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A teoria da relatividade de Einstein e nossos investimentos

O que os investimentos em ações têm em comum com a teoria da relatividade de Einstein? Como se sabe, Einstein provou que o tempo não é absoluto, mas tem sua evolução controlada pela velocidade em que o referencial está. Ou seja, tempo e espaço são relativos. Ao mesmo tempo, percebe-se que uma das mais importantes regras do mercado para estar sempre “bem na foto” é a da relatividade; idéia que […] Leia mais

DR

Da Redação

Publicado em 3 de outubro de 2011 às 19h10.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às 09h50.

O que os investimentos em ações têm em comum com a teoria da relatividade de Einstein? Como se sabe, Einstein provou que o tempo não é absoluto, mas tem sua evolução controlada pela velocidade em que o referencial está. Ou seja, tempo e espaço são relativos.

Ao mesmo tempo, percebe-se que uma das mais importantes regras do mercado para estar sempre “bem na foto” é a da relatividade; idéia que tem muitos pontos de contato com aquela desenvolvida por Einstein em sua teoria! Não é necessário ser expert em finanças para perceber que os mercados se pautam, na maior parte das vezes, pelos valores relativos dos ativos. Isso acontece nos mercados de commodities, de moedas, de títulos de renda fixa e, por fim, no mercado de ações.

Pode-se tomar como exemplo o valor do Euro. O que vai acontecer com ele em futuro próximo? Provavelmente desvalorizar muito frente ao dólar dos EUA, porque o BCE deve aumentar a emissão de euros para fazer frente à crise da dívida soberana européia e seus reflexos no sistema financeiro europeu. Seja emissão pura e simples de euros, ou seja via aporte ao fundo de estabilização europeu, que pode ser objeto de forte aumento em face da crise.

Argumenta-se, com propriedade, que a desvalorização do euro se daria devido à fraqueza da economia da Europa em meio à crise da dívida soberana do continente, à incerteza sobre a saúde do sistema financeiro europeu e por conta da incapacidade política dos governantes dos países da zona do euro em coordenar medidas de política econômica padronizadas para todos os países.

Algum desavisado poderia pensar que isso tende a ocorrer pela força da moeda norte-americana frente ao euro; entretanto, todos sabemos que a economia dos EUA também se encontra muito mal. Dessa forma, não é que o dólar esteja “forte”, mas que a aversão ao risco é tão elevada pelos motivos apresentados, que os capitais financeiros em constante movimento buscam o local onde correriam o menor risco relativo.

O segredo parece estar em sempre procurar a melhor posição relativa; seja nas ações que irão cair menos que as outras em momentos de queda (pânico) do mercado, ou que vão subir mais em momentos de alta (euforia). Parece simples, não? Entretanto, essa habilidade requer permanente avaliação do portfolio de investimentos para realizar eventuais mudanças de posições. Nesse sentido, essa constante mudança envolve assumir riscos elevados a cada “troca” de ativos. O que pode resultar em perdas relativamente superiores à manutenção de uma posição estável em algum ativo com bons fundamentos.

Como se vê, a questão da relatividade também permeia essa situação. Portanto, cuidado! O aviso se destina àqueles que ficam insatisfeitos, ou mesmo extremamente ansiosos com o desempenho de suas aplicações/carteira de ações em determinados momentos. Muitas vezes, o mercado faz parecer (no curto prazo) que determinadas decisões baseadas em análises fundamentalistas são relativamente piores do que aquelas tomadas com base em outros métodos de análise.

Mas será que essa situação irá persistir ao longo do tempo – no médio e longo prazos? Warren Buffett que o diga… Antes de mudar de posição em decorrência de resultados relativamente ruins no curto prazo, reveja e analise novamente os fundamentos de sua decisão anterior. Se você conseguir reunir suficiente evidência ou elementos que indiquem que você pode estar certo, sugiro que você tenha convicção de sua posição, pois o movimento desfavorável deve ter sido causado por algum dos “n” outros fatores conjunturais de mercado.

A fronteira entre o “virar a mão” de maneira consciente e fundamentada e possuir a “mão fraca”, muitas vezes, é difícil de perceber. Por isso, atenção; já que nesse mercado tudo é relativo…

http://www.investcerto.com.br

http://twitter.com/investcerto

O que os investimentos em ações têm em comum com a teoria da relatividade de Einstein? Como se sabe, Einstein provou que o tempo não é absoluto, mas tem sua evolução controlada pela velocidade em que o referencial está. Ou seja, tempo e espaço são relativos.

Ao mesmo tempo, percebe-se que uma das mais importantes regras do mercado para estar sempre “bem na foto” é a da relatividade; idéia que tem muitos pontos de contato com aquela desenvolvida por Einstein em sua teoria! Não é necessário ser expert em finanças para perceber que os mercados se pautam, na maior parte das vezes, pelos valores relativos dos ativos. Isso acontece nos mercados de commodities, de moedas, de títulos de renda fixa e, por fim, no mercado de ações.

Pode-se tomar como exemplo o valor do Euro. O que vai acontecer com ele em futuro próximo? Provavelmente desvalorizar muito frente ao dólar dos EUA, porque o BCE deve aumentar a emissão de euros para fazer frente à crise da dívida soberana européia e seus reflexos no sistema financeiro europeu. Seja emissão pura e simples de euros, ou seja via aporte ao fundo de estabilização europeu, que pode ser objeto de forte aumento em face da crise.

Argumenta-se, com propriedade, que a desvalorização do euro se daria devido à fraqueza da economia da Europa em meio à crise da dívida soberana do continente, à incerteza sobre a saúde do sistema financeiro europeu e por conta da incapacidade política dos governantes dos países da zona do euro em coordenar medidas de política econômica padronizadas para todos os países.

Algum desavisado poderia pensar que isso tende a ocorrer pela força da moeda norte-americana frente ao euro; entretanto, todos sabemos que a economia dos EUA também se encontra muito mal. Dessa forma, não é que o dólar esteja “forte”, mas que a aversão ao risco é tão elevada pelos motivos apresentados, que os capitais financeiros em constante movimento buscam o local onde correriam o menor risco relativo.

O segredo parece estar em sempre procurar a melhor posição relativa; seja nas ações que irão cair menos que as outras em momentos de queda (pânico) do mercado, ou que vão subir mais em momentos de alta (euforia). Parece simples, não? Entretanto, essa habilidade requer permanente avaliação do portfolio de investimentos para realizar eventuais mudanças de posições. Nesse sentido, essa constante mudança envolve assumir riscos elevados a cada “troca” de ativos. O que pode resultar em perdas relativamente superiores à manutenção de uma posição estável em algum ativo com bons fundamentos.

Como se vê, a questão da relatividade também permeia essa situação. Portanto, cuidado! O aviso se destina àqueles que ficam insatisfeitos, ou mesmo extremamente ansiosos com o desempenho de suas aplicações/carteira de ações em determinados momentos. Muitas vezes, o mercado faz parecer (no curto prazo) que determinadas decisões baseadas em análises fundamentalistas são relativamente piores do que aquelas tomadas com base em outros métodos de análise.

Mas será que essa situação irá persistir ao longo do tempo – no médio e longo prazos? Warren Buffett que o diga… Antes de mudar de posição em decorrência de resultados relativamente ruins no curto prazo, reveja e analise novamente os fundamentos de sua decisão anterior. Se você conseguir reunir suficiente evidência ou elementos que indiquem que você pode estar certo, sugiro que você tenha convicção de sua posição, pois o movimento desfavorável deve ter sido causado por algum dos “n” outros fatores conjunturais de mercado.

A fronteira entre o “virar a mão” de maneira consciente e fundamentada e possuir a “mão fraca”, muitas vezes, é difícil de perceber. Por isso, atenção; já que nesse mercado tudo é relativo…

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