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E a cotação do dólar, onde vai parar?

“Dessa forma, o movimento do dólar é um dos reflexos e consequências advindos da falta de eficiência na condução da política econômica do governo. Esperamos que o Banco Central consiga retomar as rédeas da situação e coloque um pouco de juízo na cabeça dos políticos. Mas, infelizmente, a alta cotação do dólar veio para ficar!”. No atual regime de câmbio brasileiro, chamado de câmbio flutuante (ou, mais adequadamente, de “flutuação […] Leia mais

DR

Da Redação

Publicado em 19 de agosto de 2013 às 14h39.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às 08h53.

Dessa forma, o movimento do dólar é um dos reflexos e consequências advindos da falta de eficiência na condução da política econômica do governo. Esperamos que o Banco Central consiga retomar as rédeas da situação e coloque um pouco de juízo na cabeça dos políticos. Mas, infelizmente, a alta cotação do dólar veio para ficar!”.

E a cotação do dólar onde vai parar 2

No atual regime de câmbio brasileiro, chamado de câmbio flutuante (ou, mais adequadamente, de “flutuação suja” – já que o Banco Central do Brasil intervém quando acha que o mercado cambial está muito volátil, ou porque o mercado exagerou na valorização/desvalorização do dólar em determinado momento), a cotação do dólar depende, basicamente,  de dois fatores:

1- da situação externa da economia brasileira;

2- da força relativa da moeda norte-americana frente às moedas nacionais de outros países.

Ou seja, é o próprio mercado, salvo quando o Banco central intervém, que define o preço do dólar em reais. Dessa forma, sua cotação vai depender da avaliação dos agentes frente aos dois fatores listados acima.

A forte desvalorização do real (valorização do dólar) ocorrida nos últimos meses reflete tanto (1) uma avaliação muito ruim da situação externa da economia brasileira, (2) como a valorização do dólar no mundo em decorrência da perspectiva de mudança na política monetária do Banco Central dos EUA, o FED.

No caso brasileiro, a constatação da persistência do déficit na conta de transações correntes do balanço de pagamentos brasileiro acumulado nos últimos 12 meses – vide tabela anexa “Saldo em transações correntes  e necessidade de financiamento externo” -, e a dúvida se os investimentos estrangeiros diretos estrangeiros  (capital estrangeiro investido no país) serão capazes de  financiar os déficits em conta corrente brasileiros -, provocaram forte valorização do dólar.

Conta Corrente Brasileira – Fonte: BCB

Vale lembrar que o saldo em conta corrente (que vem acumulando resultados muito negativos), engloba tanto o resultado da balança comercial do país (com déficit acumulado da ordem de US$ 5 bi em 2013), como o resultado da balança de serviços (seguros, fretes etc.) e de rendas (remessas de lucros das empresas estrangeiras que têm sede no Brasil etc.). De forma que se os aportes de capital investidos por estrangeiros no Brasil não forem suficientes para financiar o déficit em conta corrente, o Brasil começará a perder reservas externas para fechar o seu balanço de pagamentos.

Conta Corrente Brasileira – Fonte: BCB

Além disso, a perspectiva de que o FED venha a adotar uma política monetária mais restritiva para os EUA em futuro próximo, também contribuiu para esse movimento.

O mercado percebeu que havia algo de muito errado com a cotação do dólar frente ao real, tendo deflagrado esse processo, a despeito dos US$ 375 bi de reservas externas acumuladas até hoje pelo Brasil.

Mas o que estava errado? Consumo além do razoável no país, importação excessiva de poupança externa, insuficiência de investimentos na economia, fraco desempenho do PIB e das contas externas, baixa produtividade e perda de competitividade da indústria nacional, alta da inflação, excessiva intervenção do governo na economia e nos mercados, perda de credibilidade da política econômica e da governança/governabilidade no país, entre outras coisas.

Dessa forma, o movimento do dólar é um dos reflexos e consequências advindos da falta de eficiência na condução da política econômica do governo. Esperamos que o Banco Central consiga retomar as rédeas da situação e coloque um pouco de juízo na cabeça dos políticos. Mas, infelizmente, a alta cotação do dólar veio para ficar!

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Dessa forma, o movimento do dólar é um dos reflexos e consequências advindos da falta de eficiência na condução da política econômica do governo. Esperamos que o Banco Central consiga retomar as rédeas da situação e coloque um pouco de juízo na cabeça dos políticos. Mas, infelizmente, a alta cotação do dólar veio para ficar!”.

E a cotação do dólar onde vai parar 2

No atual regime de câmbio brasileiro, chamado de câmbio flutuante (ou, mais adequadamente, de “flutuação suja” – já que o Banco Central do Brasil intervém quando acha que o mercado cambial está muito volátil, ou porque o mercado exagerou na valorização/desvalorização do dólar em determinado momento), a cotação do dólar depende, basicamente,  de dois fatores:

1- da situação externa da economia brasileira;

2- da força relativa da moeda norte-americana frente às moedas nacionais de outros países.

Ou seja, é o próprio mercado, salvo quando o Banco central intervém, que define o preço do dólar em reais. Dessa forma, sua cotação vai depender da avaliação dos agentes frente aos dois fatores listados acima.

A forte desvalorização do real (valorização do dólar) ocorrida nos últimos meses reflete tanto (1) uma avaliação muito ruim da situação externa da economia brasileira, (2) como a valorização do dólar no mundo em decorrência da perspectiva de mudança na política monetária do Banco Central dos EUA, o FED.

No caso brasileiro, a constatação da persistência do déficit na conta de transações correntes do balanço de pagamentos brasileiro acumulado nos últimos 12 meses – vide tabela anexa “Saldo em transações correntes  e necessidade de financiamento externo” -, e a dúvida se os investimentos estrangeiros diretos estrangeiros  (capital estrangeiro investido no país) serão capazes de  financiar os déficits em conta corrente brasileiros -, provocaram forte valorização do dólar.

Conta Corrente Brasileira – Fonte: BCB

Vale lembrar que o saldo em conta corrente (que vem acumulando resultados muito negativos), engloba tanto o resultado da balança comercial do país (com déficit acumulado da ordem de US$ 5 bi em 2013), como o resultado da balança de serviços (seguros, fretes etc.) e de rendas (remessas de lucros das empresas estrangeiras que têm sede no Brasil etc.). De forma que se os aportes de capital investidos por estrangeiros no Brasil não forem suficientes para financiar o déficit em conta corrente, o Brasil começará a perder reservas externas para fechar o seu balanço de pagamentos.

Conta Corrente Brasileira – Fonte: BCB

Além disso, a perspectiva de que o FED venha a adotar uma política monetária mais restritiva para os EUA em futuro próximo, também contribuiu para esse movimento.

O mercado percebeu que havia algo de muito errado com a cotação do dólar frente ao real, tendo deflagrado esse processo, a despeito dos US$ 375 bi de reservas externas acumuladas até hoje pelo Brasil.

Mas o que estava errado? Consumo além do razoável no país, importação excessiva de poupança externa, insuficiência de investimentos na economia, fraco desempenho do PIB e das contas externas, baixa produtividade e perda de competitividade da indústria nacional, alta da inflação, excessiva intervenção do governo na economia e nos mercados, perda de credibilidade da política econômica e da governança/governabilidade no país, entre outras coisas.

Dessa forma, o movimento do dólar é um dos reflexos e consequências advindos da falta de eficiência na condução da política econômica do governo. Esperamos que o Banco Central consiga retomar as rédeas da situação e coloque um pouco de juízo na cabeça dos políticos. Mas, infelizmente, a alta cotação do dólar veio para ficar!

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