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Empreender ou não, eis a questão.

Todo analista de investimentos e todo empreendedor que se preza, têm uma preocupação em comum: avaliar o retorno potencial das ações negociadas na bolsa de valores e de negócios ou empreendimentos passíveis de realização no mercado. Existem técnicas consagradas para isso no campo das finanças, das quais uma das mais conhecidas é a chamada valuation (valoração) que pode ser utilizada tanto para a companhia emissora das ações quanto para o […] Leia mais

DR

Da Redação

Publicado em 11 de abril de 2013 às 14h14.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às 09h04.

Todo analista de investimentos e todo empreendedor que se preza, têm uma preocupação em comum: avaliar o retorno potencial das ações negociadas na bolsa de valores e de negócios ou empreendimentos passíveis de realização no mercado.

Existem técnicas consagradas para isso no campo das finanças, das quais uma das mais conhecidas é a chamada valuation (valoração) que pode ser utilizada tanto para a companhia emissora das ações quanto para o negócio sob análise.

A dura vida do empreendedor

Há algum tempo, quando assistia a um programa de TV que abordava a questão, vi o apresentador pedir ao especialista entrevistado que levantasse os três aspectos mais decisivos, tanto do lado negativo, quanto do lado positivo, para empreender com sucesso.

Bem, além daqueles clichês como “você deve se conhecer profundamente antes de tentar empreender”, e “todo negócio precisa ser planejado e necessita de conhecimento do mercado onde se pretende atuar”,  dois aspectos ali ressaltados me chamaram a atenção.

O entrevistado recomendava aos candidatos a empresários que utilizassem projeções muito conservadoras, tanto para a receita de vendas quanto para as despesas estimadas no fluxo de caixa do negócio, para sua avaliação de viabilidade (econômico-financeira). Isto é, recomendava explicitamente para derrubar as receitas e elevar as despesas esperadas.

A questão que me veio à mente de imediato foi: se o candidato a empresário seguir à risca o conselho desse especialista, certamente não irá empreender, já que a chance de que o negócio tenha uma taxa de retorno insuficiente é grande.

Ao derrubar as receitas e elevar as despesas esperadas  em demasia, ele estará projetando uma margem de lucro inferior e, ao final, um retorno para o negócio abaixo do seu real potencial.

Nessas condições, é possível que um empreendimento só passasse pelo crivo da viabilidade se fosse um “negócio da China”!!! E, caso fosse mesmo, atrairia toda a torcida do Corinthians para ele; derrubando o retorno extraordinário previsto originalmente por conta da pressão exercida pela concorrência.

Nesse aspecto, faltou o especialista recomendar, por exemplo, que fosse feita uma análise de sensibilidade do retorno do negócio, utilizando cenários otimistas e pessimistas para o desempenho das receitas e das despesas para uma melhor avaliação da viabilidade do negócio.

Moral da história: muitas vezes esse tipo informação veiculada na TV pode gerar dúvidas para os potenciais empresários. É claro que tudo que foi dito lá deve ser relativizado, já que o tempo disponível para abordar o tema no programa é escasso.

Entretanto, seria conveniente que os candidatos a empresários procurassem aconselhamento para decidir se devem ou não tocar adiante o seu plano e/ou ideia de negócio. E, nesse caso, sugiro uma visita ao SEBRAE ( http://www.sebrae.com.br/ ), organização com credibilidade e experiência, que pode ser de grande ajuda para tanto.

Veja também:

http://investcerto.wordpress.com

http://www.investcerto.com.br

http://twitter.com/investcerto

Todo analista de investimentos e todo empreendedor que se preza, têm uma preocupação em comum: avaliar o retorno potencial das ações negociadas na bolsa de valores e de negócios ou empreendimentos passíveis de realização no mercado.

Existem técnicas consagradas para isso no campo das finanças, das quais uma das mais conhecidas é a chamada valuation (valoração) que pode ser utilizada tanto para a companhia emissora das ações quanto para o negócio sob análise.

A dura vida do empreendedor

Há algum tempo, quando assistia a um programa de TV que abordava a questão, vi o apresentador pedir ao especialista entrevistado que levantasse os três aspectos mais decisivos, tanto do lado negativo, quanto do lado positivo, para empreender com sucesso.

Bem, além daqueles clichês como “você deve se conhecer profundamente antes de tentar empreender”, e “todo negócio precisa ser planejado e necessita de conhecimento do mercado onde se pretende atuar”,  dois aspectos ali ressaltados me chamaram a atenção.

O entrevistado recomendava aos candidatos a empresários que utilizassem projeções muito conservadoras, tanto para a receita de vendas quanto para as despesas estimadas no fluxo de caixa do negócio, para sua avaliação de viabilidade (econômico-financeira). Isto é, recomendava explicitamente para derrubar as receitas e elevar as despesas esperadas.

A questão que me veio à mente de imediato foi: se o candidato a empresário seguir à risca o conselho desse especialista, certamente não irá empreender, já que a chance de que o negócio tenha uma taxa de retorno insuficiente é grande.

Ao derrubar as receitas e elevar as despesas esperadas  em demasia, ele estará projetando uma margem de lucro inferior e, ao final, um retorno para o negócio abaixo do seu real potencial.

Nessas condições, é possível que um empreendimento só passasse pelo crivo da viabilidade se fosse um “negócio da China”!!! E, caso fosse mesmo, atrairia toda a torcida do Corinthians para ele; derrubando o retorno extraordinário previsto originalmente por conta da pressão exercida pela concorrência.

Nesse aspecto, faltou o especialista recomendar, por exemplo, que fosse feita uma análise de sensibilidade do retorno do negócio, utilizando cenários otimistas e pessimistas para o desempenho das receitas e das despesas para uma melhor avaliação da viabilidade do negócio.

Moral da história: muitas vezes esse tipo informação veiculada na TV pode gerar dúvidas para os potenciais empresários. É claro que tudo que foi dito lá deve ser relativizado, já que o tempo disponível para abordar o tema no programa é escasso.

Entretanto, seria conveniente que os candidatos a empresários procurassem aconselhamento para decidir se devem ou não tocar adiante o seu plano e/ou ideia de negócio. E, nesse caso, sugiro uma visita ao SEBRAE ( http://www.sebrae.com.br/ ), organização com credibilidade e experiência, que pode ser de grande ajuda para tanto.

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