o mercado de emprego no Brasil? Vale lembrar que o país, apesar das altas taxas de juros e elevadíssima carga tributária, consegue manter-se em pé, com taxas de crescimento diferenciadas. Em princípio, pode-se esperar maior oferta de trabalhadores qualificados “estrangeiros” – e pressão para baixo nos salários em geral – em áreas carentes de oferta local como, por exemplo, as de tecnologia (engenharia entre outras), mas também em outras áreas não tão carentes, como as áreas de serviços financeiros (gestão de recursos, análise de investimentos, etc.).

Nesse sentido, tendo em vista que esse problema tende a se agravar nos próximos anos devido à lenta recuperação econômica dos países europeus e dos EUA, alguma medida/estudo deve ser realizado pelo governo brasileiro para evitar que o mercado de trabalho local se torne abarrotado de profissionais estrangeiros “importados” para cá; com resultados nefastos para a obtenção/manutenção do emprego pelo profissional local (seja ele recém-chegado ao mercado de trabalho ou não) nas áreas de atuação em destaque.

Sabe-se da incapacidade do Brasil em suprir, em curto espaço de tempo, a demanda por profissionais nas áreas de tecnologia (engenharia, etc.) – que serão necessários para fazer frente aos megaeventos esportivos internacionais (Copa do Mundo de futebol e Olimpíada Esportiva) programados para futuro próximo.

Apesar da carência desse tipo de profissional, será que já não é tempo de o governo pensar em “proteger” o profissional local? Talvez uma política de maior controle na entrada dos estrangeiros, em paralelo a uma correção radical nos rumos da gestão do sistema de educação vigente, pudesse vir a melhorar a situação prospectiva dos nossos profissionais. Errar é humano, mas persistir no erro é burrice! Essa é a questão! Com a palavra o governo… e a população.

http://www.investcerto.com.br

@investcerto

Não é recente a constatação de que somente com educação de ótimo nível e ao alcance de todos, um país pode aspirar à obtenção de competitividade internacional e crescimento econômico sustentado ao longo do tempo. É claro que essa não é uma condição suficiente para atingir tais objetivos mas, no entanto, é necessária.

Não constitui novidade, tampouco, o conhecimento dos governantes locais a respeito dos problemas existentes no setor da educação no Brasil; que vão da péssima qualidade do ensino básico, fundamental e médio na rede pública – como consequência, entre outras coisas, da baixa remuneração do quadro de professores e profissionais de educação da rede púbica brasileira – à oferta maciça de cursos superiores na área de gestão (basicamente de administração de empresas) e de direito (advocacia) de baixíssima qualidade pela iniciativa privada.

Na verdade, não pretendo discutir a situação do setor educacional brasileiro hoje, mas uma consequência muito séria de sua incapacidade em atender às demandas impostas pela situação econômica contemporânea: a crise das economias centrais (basicamente Europa e EUA) e do emprego nos países desenvolvidos e a “exportação” de profissionais qualificados para os países emergentes; leia-se Brasil entre outros.

Como a sociedade é globalizada, nada do que acontece nos países centrais deixa de ter consequências sobre nós, os países periféricos. Veja o que ocorre atualmente na Europa e nos Estados Unidos da América (EUA): crise de emprego, crise da dívida, etc., etc., etc… Como consequência desse imbróglio econômico-financeiro a Espanha (com índices de desemprego na faixa de 20%), entre outros países, tem exportado dezenas de milhares de trabalhadores qualificados para o Brasil.


O que se pode esperar como resultado dessa tendência para o mercado de emprego no Brasil? Vale lembrar que o país, apesar das altas taxas de juros e elevadíssima carga tributária, consegue manter-se em pé, com taxas de crescimento diferenciadas. Em princípio, pode-se esperar maior oferta de trabalhadores qualificados “estrangeiros” – e pressão para baixo nos salários em geral – em áreas carentes de oferta local como, por exemplo, as de tecnologia (engenharia entre outras), mas também em outras áreas não tão carentes, como as áreas de serviços financeiros (gestão de recursos, análise de investimentos, etc.).

Nesse sentido, tendo em vista que esse problema tende a se agravar nos próximos anos devido à lenta recuperação econômica dos países europeus e dos EUA, alguma medida/estudo deve ser realizado pelo governo brasileiro para evitar que o mercado de trabalho local se torne abarrotado de profissionais estrangeiros “importados” para cá; com resultados nefastos para a obtenção/manutenção do emprego pelo profissional local (seja ele recém-chegado ao mercado de trabalho ou não) nas áreas de atuação em destaque.

Sabe-se da incapacidade do Brasil em suprir, em curto espaço de tempo, a demanda por profissionais nas áreas de tecnologia (engenharia, etc.) – que serão necessários para fazer frente aos megaeventos esportivos internacionais (Copa do Mundo de futebol e Olimpíada Esportiva) programados para futuro próximo.

Apesar da carência desse tipo de profissional, será que já não é tempo de o governo pensar em “proteger” o profissional local? Talvez uma política de maior controle na entrada dos estrangeiros, em paralelo a uma correção radical nos rumos da gestão do sistema de educação vigente, pudesse vir a melhorar a situação prospectiva dos nossos profissionais. Errar é humano, mas persistir no erro é burrice! Essa é a questão! Com a palavra o governo… e a população.

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