Como vamos nos comportar em 2011?
Chegamos ao final de 2010 e as pessoas, como de hábito, começam a fazer os planos para 2011. Normalmente são refeitos os velhos votos “de melhores esforços” para não abusar da comida e, consequentemente, “economizar” aqueles quilinhos a mais ou livrar-se daqueles que tanto incomodam a nossa auto-estima, assim como para retomar uma atividade física regular há muito esquecida, devido à vida atribulada nas grandes metrópoles. Além de cuidar da […] Leia mais
Da Redação
Publicado em 28 de dezembro de 2010 às 10h03.
Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às 10h39.
Chegamos ao final de 2010 e as pessoas, como de hábito, começam a fazer os planos para 2011. Normalmente são refeitos os velhos votos “de melhores esforços” para não abusar da comida e, consequentemente, “economizar” aqueles quilinhos a mais ou livrar-se daqueles que tanto incomodam a nossa auto-estima, assim como para retomar uma atividade física regular há muito esquecida, devido à vida atribulada nas grandes metrópoles. Além de cuidar da saúde física, são feitos planos de carreira e de negócios para o novo ano que chega sem pedir licença.
Entre outras “promessas” e “desejos” sobre atitudes e coisas que são de importância para as pessoas é fundamental não esquecer da saúde financeira e dos planos para os investimentos em bolsa de valores em 2011.
No tópico de saúde financeira, uma atitude importante é preservar a capacidade de pagamentos; ou seja, não se endividar em demasia devido à oferta maciça de crédito a que estamos sujeitos atualmente. Não se passa um dia sem que algum banco não deixe de oferecer mais crédito para nós. Não é verdade?
Deve-se lembrar que a economia brasileira vai de “vento em popa” e que o dinheiro é abundante nesse momento. Mas a situação pode virar ano que vem, dependendo do que vier a acontecer nos mercados internacionais e com relação ao patamar de inflação em nosso país, para citar algumas das variáveis determinantes para o comportamento da economia em 2011.
Além disso, não se pode descartar a possibilidade de uma ocorrência imprevista em nossa vida profissional, a qual pode atrapalhar e comprimir o nosso fluxo de caixa temporariamente. Por isso, atenção com as dívidas!
Já do ponto de vista dos investimentos no mercado de capitais, é importante formular planos coerentes e factíveis. Não dá para imaginar que 2011 será o ano em que iremos ficar milionários, fruto de nossos investimentos realizados em bolsa. Cuidado! Bom senso e caldo de galinha nunca fizeram mal a ninguém. Além disso, deve-se prestar atenção às questões de ordem comportamental, que podem atrapalhar ou até impedir a realização dos objetivos traçados para o ano.
Não vou listar aqui questões relativas às melhores estratégias a serem perseguidas para os investimentos, sejam elas de ordem fundamentalista ou técnica; mas vou enfatizar aquelas de ordem comportamental às quais, muitas vezes, são esquecidas pelas pessoas.
Dois importante autores na área de finanças comportamentais (Golberg e Von Nitzch), focados no processo de investimento em ativos de risco, listaram para nós algumas regras prescritivas para os investidores individuais*:
– estabelecer medidas claras de sucesso à priori;
– sempre analisar os motivos para fazer transações;
– não se iludir com resultados de outros participantes do mercado – cuidado com as histórias de sucesso;
– considerar sempre novas análises e informações que surjam;
– pedir conselhos a analistas e corretores que NÃO detenham posições naquele segmento/setor de mercado que lhe interessa;
– esperar o inesperado e contrabalançar expectativas otimistas e pessimistas;
– não confiar em “gurus”;
– determinar preço-alvo e limite de perdas para cada operação;
– tentar manter o volume operado constante;
– não perder tempo com operações não lucrativas;
– não aumentar posições a fim de diminuir o preço médio de compra
Tendo isso em vista, desejo a todos os leitores do blog Opções sem Mistério boas festas e um 2011 repleto de acertos e realizações. Mas repito, a realização dos objetivos depende, entre muitos fatores, do controle e disciplina que possuímos sobre nós mesmos e da maneira pela qual encaminhamos nossos desejos e aspirações. Boa sorte!!!
* Ferreira, L.F. Rogé A Influência de Aspectos Comportamentais Presentes nas Decisões dos Indivíduos, sobre Alocação de Recursos em um Portfolio de Projetos sob Condições de Risco. Dissertação de Mestrado, Universidade Presbiteriana Mackenzie, 2004.
http://www.twitter.com/investcerto
Chegamos ao final de 2010 e as pessoas, como de hábito, começam a fazer os planos para 2011. Normalmente são refeitos os velhos votos “de melhores esforços” para não abusar da comida e, consequentemente, “economizar” aqueles quilinhos a mais ou livrar-se daqueles que tanto incomodam a nossa auto-estima, assim como para retomar uma atividade física regular há muito esquecida, devido à vida atribulada nas grandes metrópoles. Além de cuidar da saúde física, são feitos planos de carreira e de negócios para o novo ano que chega sem pedir licença.
Entre outras “promessas” e “desejos” sobre atitudes e coisas que são de importância para as pessoas é fundamental não esquecer da saúde financeira e dos planos para os investimentos em bolsa de valores em 2011.
No tópico de saúde financeira, uma atitude importante é preservar a capacidade de pagamentos; ou seja, não se endividar em demasia devido à oferta maciça de crédito a que estamos sujeitos atualmente. Não se passa um dia sem que algum banco não deixe de oferecer mais crédito para nós. Não é verdade?
Deve-se lembrar que a economia brasileira vai de “vento em popa” e que o dinheiro é abundante nesse momento. Mas a situação pode virar ano que vem, dependendo do que vier a acontecer nos mercados internacionais e com relação ao patamar de inflação em nosso país, para citar algumas das variáveis determinantes para o comportamento da economia em 2011.
Além disso, não se pode descartar a possibilidade de uma ocorrência imprevista em nossa vida profissional, a qual pode atrapalhar e comprimir o nosso fluxo de caixa temporariamente. Por isso, atenção com as dívidas!
Já do ponto de vista dos investimentos no mercado de capitais, é importante formular planos coerentes e factíveis. Não dá para imaginar que 2011 será o ano em que iremos ficar milionários, fruto de nossos investimentos realizados em bolsa. Cuidado! Bom senso e caldo de galinha nunca fizeram mal a ninguém. Além disso, deve-se prestar atenção às questões de ordem comportamental, que podem atrapalhar ou até impedir a realização dos objetivos traçados para o ano.
Não vou listar aqui questões relativas às melhores estratégias a serem perseguidas para os investimentos, sejam elas de ordem fundamentalista ou técnica; mas vou enfatizar aquelas de ordem comportamental às quais, muitas vezes, são esquecidas pelas pessoas.
Dois importante autores na área de finanças comportamentais (Golberg e Von Nitzch), focados no processo de investimento em ativos de risco, listaram para nós algumas regras prescritivas para os investidores individuais*:
– estabelecer medidas claras de sucesso à priori;
– sempre analisar os motivos para fazer transações;
– não se iludir com resultados de outros participantes do mercado – cuidado com as histórias de sucesso;
– considerar sempre novas análises e informações que surjam;
– pedir conselhos a analistas e corretores que NÃO detenham posições naquele segmento/setor de mercado que lhe interessa;
– esperar o inesperado e contrabalançar expectativas otimistas e pessimistas;
– não confiar em “gurus”;
– determinar preço-alvo e limite de perdas para cada operação;
– tentar manter o volume operado constante;
– não perder tempo com operações não lucrativas;
– não aumentar posições a fim de diminuir o preço médio de compra
Tendo isso em vista, desejo a todos os leitores do blog Opções sem Mistério boas festas e um 2011 repleto de acertos e realizações. Mas repito, a realização dos objetivos depende, entre muitos fatores, do controle e disciplina que possuímos sobre nós mesmos e da maneira pela qual encaminhamos nossos desejos e aspirações. Boa sorte!!!
* Ferreira, L.F. Rogé A Influência de Aspectos Comportamentais Presentes nas Decisões dos Indivíduos, sobre Alocação de Recursos em um Portfolio de Projetos sob Condições de Risco. Dissertação de Mestrado, Universidade Presbiteriana Mackenzie, 2004.