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E se tudo acabar em pizza? A gente paga a conta.

O Brasil continua sendo um país de grandes contrastes. Até a pizza, que tanto gostamos, é a mais cara do mundo. É incrível como o brasileiro aceita pagar mais caro (bem mais caro) pelos mesmos produtos que são vendidos a preços muito mais baixos em outros países. Quando se considera o elevado preço de produtos de consumo  (duráveis ou não) vendidos no país, acredito que os seguintes pontos possam explicar, […] Leia mais

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Investidor em Ação

Publicado em 24 de abril de 2013 às, 12h13.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às, 09h03.

O Brasil continua sendo um país de grandes contrastes. Até a pizza, que tanto gostamos, é a mais cara do mundo. É incrível como o brasileiro aceita pagar mais caro (bem mais caro) pelos mesmos produtos que são vendidos a preços muito mais baixos em outros países.

Quando se considera o elevado preço de produtos de consumo  (duráveis ou não) vendidos no país, acredito que os seguintes pontos possam explicar, em grande parte, essa situação: o elevado nível dos impostos cobrados do consumidor nos mais diversos produtos – fabricados ou não no país –, aumentando a carga tributária existente em toda a cadeia produtiva nacional; a estrutura oligopolizada (com poucos produtores de cada bem) da indústria local; e a cultura consumista do brasileiro.

No caso dos impostos, é fácil entender o porquê da volúpia governamental: a necessidade de suportar os elevados gastos do governo (e sua superdimensionada máquina/estrutura); a tentativa de manter um resultado positivo nas contas governamentais (com superávit primário) – que necessita de uma alta carga tributária para fazer frente ao elevado volume de gastos dos últimos anos.

Junta-se a fome com a vontade de comer, ao adicionar à questão a estrutura oligopolizada da indústria local, que permite que sejam cobrados preços mais elevados do que seria possível se a concorrência fosse mais acirrada.

Já na questão da cultura consumista do povo brasileiro, é mais difícil de encontrar uma única explicação; mas, pelo que pude aferir de conversas com diversas pessoas, o brasileiro não tem se importado muito com o preço cobrado pelos produtos que consome, desde que possa ter acesso a eles e, principalmente, ostentar que os possui.

É claro que esse é um diagnóstico superficial do problema, mas que deve servir de alerta para que pensemos mais sobre quem somos e aonde pretendemos chegar.

Infelizmente, como se costuma dizer, mesmo que tudo acabe em pizza, a conta vai ser salgada. E, certamente, será paga por nós, consumidores.

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