Manhas e artimanhas do mercado de opções
Fica difícil não comentar sobre o sobe-e-desce da bolsa nas últimas semanas. As principais vitimas dessa volatilidade no preço das ações, além das próprias companhias que têm seu valor de mercado oscilando de maneira abrupta, são os recém-chegados ao mercado acionário. É muito comum ver interessados de última hora comprarem ações que já estão muito esticadas – no linguajar do mercado. Por outro lado, o mesmo comportamento tende a acontecer […] Leia mais
Da Redação
Publicado em 22 de setembro de 2014 às 17h01.
Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às 08h19.
Fica difícil não comentar sobre o sobe-e-desce da bolsa nas últimas semanas. As principais vitimas dessa volatilidade no preço das ações, além das próprias companhias que têm seu valor de mercado oscilando de maneira abrupta, são os recém-chegados ao mercado acionário.
É muito comum ver interessados de última hora comprarem ações que já estão muito esticadas – no linguajar do mercado. Por outro lado, o mesmo comportamento tende a acontecer quando ocorre o movimento inverso: aparecem vendedores de ações que já estão muito desvalorizadas. Gostaria de entender o por quê. Gráficos, análise técnica? Finanças comportamentais? A explicação não é tão trivial quanto possa parecer.
De qualquer forma, quando a bolsa – e as suas principais blue-chips – começa a oscilar fortemente, o risco de perda financeira para quem entra “no jogo”, naquele momento, aumenta consideravelmente. Basta acompanhar o que tem acontecido com as ações da Petrobras e da Vale entre outras.
Por serem blue-chips, essas ações possuem muita liquidez e também têm opções sobre suas ações sendo negociadas na bolsa para vários vencimentos futuros. Pode ser que nesse mercado, apesar de muito especulativo e “cheio de manhas e artimanhas”, esses recém-chegados consigam minimizar suas perdas ao adotar estratégias de compra (ou de venda) de determinadas ações por meio de opções de compra e/ou de venda dessas ações.
No mercado de capitais não existe almoço grátis, conforme se diz normalmente. isto é, mesmo no mercado de opções, onde se paga um prêmio (o qual é equivalente a um pequeno percentual do valor negociado da ação) pelo direito de exercer a compra (no caso de uma opção de compra) ou a venda (no caso de uma opção de venda), da ação-objeto dessa opção por determinado valor fixo em algum momento no futuro, tudo é apreçado corretamente, conforme modelos matemáticos complexos que procuram medir a probabilidade, ou chance de exercício daquelas opções.
Entretanto, apesar de existirem estratégias mais complexas, por meio de uma simples “compra seca” de uma determinada opção de compra ou de venda, o recém-chegado na bolsa estará realizando um seguro (similar ao que faz normalmente com seu automóvel), e arriscando (ou colocando no jogo) apenas o equivalente aquele percentual fixo do valor da ação. De forma que se ao comprar a opção de compra, o valor da ação não atingir o valor fixado para o exercício da ação até a data de vencimento dos contratos de opção, ele perderá apenas aquele prêmio que pagou antecipadamente pela opção.
Essa perda, num cenário de forte queda no preço da ação, pode representar um prejuízo muito inferior ao que teria (na data de vencimento dos contratos), caso tivesse comprado a própria ação. De maneira similar, num cenário de forte alta para a ação, a perda ao comprar uma opção de venda seria equivalente ao prêmio pago por ela; resultando em um prejuízo inferior ao que teria, caso tivesse vendido a ação ao invés de comprado opções de venda.
Portanto, o mercado de opções, em sua forma mais simples pode representar um seguro contra perdas muito elevadas, ao limitar o prejuízo potencial de uma escolha errada (na compra ou na venda de uma ação) ao prêmio pago pelas opções compradas – sejam elas de compra ou de venda.
Não se pretendeu abordar em detalhes a sistemática desse mercado, assim como não se descreveu, mais de perto, a maneira pela qual se poderiam realizar tais estratégias de compra e/ou de venda de opções – entre outros detalhes operacionais e de estratégias no mercado de opções sobre ações. Dessa forma, entende-se que os interessados em tais estratégias devam procurar corretoras de ações da Bovespa para obter informações e orientação sobre esse mercado.
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Fica difícil não comentar sobre o sobe-e-desce da bolsa nas últimas semanas. As principais vitimas dessa volatilidade no preço das ações, além das próprias companhias que têm seu valor de mercado oscilando de maneira abrupta, são os recém-chegados ao mercado acionário.
É muito comum ver interessados de última hora comprarem ações que já estão muito esticadas – no linguajar do mercado. Por outro lado, o mesmo comportamento tende a acontecer quando ocorre o movimento inverso: aparecem vendedores de ações que já estão muito desvalorizadas. Gostaria de entender o por quê. Gráficos, análise técnica? Finanças comportamentais? A explicação não é tão trivial quanto possa parecer.
De qualquer forma, quando a bolsa – e as suas principais blue-chips – começa a oscilar fortemente, o risco de perda financeira para quem entra “no jogo”, naquele momento, aumenta consideravelmente. Basta acompanhar o que tem acontecido com as ações da Petrobras e da Vale entre outras.
Por serem blue-chips, essas ações possuem muita liquidez e também têm opções sobre suas ações sendo negociadas na bolsa para vários vencimentos futuros. Pode ser que nesse mercado, apesar de muito especulativo e “cheio de manhas e artimanhas”, esses recém-chegados consigam minimizar suas perdas ao adotar estratégias de compra (ou de venda) de determinadas ações por meio de opções de compra e/ou de venda dessas ações.
No mercado de capitais não existe almoço grátis, conforme se diz normalmente. isto é, mesmo no mercado de opções, onde se paga um prêmio (o qual é equivalente a um pequeno percentual do valor negociado da ação) pelo direito de exercer a compra (no caso de uma opção de compra) ou a venda (no caso de uma opção de venda), da ação-objeto dessa opção por determinado valor fixo em algum momento no futuro, tudo é apreçado corretamente, conforme modelos matemáticos complexos que procuram medir a probabilidade, ou chance de exercício daquelas opções.
Entretanto, apesar de existirem estratégias mais complexas, por meio de uma simples “compra seca” de uma determinada opção de compra ou de venda, o recém-chegado na bolsa estará realizando um seguro (similar ao que faz normalmente com seu automóvel), e arriscando (ou colocando no jogo) apenas o equivalente aquele percentual fixo do valor da ação. De forma que se ao comprar a opção de compra, o valor da ação não atingir o valor fixado para o exercício da ação até a data de vencimento dos contratos de opção, ele perderá apenas aquele prêmio que pagou antecipadamente pela opção.
Essa perda, num cenário de forte queda no preço da ação, pode representar um prejuízo muito inferior ao que teria (na data de vencimento dos contratos), caso tivesse comprado a própria ação. De maneira similar, num cenário de forte alta para a ação, a perda ao comprar uma opção de venda seria equivalente ao prêmio pago por ela; resultando em um prejuízo inferior ao que teria, caso tivesse vendido a ação ao invés de comprado opções de venda.
Portanto, o mercado de opções, em sua forma mais simples pode representar um seguro contra perdas muito elevadas, ao limitar o prejuízo potencial de uma escolha errada (na compra ou na venda de uma ação) ao prêmio pago pelas opções compradas – sejam elas de compra ou de venda.
Não se pretendeu abordar em detalhes a sistemática desse mercado, assim como não se descreveu, mais de perto, a maneira pela qual se poderiam realizar tais estratégias de compra e/ou de venda de opções – entre outros detalhes operacionais e de estratégias no mercado de opções sobre ações. Dessa forma, entende-se que os interessados em tais estratégias devam procurar corretoras de ações da Bovespa para obter informações e orientação sobre esse mercado.
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