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A Trava de Alta é uma Boa Estratégia com Opções?

Hoje vamos descrever e exemplificar uma estratégia com opções chamada de “Trava de Alta” ou “Spread de Alta”. A estratégia implica na compra de opção de compra com determinado preço de exercício e venda simultânea do mesmo tipo de opção com preço de exercício superior. O objetivo é investir a diferença existente entre os prêmios das duas opções e “buscar” a diferença entre os seus respectivos preços de exercício. A […] Leia mais

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Investidor em Ação

Publicado em 6 de abril de 2011 às, 11h27.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às, 10h19.

Hoje vamos descrever e exemplificar uma estratégia com opções chamada de “Trava de Alta” ou “Spread de Alta”. A estratégia implica na compra de opção de compra com determinado preço de exercício e venda simultânea do mesmo tipo de opção com preço de exercício superior.

O objetivo é investir a diferença existente entre os prêmios das duas opções e “buscar” a diferença entre os seus respectivos preços de exercício. A perda máxima é o investimento realizado, sendo que o retorno da estratégia pode superar em muito o valor investido, traduzindo-se em uma relação retorno potencial x perda esperada interessante.

Percebe-se que a estratégia deve ser aplicada quando se espera que o preço da ação-objeto das opções seja de alta no curtíssimo prazo – até o vencimento das opções. Caso o investidor acredite que a ação possui tendência de baixa, pode realizar a estratégia inversa; ou seja, de trava de baixa, a qual deixaremos para comentar em outra oportunidade.

A vantagem das travas com opções – sejam de alta ou de baixa – é que permitem ao investidor “apostar” na alta ou na baixa da ação, comprometendo apenas uma fração dos recursos necessários para operar a própria ação (ou suas opções), e, sobretudo, definir à priori tanto a perda máxima potencial quanto o ganho máximo potencial envolvidos na estratégia.

Como exemplo, se o investidor fizer uma trava de alta onde os preços de exercício das opções sejam de R$ 32,00 e R$ 34,00 e os seus prêmios negociados naquele momento, respectivamente de R$ 1,36 e R$ 0,66, terá investido R$ 0,70 (R$ 1,36 – R$ 0,66) para “buscar” R$ 2,00 (R$ 34,00 – R$ 32,00), caso tenha sucesso total na estratégia quando do vencimento das opções.

Isso implica em um ganho bruto (ex-custos operacionais e de imposto de renda sobre o ganho obtido) de R$ 1,30 (R$ 2,00 – R$ 0,70), o que configura uma relação retorno-perda potencial de R$ 1,30 / R$ 0,70; ou seja de 85,7% sobre o capital investido.

É usual procurar visualizar a resultante da estratégia no espaço resultado x preço da ação por intermédio de seu gráfico. Para o exemplo anterior, o gráfico de resultado teria a seguinte “cara”.

Conforme se pode ver, para um lote padrão de 100 opções “em cada ponta”, o investidor tem risco de perda máxima do capital investido (R$ 70,00) frente à chance de ganho máximo (R$ 130,00), sendo que teria resultado “zero” – não ganharia nem perderia nada – caso o preço da ação chegasse a R$ 32,70 no vencimento das opções.

Deve-se ter presente que esse tipo de operação envolve a análise de vários aspectos como, por exemplo, estudar a tendência do preço da ação (análise gráfica), estimar a volatilidade da ação e, consequentemente, a probabilidade de o seu preço se movimentar dentro de determinado intervalo de preços até o vencimento das opções, entre outros.

Confira no link a seguir a análise, realizada pelo site InvestCerto há algum tempo, sobre uma trava de alta .

Trava_alta_petrl40_0112109

Observe que a correta realização da estratégia envolve o conhecimento da mecânica operacional do mercado de opções na BVM&FBovespa, além de outras considerações sobre análise de investimentos.

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