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Devo aplicar em títulos prefixados ou atrelados à inflação?

Em geral, quando se espera uma taxa de inflação ascendente, os títulos prefixados embutem maior risco de perda para os investidores. Isso acontece porque o rendimento do título, como o próprio nome diz, é prefixado – conhecido antecipadamente. Não existe qualquer proteção contra um eventual aumento da inflação nesse tipo de título. Por outro lado, os títulos atrelados à inflação, como as Notas do Tesouro Nacional do tipo B (NTN-B), […] Leia mais

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Investidor em Ação

Publicado em 5 de fevereiro de 2013 às, 14h48.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às, 09h09.

Em geral, quando se espera uma taxa de inflação ascendente, os títulos prefixados embutem maior risco de perda para os investidores. Isso acontece porque o rendimento do título, como o próprio nome diz, é prefixado – conhecido antecipadamente. Não existe qualquer proteção contra um eventual aumento da inflação nesse tipo de título.

Por outro lado, os títulos atrelados à inflação, como as Notas do Tesouro Nacional do tipo B (NTN-B), possuem um rendimento que é composto pela taxa de inflação acumulada até o vencimento do título, acrescida de uma taxa de juros prefixada livremente negociada pelo mercado para o mesmo período.

O rendimento relativo à taxa de inflação é dado pela variação acumulada do IPC-A (índice oficial de inflação) no período compreendido entre a data da aplicação até o vencimento do título. Já a taxa de juros prefixada, compõe o rendimento real do título: aquilo que ele rende acima da taxa de inflação acumulada até a data de seu vencimento.

Dessa forma, ao aplicar nas NTN-B’s o investidor obtém uma proteção contra a inflação, já que ele terá assegurado um rendimento real, acima da taxa de inflação acumulada, independentemente do patamar registrado por ela no período.

Se a inflação for alta, o rendimento do título tenderá a ser alto; se ela for baixa, o rendimento do título tenderá a ser baixo. Entretanto, grosso modo, a parcela prefixada do rendimento do título (a taxa real) será a mesma, seja lá qual for o patamar de inflação registrado no período da aplicação.

Portanto, para quem acredita que a inflação ao longo da vida do título poderá ser mais alta do que o esperado, deve, em princípio, investir em títulos pós-fixados atrelados à inflação. Por outro lado, se a expectativa é de que a inflação venha a ser inferior ao esperado, a aplicação prefixada poderá trazer maior rentabilidade.

Como se pode perceber, essa “dicotomia” existente entre os rendimentos dos títulos prefixados e os títulos atrelados à inflação implica na possibilidade de que esses dois tipos de títulos, com mesma data de vencimento, obtenham rentabilidades diferentes ao final da aplicação. E isso, muitas vezes, dá margem à especulação por parte dos investidores quanto ao rendimento que será obtido por esses dois tipos de títulos.

Vale lembrar que o mercado (composto por todos os investidores) procura, a todo momento, “arbitrar” o rendimento projetado entre os títulos prefixados e os atrelados à inflação de mesmo prazo, de forma a que as suas rentabilidades sejam iguais quando do seu vencimento. Esse processo acaba por fazer com que a taxa de juros real pela qual os títulos pós-fixados atrelados à inflação são negociados flutue no dia-a-dia.

Dessa forma, sempre que se comparar as taxas de juros negociadas por dois títulos (prefixados e atrelados à inflação) de mesmo prazo no web site do Tesouro Direto, deve-se lembrar que elas projetam rentabilidades iguais naquele momento, dada a projeção de inflação esperada pelo mercado embutida naqueles dois títulos.

Acesse o link abaixo e confira as taxas de juros dos títulos públicos disponíveis para a compra no web site do Tesouro Direto:

http://www3.tesouro.gov.br/tesouro_direto/consulta_titulos_novosite/consultatitulos.asp

Veja também:

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