Feliz 2015? Vai ser difícil…
“… Vamos ver, afinal, o que a presidente Dilma Rousseff nos reserva para 2015. Infelizmente, posso adiantar que já sinto um gosto amargo na boca.”. A economia do Brasil promete crescer quase nada em 2014; e a perspectiva para 2015 não anima. Como sabemos, a presidente Dilma foi reeleita para um segundo mandato e já definiu o núcleo de sua equipe econômica há algumas semanas. Nomes conhecidos do mercado, mas […] Leia mais
Da Redação
Publicado em 29 de dezembro de 2014 às 07h11.
Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às 08h10.
“… Vamos ver, afinal, o que a presidente Dilma Rousseff nos reserva para 2015. Infelizmente, posso adiantar que já sinto um gosto amargo na boca.”.
A economia do Brasil promete crescer quase nada em 2014; e a perspectiva para 2015 não anima. Como sabemos, a presidente Dilma foi reeleita para um segundo mandato e já definiu o núcleo de sua equipe econômica há algumas semanas. Nomes conhecidos do mercado, mas nem por isso com capacidade e instrumentos para “salvar a pátria” se não houver vontade política da presidente, do poder executivo e do legislativo.
A situação econômica brasileira é a pior possível depois de vários mandatos do PT – Partido dos Trabalhadores. Pode-se enfatizar os últimos quatro anos, sob a batuta de Dilma Rousseff, como, talvez, o pior deles – ou aquele no qual estouraram todos os problemas que se foram avolumando após sucessivos erros de política econômica ao longo desse período.
O que se pode esperar para 2015, além de uma retração ainda maior na economia, em decorrência dos “remédios” a serem aplicados para sanear as finanças públicas e corrigir os preços relativos da economia entre outras medidas restritivas?
Respondo: inflação mais elevada e dólar mais caro!
Ao analisar mais detidamente o diagnóstico da situação elaborado pela equipe econômica, assim como as medidas a serem implementadas, percebe-se que, mais uma vez, o caminho está errado.
Não é solução conter a demanda agregada, que deve se apresentar para 2015 ainda mais esquálida. Dessa forma, os sucessivos aumentos da taxa de juros Selic não se justificam. Assim como não se justifica tentar segurar a cotação do dólar norte-americano com medidas paliativas, já que existe tremendo desequilíbrio nas contas externas brasileiras e a tendência do valor do dólar norte-americano é de alta no mundo inteiro.
Deve-se lembrar que 2015 será o ano em que o FED vai iniciar o ciclo de aumento dos juros da economia dos EUA e que por conta disso, sua moeda já vem se valorizando em relação às principais divisas. Imagine o que deverá acontecer com as economias mais vulneráveis quando o processo ganhar força…
Não é solução para sanear as finanças públicas – já dilapidadas pelos desmandos, desvios e corrupção no governo -, aumentar impostos. Ao contrário, os impostos deveriam cair e o governo deveria gastar menos; muito menos. Só assim, o setor privado da economia poderia respirar e se sentir estimulado a investir em novas fábricas, gerando emprego e renda para o país.
É compreensível – apesar de inaceitável – a opção política pelo aumento dos impostos em contrapartida à diminuição dos gastos públicos. O governo tem compromissos com sua base política e sem recursos para distribuir – e gastar mal -, a governabilidade do último mandato de Dilma Rousseff estaria ameaçada… Isso sem falar que o governo precisa preservar sua base eleitoral para que, daqui a quatro anos, ela volte a votar no candidato da situação.
Vamos ver, afinal, o que a presidente Dilma Rousseff nos reserva para 2015. Infelizmente, posso adiantar que já sinto um gosto amargo na boca.
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“… Vamos ver, afinal, o que a presidente Dilma Rousseff nos reserva para 2015. Infelizmente, posso adiantar que já sinto um gosto amargo na boca.”.
A economia do Brasil promete crescer quase nada em 2014; e a perspectiva para 2015 não anima. Como sabemos, a presidente Dilma foi reeleita para um segundo mandato e já definiu o núcleo de sua equipe econômica há algumas semanas. Nomes conhecidos do mercado, mas nem por isso com capacidade e instrumentos para “salvar a pátria” se não houver vontade política da presidente, do poder executivo e do legislativo.
A situação econômica brasileira é a pior possível depois de vários mandatos do PT – Partido dos Trabalhadores. Pode-se enfatizar os últimos quatro anos, sob a batuta de Dilma Rousseff, como, talvez, o pior deles – ou aquele no qual estouraram todos os problemas que se foram avolumando após sucessivos erros de política econômica ao longo desse período.
O que se pode esperar para 2015, além de uma retração ainda maior na economia, em decorrência dos “remédios” a serem aplicados para sanear as finanças públicas e corrigir os preços relativos da economia entre outras medidas restritivas?
Respondo: inflação mais elevada e dólar mais caro!
Ao analisar mais detidamente o diagnóstico da situação elaborado pela equipe econômica, assim como as medidas a serem implementadas, percebe-se que, mais uma vez, o caminho está errado.
Não é solução conter a demanda agregada, que deve se apresentar para 2015 ainda mais esquálida. Dessa forma, os sucessivos aumentos da taxa de juros Selic não se justificam. Assim como não se justifica tentar segurar a cotação do dólar norte-americano com medidas paliativas, já que existe tremendo desequilíbrio nas contas externas brasileiras e a tendência do valor do dólar norte-americano é de alta no mundo inteiro.
Deve-se lembrar que 2015 será o ano em que o FED vai iniciar o ciclo de aumento dos juros da economia dos EUA e que por conta disso, sua moeda já vem se valorizando em relação às principais divisas. Imagine o que deverá acontecer com as economias mais vulneráveis quando o processo ganhar força…
Não é solução para sanear as finanças públicas – já dilapidadas pelos desmandos, desvios e corrupção no governo -, aumentar impostos. Ao contrário, os impostos deveriam cair e o governo deveria gastar menos; muito menos. Só assim, o setor privado da economia poderia respirar e se sentir estimulado a investir em novas fábricas, gerando emprego e renda para o país.
É compreensível – apesar de inaceitável – a opção política pelo aumento dos impostos em contrapartida à diminuição dos gastos públicos. O governo tem compromissos com sua base política e sem recursos para distribuir – e gastar mal -, a governabilidade do último mandato de Dilma Rousseff estaria ameaçada… Isso sem falar que o governo precisa preservar sua base eleitoral para que, daqui a quatro anos, ela volte a votar no candidato da situação.
Vamos ver, afinal, o que a presidente Dilma Rousseff nos reserva para 2015. Infelizmente, posso adiantar que já sinto um gosto amargo na boca.
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