Exame.com
Continua após a publicidade

Duplo Mergulho? Então, Aproveite a Oportunidade.

Aqui vai um alerta para aqueles que têm suficiente sangue-frio e algum dinheiro para dispor (investir) por um algum tempo: A bolsa brasileira está barata. Se ela pode ficar mais barata em decorrência da atual crise de pânico vivida pelos mercados? A resposta é sim; pode. Entretanto, uma estratégia de compra de ações pausada e progressiva ao longo desse mês, por exemplo – para não queimar todos os recursos logo […] Leia mais

I
Investidor em Ação

Publicado em 4 de agosto de 2011 às, 19h45.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às, 09h57.

Aqui vai um alerta para aqueles que têm suficiente sangue-frio e algum dinheiro para dispor (investir) por um algum tempo: A bolsa brasileira está barata. Se ela pode ficar mais barata em decorrência da atual crise de pânico vivida pelos mercados? A resposta é sim; pode.

Entretanto, uma estratégia de compra de ações pausada e progressiva ao longo desse mês, por exemplo – para não queimar todos os recursos logo de início, na primeira compra -, pode representar uma “boa aposta” para o curto e médio prazos. Eu grifo curto prazo porque devido à altíssima volatilidade experimentada pelos mercados, o cenário de fim de mundo pode se reverter rapidamente.

Não dá para negar que a situação da economia mundial está supercomplicada e que o temor do mercado é de que o mundo caminhe para o duplo-mergulho recessivo. Lembram dessa estória? O comportamento dos investidores reflete esse temor, mas de maneira exacerbada – como se fosse o estouro de uma manada! Os conselhos mais ouvidos nesse momento são: opere na venda; fique fora, venda tudo etc… Cuidado com eles.


A pergunta que cabe nesse momento é a seguinte: até quando o mercado vai cair, e em que medida? Será que vamos viver um replay de setembro/outubro de 2008? Será que dá para confiar nos gráficos nesse momento, já que todos eles apontam para o fim do mundo?

Por outro lado, será que as sólidas e lucrativas empresas brasileiras (em vários setores de atividade) vão quebrar ou falir caso a tremenda recessão que se espera aconteça de fato? Certamente, os fortes lucros obtidos pelas empresas produtoras de commodities irão diminuir – até o próximo ciclo de alta. Mas será que o mercado já não antecipou (precificou) isso?

E se a recessão não for tão grande ou se os governos dos principais atores da atual crise (os países europeus e os EUA) encontrarem um saída menos traumática que a esperada pelo mercado? Isso para não falar de empresas locais ligadas ao mercado interno, que podem continuar a faturar alto com a ajuda de políticas anticíclicas já utilizadas pelo governo Lula em 2008.

Todas essas dúvidas povoam a cabeça de investidores, traders, gestores de portfolio e analistas de ações nesse momento. Vale lembrar que “toda unanimidade é burra”. Minha sugestão é a seguinte: ligue para o seu corretor, peça para conversar com o analista fundamentalista da instituição e pergunte a ele quais são as empresas mais desvalorizadas da bolsa em razão do pânico corrente e a sua capacidade de reação no curto prazo.

Coloque-o na parede, pergunte quais são os setores e as empresas com maior blindagem frente a uma recessão e peça para ele listar as de maior lucratividade e potencial de crescimento. Esse pode ser um bom caminho a seguir; de fato, me parece uma boa pista para seguir… Quem souber a resposta que atire a primeira pedra ou então comece a comprar ações baratas!

http://www.investcerto.com.br

@investcerto