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Analistas de ações: o que se pode esperar deles?

Para que um profissional possa executar a função de analista de ações ele precisa obter registro de analista junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). E para tanto, é necessário que possua formação superior (graduação) e que tenha sido aprovado em prova(s) de certificação sobre conhecimentos específicos de sua área de atuação, realizada por entidade reguladora do mercado de capitais; no caso, a Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento […] Leia mais

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Investidor em Ação

Publicado em 17 de abril de 2012 às, 09h32.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às, 09h29.

Para que um profissional possa executar a função de analista de ações ele precisa obter registro de analista junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). E para tanto, é necessário que possua formação superior (graduação) e que tenha sido aprovado em prova(s) de certificação sobre conhecimentos específicos de sua área de atuação, realizada por entidade reguladora do mercado de capitais; no caso, a Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (APIMEC).

Analista de Ações

Mas afinal, qual é a função dos analistas de ações? Em termos gerais é fazer recomendações sobre títulos e valores mobiliários tendo em vista “orientar” os investidores acerca de seus investimentos no mercado de capitais. Dentro do cardápio de recomendações, pode-se listar as recomendações de compra, ou de venda de ações e a formulação de estratégias sobre ativos e/ou instrumentos financeiros de renda fixa ou variável.

As estratégias envolvem o posicionamento (de compra ou de venda) sobre determinado instrumento financeiro ou combinação de instrumentos durante determinado período. Por isso, demandam condições específicas para serem utilizadas, assim como timing adequado para tanto.

Os analistas utilizam “ferramentas de análise” para poder gerar tais recomendações. Em geral são utilizadas as ferramentas de análise técnica (ou grafista) e a análise fundamentalista. Basicamente a análise técnica utiliza gráficos e estudos sobre o desempenho histórico (dos preços) dos ativos para concluir sobre a recomendação de compra ou de venda a seu respeito. Já a análise fundamentalista utiliza informações de ordem econômico-financeira sobre as companhias emissoras de ações para tal.

Pode-se afirmar que existe uma outra classe de ferramenta de análise utilizada pelos analistas para gerar recomendações de compra ou de venda sobre ativos, assim como sobre a formulação de estratégias. É a análise quantitativa, que utiliza cálculo numérico, estatística e econometria para realizar essas recomendações. Dessa forma, essa ferramenta pode ser utilizada para fundamentar tanto a análise técnica quanto a fundamentalista.

Agora que já se sabe de que forma os analistas trabalham, vale observar o que se pode esperar deles. Ou seja, o que, de fato, pode-se esperar das recomendações dos analistas. Como em qualquer área profissional, espera-se que os analistas sejam bem sucedidos em suas recomendações. Isto é, que o grau de acerto sobre elas seja elevado. Dado que muitos investidores “seguem” as recomendações de analistas, está claro que o desempenho de seus investimentos depende da qualidade das recomendações destes analistas.

Entretanto, não se deve esperar que os analistas acertem sempre em suas recomendações, pois isso é virtualmente impossível. Por outro lado, em média, seus acertos devem ser superiores aos seus erros para que suas recomendações possam agregar valor ao desempenho dos investimentos daqueles que seguem suas recomendações. Ademais, isso é fundamental para que eles próprios sobrevivam como profissionais de investimentos (analistas) no mercado.

Existem algumas maneiras de aferir o desempenho desses analistas:

– conferir, em base contínua, seus erros e acertos nas recomendações formuladas;
– consultar regularmente publicações especializadas que contenham rankings sobre o desempenho dos analistas de ações (e suas recomendações) em determinado período;
– procurar instituições que possuam elevado histórico de acertos nas recomendações de seus analistas.

Por fim, é importante que os relatórios de recomendação elaborados pelos analistas sejam lidos e avaliados pelos interessados, em termos de sua qualidade intrínseca. Nesse aspecto, devem ser priorizadas na avaliação a análise sobre a tese e/ou estratégia de investimento formulada, seus fundamentos e fatores de risco que podem vir a condicionar o sucesso ou fracasso do desempenho do investimento a ser realizado.

Dessa forma, será possível perceber a qualidade do trabalho do analista tanto em termos da pertinência e alinhamento da recomendação com o momento vivido pelo mercado, quanto da profundidade e amplitude da análise elaborada por ele em sua recomendação.

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