Apertem os cintos que o piloto sumiu
“… Se existe algum conforto para tal situação é a certeza de que nada é permanente e que tudo está em constante mudança no universo. No entanto, cabe a nós mesmos decidir para que lado vamos.“ É importante avaliar friamente a situação brasileira atual; e, independentemente de classe social, listar alguns sérios problemas: – crise política, com uma presidente refém do que acontece à sua volta e incapaz de mudar […] Leia mais
Da Redação
Publicado em 30 de outubro de 2015 às 14h51.
Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às 07h51.
“…Se existe algum conforto para tal situação é a certeza de que nada é permanente e que tudo está em constante mudança no universo. No entanto, cabe a nós mesmos decidir para que lado vamos.“
É importante avaliar friamente a situação brasileira atual; e, independentemente de classe social, listar alguns sérios problemas:
– crise política, com uma presidente refém do que acontece à sua volta e incapaz de mudar o que ocorre no país que imagina governar. Ao fazer a recente reforma ministerial contemplando a busca de apoio do maior partido de sua base política, não obteve êxito para aprovar medidas que seus ministros da área econômica julgam necessárias para o país não perder totalmente o rumo;
– crise econômica, com o Brasil (e sua população) pagando pelos erros de política econômica cometidos pela presidente Dilma e seu antecessor, o presidente Lula.
O aparelhamento do estado experimentado a partir do momento em que o Partido dos Trabalhadores assumiu o poder executivo com Lula, permitiu que lá se instalasse nichos de corrupção e de incompetência administrativa que só elevaram os gastos públicos e pioraram a situação econômica do país e de várias empresas estatais, antes vistas como símbolos de competência e seriedade pela população.
Como consequência, esse aparelhamento do estado também acabou por premiar a corrupção no âmbito político, levando a uma torrente sem fim de falcatruas e negociatas entre políticos e empresários corruptos.
Estamos para ver até onde isso vai nos levar, já que o presidente da Câmara Federal, responsável pela decisão de instaurar ou não processo de impeachment contra a presidente Dilma é, segundo o ministério público, alvo de investigações sobre corrupção.
Desajustes fiscais de grandes proporções, perda de credibilidade internacional e rebaixamento do rating externo do país contribuem para um quadro ainda mais complicado para a política e economia brasileiras.
Dentre as mazelas da economia, pode-se mencionar a tremenda recessão atual, que deve derrubar o PIB do país entre 2,8% e 3,20% em 2015 e outros 1,5% a 2% em 2016. Como consequência, o desemprego floresce, a renda cai, as dívidas crescem e o estresse aumenta…
É verdade que nossa indústria perdia competitividade ao longo dos últimos anos por conta de um câmbio cada vez mais sobrevalorizado, entre outras razões como a queda de produtividade do setor; mas… devagar com o andor porque o santo é de barro.
A maxidesvalorização sofrida pelo real nos últimos doze meses ajudou a jogar a inflação na casa dos 10% aa em 2015, com chances de ficar acima dos 6% em 2016. As taxas de juros explodiram nos empréstimos via cheque especial e cartão de crédito; a Selic bateu 14,25% aa e os títulos prefixados de emissão do Tesouro Nacional utilizados para financiamento da monumental dívida pública federal chegaram a 16% aa em outubro.
Com tudo isso, o Brasil amarga um atraso ainda maior em relação a países desenvolvidos como os EUA e a Alemanha, por exemplo. O investimento e a busca por inovação na indústria têm se reduzido bastante.
Isso faz com que o chamado gap da inovação se abra ainda mais, fazendo com que o país venha a encontrar maior dificuldade para eliminá-lo no futuro. Fato que contribui para perpetuar a atual condição brasileira de país exportador de commodities – sofrendo com seus conhecidos ciclos de alta e de baixa de preços.
Vale ressaltar que a falta de visão das áreas econômica e de planejamento do governo impediu que o Brasil administrasse adequadamente o último ciclo de alta nos preços das commodities – estimulado por países importadores de commodities como a China.
Como resultado dessa miopia, parece que o país vai “micar” com grande parte dos investimentos bilionários já realizados no pré-sal, assim como já vem distribuindo prejuízos – em vez de lucros – a todos os brasileiros, com destaque para os acionistas da Petrobras onde a União detém o controle da companhia – acionista majoritário.
Se existe algum conforto para tal situação é a certeza de que nada é permanente e que tudo está em constante mudança no universo. No entanto, cabe a nós mesmos decidir para que lado vamos.
“…Se existe algum conforto para tal situação é a certeza de que nada é permanente e que tudo está em constante mudança no universo. No entanto, cabe a nós mesmos decidir para que lado vamos.“
É importante avaliar friamente a situação brasileira atual; e, independentemente de classe social, listar alguns sérios problemas:
– crise política, com uma presidente refém do que acontece à sua volta e incapaz de mudar o que ocorre no país que imagina governar. Ao fazer a recente reforma ministerial contemplando a busca de apoio do maior partido de sua base política, não obteve êxito para aprovar medidas que seus ministros da área econômica julgam necessárias para o país não perder totalmente o rumo;
– crise econômica, com o Brasil (e sua população) pagando pelos erros de política econômica cometidos pela presidente Dilma e seu antecessor, o presidente Lula.
O aparelhamento do estado experimentado a partir do momento em que o Partido dos Trabalhadores assumiu o poder executivo com Lula, permitiu que lá se instalasse nichos de corrupção e de incompetência administrativa que só elevaram os gastos públicos e pioraram a situação econômica do país e de várias empresas estatais, antes vistas como símbolos de competência e seriedade pela população.
Como consequência, esse aparelhamento do estado também acabou por premiar a corrupção no âmbito político, levando a uma torrente sem fim de falcatruas e negociatas entre políticos e empresários corruptos.
Estamos para ver até onde isso vai nos levar, já que o presidente da Câmara Federal, responsável pela decisão de instaurar ou não processo de impeachment contra a presidente Dilma é, segundo o ministério público, alvo de investigações sobre corrupção.
Desajustes fiscais de grandes proporções, perda de credibilidade internacional e rebaixamento do rating externo do país contribuem para um quadro ainda mais complicado para a política e economia brasileiras.
Dentre as mazelas da economia, pode-se mencionar a tremenda recessão atual, que deve derrubar o PIB do país entre 2,8% e 3,20% em 2015 e outros 1,5% a 2% em 2016. Como consequência, o desemprego floresce, a renda cai, as dívidas crescem e o estresse aumenta…
É verdade que nossa indústria perdia competitividade ao longo dos últimos anos por conta de um câmbio cada vez mais sobrevalorizado, entre outras razões como a queda de produtividade do setor; mas… devagar com o andor porque o santo é de barro.
A maxidesvalorização sofrida pelo real nos últimos doze meses ajudou a jogar a inflação na casa dos 10% aa em 2015, com chances de ficar acima dos 6% em 2016. As taxas de juros explodiram nos empréstimos via cheque especial e cartão de crédito; a Selic bateu 14,25% aa e os títulos prefixados de emissão do Tesouro Nacional utilizados para financiamento da monumental dívida pública federal chegaram a 16% aa em outubro.
Com tudo isso, o Brasil amarga um atraso ainda maior em relação a países desenvolvidos como os EUA e a Alemanha, por exemplo. O investimento e a busca por inovação na indústria têm se reduzido bastante.
Isso faz com que o chamado gap da inovação se abra ainda mais, fazendo com que o país venha a encontrar maior dificuldade para eliminá-lo no futuro. Fato que contribui para perpetuar a atual condição brasileira de país exportador de commodities – sofrendo com seus conhecidos ciclos de alta e de baixa de preços.
Vale ressaltar que a falta de visão das áreas econômica e de planejamento do governo impediu que o Brasil administrasse adequadamente o último ciclo de alta nos preços das commodities – estimulado por países importadores de commodities como a China.
Como resultado dessa miopia, parece que o país vai “micar” com grande parte dos investimentos bilionários já realizados no pré-sal, assim como já vem distribuindo prejuízos – em vez de lucros – a todos os brasileiros, com destaque para os acionistas da Petrobras onde a União detém o controle da companhia – acionista majoritário.
Se existe algum conforto para tal situação é a certeza de que nada é permanente e que tudo está em constante mudança no universo. No entanto, cabe a nós mesmos decidir para que lado vamos.