Não se esqueça da renda fixa
Apesar da bolsa de valores ter dado um excelente retorno nas últimas semanas, a renda variável (ações) se caracteriza por ser uma aplicação de alto risco (a chamada volatilidade). Além do que, não se pode garantir que a alta recente continuará por muito tempo. Conforme ressaltei, esse mercado tem, como principal característica, um risco muito elevado. Ainda mais, ao considerar a complicada situação da economia do país nesse momento. Se […] Leia mais
Da Redação
Publicado em 5 de maio de 2015 às 15h45.
Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às 08h04.
Apesar da bolsa de valores ter dado um excelente retorno nas últimas semanas, a renda variável (ações) se caracteriza por ser uma aplicação de alto risco (a chamada volatilidade). Além do que, não se pode garantir que a alta recente continuará por muito tempo.
Conforme ressaltei, esse mercado tem, como principal característica, um risco muito elevado. Ainda mais, ao considerar a complicada situação da economia do país nesse momento. Se os ajustes prometidos pelo ministro Joaquim Levy forem bem sucedidos, o rali de alta deverá continuar. No entanto, aplicar em ações agora implica em uma tremenda aposta: pagar para ver.
Por outro lado, a renda fixa também tem proporcionado boas oportunidades ultimamente. No caso, esse tipo de aplicação envolve risco muito inferior ao da renda variável. No entanto, seu retorno esperado, comparativamente ao das ações, também é muito inferior.
O investidor poderia, então, montar uma carteira equilibrada, dependendo de seu perfil de risco, ou propensão ao risco: com maior ou menor proporção de ações ou títulos de renda fixa. O objetivo seria tentar se beneficiar do retorno esperado maior das ações – em alguma proporção de sua carteira -, assim como da relativa segurança do retorno “sem risco” das aplicações de renda fixa – no restante da carteira.
Hoje, o Tesouro Direto oferece uma gama muito variada de títulos de renda fixa: desde os indexados à taxa Selic diária, aos prefixados para vários vencimentos, passando pelos títulos indexados a algum índice de preços, como o IPC-A (índice oficial de inflação). Seja qual for a escolha do investidor, os níveis de taxas de juros praticados no momento são bastante elevados, garantindo retornos/rentabilidade muito interessantes para o investidor.
No geral, as taxas de juros projetam retorno prefixado de cerca de 12,94% aa ou IPCA + 6,32% aa (brutos de imposto de renda) para vencimento em 01/01/2021. Pode-se inferir, inclusive, a inflação (IPC-A) que está implícita nesse patamar de taxas de juros, para estimar se é coerente ou não com sua própria projeção de inflação para os próximos anos.
A taxa anual de inflação implícita nesta taxa prefixada de 12,94% aa, tomando-se os juros reais de 6,32%aa é de cerca de 6% aa (considerando-se cerca de 8,25% aa para o restante de 2015) para os próximos 5 anos – até 2020 inclusive. Em linha com as projeções dos economistas que são consultados semanalmente pelo relatório Focus do banco central na última semana, que seria algo em torno de 6,12% aa de inflação para 2016. O que se deve perguntar é se a inflação permanecerá próxima ao teto da meta de inflação anual até 2021…
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Apesar da bolsa de valores ter dado um excelente retorno nas últimas semanas, a renda variável (ações) se caracteriza por ser uma aplicação de alto risco (a chamada volatilidade). Além do que, não se pode garantir que a alta recente continuará por muito tempo.
Conforme ressaltei, esse mercado tem, como principal característica, um risco muito elevado. Ainda mais, ao considerar a complicada situação da economia do país nesse momento. Se os ajustes prometidos pelo ministro Joaquim Levy forem bem sucedidos, o rali de alta deverá continuar. No entanto, aplicar em ações agora implica em uma tremenda aposta: pagar para ver.
Por outro lado, a renda fixa também tem proporcionado boas oportunidades ultimamente. No caso, esse tipo de aplicação envolve risco muito inferior ao da renda variável. No entanto, seu retorno esperado, comparativamente ao das ações, também é muito inferior.
O investidor poderia, então, montar uma carteira equilibrada, dependendo de seu perfil de risco, ou propensão ao risco: com maior ou menor proporção de ações ou títulos de renda fixa. O objetivo seria tentar se beneficiar do retorno esperado maior das ações – em alguma proporção de sua carteira -, assim como da relativa segurança do retorno “sem risco” das aplicações de renda fixa – no restante da carteira.
Hoje, o Tesouro Direto oferece uma gama muito variada de títulos de renda fixa: desde os indexados à taxa Selic diária, aos prefixados para vários vencimentos, passando pelos títulos indexados a algum índice de preços, como o IPC-A (índice oficial de inflação). Seja qual for a escolha do investidor, os níveis de taxas de juros praticados no momento são bastante elevados, garantindo retornos/rentabilidade muito interessantes para o investidor.
No geral, as taxas de juros projetam retorno prefixado de cerca de 12,94% aa ou IPCA + 6,32% aa (brutos de imposto de renda) para vencimento em 01/01/2021. Pode-se inferir, inclusive, a inflação (IPC-A) que está implícita nesse patamar de taxas de juros, para estimar se é coerente ou não com sua própria projeção de inflação para os próximos anos.
A taxa anual de inflação implícita nesta taxa prefixada de 12,94% aa, tomando-se os juros reais de 6,32%aa é de cerca de 6% aa (considerando-se cerca de 8,25% aa para o restante de 2015) para os próximos 5 anos – até 2020 inclusive. Em linha com as projeções dos economistas que são consultados semanalmente pelo relatório Focus do banco central na última semana, que seria algo em torno de 6,12% aa de inflação para 2016. O que se deve perguntar é se a inflação permanecerá próxima ao teto da meta de inflação anual até 2021…
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