Ascensão e queda da Petrobras
“…Infelizmente, todo esse dinheiro que foi investido ao longo do tempo e que gerou uma tremenda expectativa de que o desenvolvimento do Pré-sal (entre outros investimentos para dar suporte a ele) seria a consagração da Petrobras se mostrou um dinheiro mal gasto e um tremendo pesadelo para a companhia e seus acionistas.” O mercado e os investidores assistiram a forte derrocada nos preços das ações da Petrobras no pregão da […] Leia mais
Da Redação
Publicado em 13 de janeiro de 2016 às 11h18.
Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às 07h47.
“…Infelizmente, todo esse dinheiro que foi investido ao longo do tempo e que gerou uma tremenda expectativa de que o desenvolvimento do Pré-sal (entre outros investimentos para dar suporte a ele) seria a consagração da Petrobras se mostrou um dinheiro mal gasto e um tremendo pesadelo para a companhia e seus acionistas.”
O mercado e os investidores assistiram a forte derrocada nos preços das ações da Petrobras no pregão da bolsa de valores de ontem. Os papéis PN da companhia registraram queda de 9,20%, cotados a R$ 5,53/ação, enquanto os papéis ON da companhia mostraram queda de 7,65%, cotados a R$ 7,00/ação no fechamento do pregão.
O movimento foi decorrente de uma soma de fatores:
– da continua queda nos preços do petróleo no mercado internacional;
– de relatório de um banco estrangeiro publicado na imprensa ontem,
onde estimou que o preço dos ADR’s da Petrobras – negociados na bolsa de Nova Iorque – chegaria a US$ 2,00.
Vale observar que cada ADR da Petrobras equivale a duas ações da companhia – seja no caso das preferenciais (PN), seja no caso das ordinárias (ON). Portanto, a estimativa de preço do banco para as ações da companhia (entre ações PN e ON) é de apenas US$ 1 por ação. Como o dólar custa hoje cerca de R$ 4,00, então o valor dessas ações atingiria R$ 4,00/ação – mostrando, ainda, a perspectiva de uma forte queda nos preços das ações pela frente.
– da nova redução no investimento da Petrobras, comunicado pela direção da companhia, onde o valor projetado por ela para o plano de negócios do período 2015-2019 registra investimentos da ordem de US$ 98,4 bi.
Importante tecer alguns comentários acerca da atual situação da companhia, que submerge ao peso de anos de má gestão, de uma dívida bruta da ordem de R$ 500 bi, e de um plano estratégico faraônico, irreal e megalomaníaco que chegou a prever investimentos da ordem de US$ 224 bi no auge da irresponsabilidade de sua direção.
Entretanto, seria muita ingenuidade atribuir apenas à incompetência na gestão da Petrobras o pesadelo atual vivido pela companhia. Na verdade, pode-se inferir que o tamanho desse plano de investimentos tenha, pelo menos, alguma correlação com a corrupção bilionária a que a companhia foi submetida nos últimos anos. Por um simples motivo: quanto maior o valor a ser investido, maior a possibilidade de se auferir ganhos advindos da corrupção dentro (e fora) da companhia.
Seguem alguns slides, retirados de comunicados de investimentos da Petrobras pela sua direção ao longo do tempo. Nota-se, claramente, o crescimento absurdo do volume de recursos destinado aos investimentos da companhia ao longo dos últimos anos que, obviamente, encontraram a sua contrapartida na construção da dívida bilionária contraída pela Petrobras no período.
A sequência de slides fala por si mesma. Ela mostra passo a passo, o aumento das inversões e a sua abrupta redução, nesse momento, para um valor equivalente a quase um terço do valor máximo planejado para os investimentos pela direção da Petrobras há pouquíssimo tempo atrás.
Infelizmente, todo esse dinheiro que foi investido ao longo do tempo e que gerou uma tremenda expectativa de que o desenvolvimento do Pré-sal (entre outros investimentos para dar suporte a ele) seria a consagração da Petrobras se mostrou um dinheiro mal gasto e um tremendo pesadelo para a companhia e seus acionistas.
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“…Infelizmente, todo esse dinheiro que foi investido ao longo do tempo e que gerou uma tremenda expectativa de que o desenvolvimento do Pré-sal (entre outros investimentos para dar suporte a ele) seria a consagração da Petrobras se mostrou um dinheiro mal gasto e um tremendo pesadelo para a companhia e seus acionistas.”
O mercado e os investidores assistiram a forte derrocada nos preços das ações da Petrobras no pregão da bolsa de valores de ontem. Os papéis PN da companhia registraram queda de 9,20%, cotados a R$ 5,53/ação, enquanto os papéis ON da companhia mostraram queda de 7,65%, cotados a R$ 7,00/ação no fechamento do pregão.
O movimento foi decorrente de uma soma de fatores:
– da continua queda nos preços do petróleo no mercado internacional;
– de relatório de um banco estrangeiro publicado na imprensa ontem,
onde estimou que o preço dos ADR’s da Petrobras – negociados na bolsa de Nova Iorque – chegaria a US$ 2,00.
Vale observar que cada ADR da Petrobras equivale a duas ações da companhia – seja no caso das preferenciais (PN), seja no caso das ordinárias (ON). Portanto, a estimativa de preço do banco para as ações da companhia (entre ações PN e ON) é de apenas US$ 1 por ação. Como o dólar custa hoje cerca de R$ 4,00, então o valor dessas ações atingiria R$ 4,00/ação – mostrando, ainda, a perspectiva de uma forte queda nos preços das ações pela frente.
– da nova redução no investimento da Petrobras, comunicado pela direção da companhia, onde o valor projetado por ela para o plano de negócios do período 2015-2019 registra investimentos da ordem de US$ 98,4 bi.
Importante tecer alguns comentários acerca da atual situação da companhia, que submerge ao peso de anos de má gestão, de uma dívida bruta da ordem de R$ 500 bi, e de um plano estratégico faraônico, irreal e megalomaníaco que chegou a prever investimentos da ordem de US$ 224 bi no auge da irresponsabilidade de sua direção.
Entretanto, seria muita ingenuidade atribuir apenas à incompetência na gestão da Petrobras o pesadelo atual vivido pela companhia. Na verdade, pode-se inferir que o tamanho desse plano de investimentos tenha, pelo menos, alguma correlação com a corrupção bilionária a que a companhia foi submetida nos últimos anos. Por um simples motivo: quanto maior o valor a ser investido, maior a possibilidade de se auferir ganhos advindos da corrupção dentro (e fora) da companhia.
Seguem alguns slides, retirados de comunicados de investimentos da Petrobras pela sua direção ao longo do tempo. Nota-se, claramente, o crescimento absurdo do volume de recursos destinado aos investimentos da companhia ao longo dos últimos anos que, obviamente, encontraram a sua contrapartida na construção da dívida bilionária contraída pela Petrobras no período.
A sequência de slides fala por si mesma. Ela mostra passo a passo, o aumento das inversões e a sua abrupta redução, nesse momento, para um valor equivalente a quase um terço do valor máximo planejado para os investimentos pela direção da Petrobras há pouquíssimo tempo atrás.
Infelizmente, todo esse dinheiro que foi investido ao longo do tempo e que gerou uma tremenda expectativa de que o desenvolvimento do Pré-sal (entre outros investimentos para dar suporte a ele) seria a consagração da Petrobras se mostrou um dinheiro mal gasto e um tremendo pesadelo para a companhia e seus acionistas.
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