Atenção! Bolsa Liquida Tudo
No início da semana, muitas matérias em jornais diários de economia procuravam mostrar que apesar da forte queda sofrida pelo Ibovespa em setembro e, da constatação de que a bolsa brasileira estaria barata, a chance dos aplicadores estrangeiros retornarem para o mercado brasileiro no curto prazo era pequena, senão inexistente. Vale lembrar que são esses investidores que fazem os preços das ações oscilarem com maior força – para não dizer […] Leia mais
Da Redação
Publicado em 27 de setembro de 2011 às 08h48.
Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às 09h51.
No início da semana, muitas matérias em jornais diários de economia procuravam mostrar que apesar da forte queda sofrida pelo Ibovespa em setembro e, da constatação de que a bolsa brasileira estaria barata, a chance dos aplicadores estrangeiros retornarem para o mercado brasileiro no curto prazo era pequena, senão inexistente. Vale lembrar que são esses investidores que fazem os preços das ações oscilarem com maior força – para não dizer violência – em determinadas situações.
A explicação de tal previsão se baseia na situação financeira conturbada da União Européia, dos países da zona do euro e da fraca perspectiva de crescimento econômico dos EUA. Além disso, para temperar a “salada’, há o componente local da situação brasileira, com o agravamento da inflação, a disparada do dólar e receio de mudanças na diretriz governamental em relação à política econômica, com consequências graves para o aumento da inflação e da incerteza sobre o planejamento das firmas e das famílias.
Entretanto, deve-se ter em mente que os investidores estrangeiros irão, seguramente, retornar à Bovespa mais cedo ou mais tarde; pelo simples fato de que, no geral, as empresas brasileiras estão em melhor situação do que as estrangeiras – principalmente aquelas ligadas ao mercado interno brasileiro. E isso representa uma oportunidade de compra de ativos de qualidade a preços de liquidação!
Nesse sentido, o investidor local não deve se preocupar com os movimentos de curtíssimo prazo das bolsas globais pois, ao final das contas, comprar ações brasileiras com elevado desconto representa excelente alternativa para aquela parcela da carteira de investimentos que pode ser destinada às chamadas aplicações de risco. Não só para os estrangeiros, como para os investidores locais!
Para se ter uma idéia do descalabro de tal situação, ao final de setembro (base 23/09/2011) a Bovespa – medida pelo índice Ibovespa – acumulava no mês queda superior à das bolsas de Portugal, da Espanha, da Itália e, pasmem, até da Grécia; conforme apurou o jornal Valor Econômico em matéria publicada em 26/09 último (O feitiço do IOF se volta contra o feiticeiro). Caso a comparação fosse feita em relação ao acumulado do ano, a Bovespa registrava perda de 31,18% em dólar, índice superior ao das bolsas de todos esses países, com exceção da bolsa da Grécia que, medida pelo índice ASE General, mostrava redução de 43,13% no ano.
Caros investidores (me dirijo, inclusive, aos estrangeiros), mesmo que a situação possa piorar ainda mais no contexto internacional, devido a um possível “default” da Grécia, sugiro que aproveitem a oportunidade para realocar recursos financeiros em ações brasileiras; de preferência em companhias voltadas para o mercado interno (consumo, construção, bancos etc.) e, em alguns casos, até em ações cíclicas voltadas para o mercado externo (Vale, OGX etc.).
Quando o pânico arrefecer e os investidores estrangeiros retomarem a razão, perceberão a oportunidade e os preços das ações locais voltarão para patamares mais justos – dados os seus bons fundamentos. Vale lembrar que os descontos em relação ao que se considera “preço justo” para essas ações é muitas vezes tão alto, que se estima valorização superior a 70% em muitos casos.
http://twitter.com/investcerto
No início da semana, muitas matérias em jornais diários de economia procuravam mostrar que apesar da forte queda sofrida pelo Ibovespa em setembro e, da constatação de que a bolsa brasileira estaria barata, a chance dos aplicadores estrangeiros retornarem para o mercado brasileiro no curto prazo era pequena, senão inexistente. Vale lembrar que são esses investidores que fazem os preços das ações oscilarem com maior força – para não dizer violência – em determinadas situações.
A explicação de tal previsão se baseia na situação financeira conturbada da União Européia, dos países da zona do euro e da fraca perspectiva de crescimento econômico dos EUA. Além disso, para temperar a “salada’, há o componente local da situação brasileira, com o agravamento da inflação, a disparada do dólar e receio de mudanças na diretriz governamental em relação à política econômica, com consequências graves para o aumento da inflação e da incerteza sobre o planejamento das firmas e das famílias.
Entretanto, deve-se ter em mente que os investidores estrangeiros irão, seguramente, retornar à Bovespa mais cedo ou mais tarde; pelo simples fato de que, no geral, as empresas brasileiras estão em melhor situação do que as estrangeiras – principalmente aquelas ligadas ao mercado interno brasileiro. E isso representa uma oportunidade de compra de ativos de qualidade a preços de liquidação!
Nesse sentido, o investidor local não deve se preocupar com os movimentos de curtíssimo prazo das bolsas globais pois, ao final das contas, comprar ações brasileiras com elevado desconto representa excelente alternativa para aquela parcela da carteira de investimentos que pode ser destinada às chamadas aplicações de risco. Não só para os estrangeiros, como para os investidores locais!
Para se ter uma idéia do descalabro de tal situação, ao final de setembro (base 23/09/2011) a Bovespa – medida pelo índice Ibovespa – acumulava no mês queda superior à das bolsas de Portugal, da Espanha, da Itália e, pasmem, até da Grécia; conforme apurou o jornal Valor Econômico em matéria publicada em 26/09 último (O feitiço do IOF se volta contra o feiticeiro). Caso a comparação fosse feita em relação ao acumulado do ano, a Bovespa registrava perda de 31,18% em dólar, índice superior ao das bolsas de todos esses países, com exceção da bolsa da Grécia que, medida pelo índice ASE General, mostrava redução de 43,13% no ano.
Caros investidores (me dirijo, inclusive, aos estrangeiros), mesmo que a situação possa piorar ainda mais no contexto internacional, devido a um possível “default” da Grécia, sugiro que aproveitem a oportunidade para realocar recursos financeiros em ações brasileiras; de preferência em companhias voltadas para o mercado interno (consumo, construção, bancos etc.) e, em alguns casos, até em ações cíclicas voltadas para o mercado externo (Vale, OGX etc.).
Quando o pânico arrefecer e os investidores estrangeiros retomarem a razão, perceberão a oportunidade e os preços das ações locais voltarão para patamares mais justos – dados os seus bons fundamentos. Vale lembrar que os descontos em relação ao que se considera “preço justo” para essas ações é muitas vezes tão alto, que se estima valorização superior a 70% em muitos casos.