Cada macaco no seu galho
De uns tempos para cá, tenho notado que empresas que não pertencem tradicionalmente ao ramo de seguros, têm procurado entrar nesse mercado – de maneira formal ou informal. Para se ter uma ideia mais precisa do que isso significa, imagine que você está em casa, após um cansativo dia de trabalho, e recebe uma ligação em seu telefone fixo (ou celular) da sua operadora de telefonia querendo lhe vender os […] Leia mais
Da Redação
Publicado em 17 de abril de 2015 às 12h13.
Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às 08h05.
De uns tempos para cá, tenho notado que empresas que não pertencem tradicionalmente ao ramo de seguros, têm procurado entrar nesse mercado – de maneira formal ou informal.
Para se ter uma ideia mais precisa do que isso significa, imagine que você está em casa, após um cansativo dia de trabalho, e recebe uma ligação em seu telefone fixo (ou celular) da sua operadora de telefonia querendo lhe vender os mais diversos tipos de seguros, travestidos de serviços variados: serviços gratuitos de manutenção e conserto da rede elétrica e hidráulica de sua residência, de seu computador, de seus eletrodomésticos entre outras coisas.
Me parece um tanto bizarro que a Vivo, por exemplo, venha a oferecer esse tipo de serviço/produto – que me foi oferecido há cerca de um mês atrás. Até onde eu conseguia enxergar a empresa, sua atuação estava restrita aos serviços de comunicação (telefonia, Internet e TV a cabo) – e olhe lá, por conta de uma série ineficiências na prestação de seu serviço.
Mas ela não está sozinha. Muitas outras empresas, de segmentos variados, como o de operadoras de cartão de crédito, também estão nessa onda. Ontem mesmo, após utilizar um de meus cartões de crédito para uma compra via Internet, recebi uma chamada de telemarketing ativo da operadora do cartão, tentando vender um serviço de “seguro” em moldes parecidos com o da Vivo pela bagatela de R$ 17,00/mensais.
Além do problema que é bem conhecido e característico dessas tentativas de venda via telemarketing – como, por exemplo, querer te enfiar goela abaixo o produto/serviço sem que você tenha, ao menos, tempo e chance de avaliar adequadamente o mesmo -, existem outros que acabam por prejudicar a imagem da empresa que se utiliza dessa estratégia.
Eu diria que a imagem dessas empresas sofre muito – será mesmo que elas se importam com isso? No caso, não entra na minha cabeça que a Vivo seja uma empresa confiável e competente – do ponto de vista do consumidor – nesse ramo de negócio de seguros. Assim como entendo que uma operadora de cartão de crédito também não o seja.
Por outro lado, já não seria o caso para uma empresa tradicional do segmento de seguros que viesse a oferecer esse tipo de serviço como, por exemplo, a Porto Seguro – que já atua nesse ramo há muitos anos.
Compreendo que essas empresas estejam tentando maximizar o retorno sobre as suas carteiras de clientes, ao tentar potencializar seu resultado por meio da inclusão de novos serviços em seu portfólio.
No entanto, esse tipo de diversificação levanta algumas dúvidas na cabeça do consumidor de seus serviços: afinal, qual é o core business da empresa?
Se não tomarem cuidado, daqui a pouco vão achar que é um bom negócio vender ração para animais de estimação, produtos de beleza ou mesmo comida congelada para seus clientes…
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De uns tempos para cá, tenho notado que empresas que não pertencem tradicionalmente ao ramo de seguros, têm procurado entrar nesse mercado – de maneira formal ou informal.
Para se ter uma ideia mais precisa do que isso significa, imagine que você está em casa, após um cansativo dia de trabalho, e recebe uma ligação em seu telefone fixo (ou celular) da sua operadora de telefonia querendo lhe vender os mais diversos tipos de seguros, travestidos de serviços variados: serviços gratuitos de manutenção e conserto da rede elétrica e hidráulica de sua residência, de seu computador, de seus eletrodomésticos entre outras coisas.
Me parece um tanto bizarro que a Vivo, por exemplo, venha a oferecer esse tipo de serviço/produto – que me foi oferecido há cerca de um mês atrás. Até onde eu conseguia enxergar a empresa, sua atuação estava restrita aos serviços de comunicação (telefonia, Internet e TV a cabo) – e olhe lá, por conta de uma série ineficiências na prestação de seu serviço.
Mas ela não está sozinha. Muitas outras empresas, de segmentos variados, como o de operadoras de cartão de crédito, também estão nessa onda. Ontem mesmo, após utilizar um de meus cartões de crédito para uma compra via Internet, recebi uma chamada de telemarketing ativo da operadora do cartão, tentando vender um serviço de “seguro” em moldes parecidos com o da Vivo pela bagatela de R$ 17,00/mensais.
Além do problema que é bem conhecido e característico dessas tentativas de venda via telemarketing – como, por exemplo, querer te enfiar goela abaixo o produto/serviço sem que você tenha, ao menos, tempo e chance de avaliar adequadamente o mesmo -, existem outros que acabam por prejudicar a imagem da empresa que se utiliza dessa estratégia.
Eu diria que a imagem dessas empresas sofre muito – será mesmo que elas se importam com isso? No caso, não entra na minha cabeça que a Vivo seja uma empresa confiável e competente – do ponto de vista do consumidor – nesse ramo de negócio de seguros. Assim como entendo que uma operadora de cartão de crédito também não o seja.
Por outro lado, já não seria o caso para uma empresa tradicional do segmento de seguros que viesse a oferecer esse tipo de serviço como, por exemplo, a Porto Seguro – que já atua nesse ramo há muitos anos.
Compreendo que essas empresas estejam tentando maximizar o retorno sobre as suas carteiras de clientes, ao tentar potencializar seu resultado por meio da inclusão de novos serviços em seu portfólio.
No entanto, esse tipo de diversificação levanta algumas dúvidas na cabeça do consumidor de seus serviços: afinal, qual é o core business da empresa?
Se não tomarem cuidado, daqui a pouco vão achar que é um bom negócio vender ração para animais de estimação, produtos de beleza ou mesmo comida congelada para seus clientes…
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