Economia e Política

Alguns pensam que a economia e a política não se misturam, como acontece com a água e o óleo. Entretanto, deve-se ter em mente que, ao aquecer continuamente a água, ela deverá entrar em ebulição e desaparecer ao virar vapor – restando apenas o óleo na mistura original.

Por outro lado, ao aquecer continuamente o óleo, pode-se criar um sistema que apresentará o risco de explosão, liberando muita energia – independentemente do que ocorrer com a água presente na mistura. Ou seja, apesar dos dois elementos não se misturarem, quando estimulados podem alterar radicalmente as características da mistura – que era estável a princípio.

E é exatamente isso o que acontece com a economia e a política. Ambas têm vida própria, mas se relacionam de maneira intrínseca e complexa. À primeira vista, em uma análise superficial, parece que são coisas diferentes e que não se misturam – como a água e o óleo. Mas, ao se aprofundar a análise, percebe-se que essa visão banaliza a relação existente entre elas que, na verdade, pode ser qualquer coisa, menos trivial.

Desde quando o termo Economia Política foi cunhado e teve, ao longo do século XIX, sua utilização para definir o que hoje conhecemos apenas por Economia, percebe-se que os pensadores se preocupam em definir essa relação. Seja por meio da construção de uma ciência, ou através do estudo das relações humanas que permeiam tanto a economia quanto a política em uma sociedade.

Portanto, quando uma pessoa se nega a admitir essa característica evidente entre as duas matérias (Economia e Política), deve ser porque tem uma visão distorcida da realidade que a cerca. Seja porque não consegue analisar o tema com a necessária profundidade, seja porque sua ideologia a impede de enxergar claramente o que acontece à sua volta. Ou, simplesmente, porque não interessa ou não lhe convém aceitar tal fato.

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